Aviso pré-leitura: Esta não é a resenha oficial do site. É apenas um breve texto contando quais foram as primeiras impressões sobre o material. A análise mais técnica sairá dentro de alguns dias e será escrita por outro resenhista. A idéia aqui é não se aprofundar muito e por isso este texto foi escrito enquanto o álbum rolava apenas pela segunda vez.
“Persona Non Grata” é o décimo segundo registro de estúdio da pioneira banda de Thrash Metal norte americana, Exodus, o segundo após o retorno do vocalista Steve ‘Zetro’ Souza e o primeiro depois de um hiato que já durava 7 longos anos. Sem dúvida, um dos trabalhos mais aguardados do ano.
As primeiras impressões são que o disco não é tão reto quanto imaginei que seria. “Blood In Blood Out”, de 2014, por exemplo, é muito mais linear e sem tantas variações. “Persona Non Grata”, apesar de brutal, como já era esperado, traz músicas mais trabalhadas, técnicas e cheias de reviravoltas. As porradas Thrash estão presentes em abundância, mas mesmo nas mais violentas, fiquei com a impressão que a banda se esforçou para fazer com que cada música tivesse um DNA próprio que se distanciasse completamente uma da outra.
A construção do tracklist e a alocação das faixas é muito interessante e achei acertado colocar os três singles mais para o meio do álbum. Isso faz com que a audição soe como novidade desde o início e quando chega a hora de ouvir as três músicas que já conhecemos, o registro já caiu completamente nas nossas graças. Gary Holt é uma máquina de fazer riffs e Lee Altus parece ter se transformado no parceiros ideal, os vocais de Zetro estão mais agressivos do que nunca e a parte rítmica com Tom Hunting e Jack Gibson dispensa apresentações.
O início do track apresenta a proposta musical do disco com faixas absurdamente impactantes como a canção título, “Slipping Into Madness” e “Elitist”. Depois temos em sequência os três singles com as duas voadoras no peito, respectivamente “The Beatings Will Continue (Until Morale Improves)” e “Clickbait”, além da maravilhosa “The Years of Death and Dying”. No final ainda somos presenteados com mais dois destaques absolutos, “Lunatic-Liar-Lord” (com quase 8 minutos de duração) e “Antiseed”, a minha favorita por enquanto.
Pelos títulos das composições e o histórico do Exodus, ainda quero fazer uma imersão mais profunda nas letras que parecem estar mais ácidas do que nunca, mas as primeiras impressões são muito positivas. “Persona Non Grata” é o tipo de disco que você termina de ouvir e já quer ouvir de novo, e isso é um bom sinal. Não decepciona de jeito nenhum e deve entrar forte na briga pelo posto de disco do ano.