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Nova geração do Thrash – Episódio 1: Havok


O Thrash Metal é um estilo que passou por idas e vindas e, como sabemos, períodos de altas e baixas. Nos anos 80, quando surgiu, foi avassalador e elevou diversos nomes ao mainstream, já na década de 90 decaiu e quase deixou de existir. Como uma fênix, ressurgiu no início de 2000 e, de lá pra cá, vem se mantendo no topo do underground mundial. Há de se destacar o poderio de fogo das bandas veteranas que há anos vem nos presenteando com álbuns de extrema competência, porém, também precisamos nos atentar aos discos lançados pela nova geração. Afinal, bandas como Suicidal Angels, Angelus Apatrida, Warbringer, Evile, Woslom, Comaniac, Lich King, Power Trip, Vektor e, é claro, os estadunidenses do Havok, estão afiadíssimas e concebendo grandes obras. Se você gosta bastante do gênero Thrash, mas sente certa dificuldade em acompanhar os novos e promissores nomes da cena, aconselhamos que comece por estes que vamos indicar nesta sequência de publicações. No primeiro episódio, te apresentaremos o Havok, e além de uma playlist com algumas das principais músicas da carreira da banda, traremos informações importantes que vão te ajudar a conhecer melhor os detalhes sobre esta grande revelação do Metal mundial.

   

O Havok foi fundado em 2004 na cidade de Denver, no estado do Colorado (Estados Unidos). O debut ocorreu em 2009 com o lançamento do surpreendente “Burn”, que apresentava um Thrash absolutamente old school e cheio de referências a nomes como Megadeth, Testament, Slayer e Exodus. É correto afirmar que apesar do ótimo desempenho e qualidade latente nas composições, foi apenas no segundo trabalho que o grupo começou a desenvolver algumas das suas principais características. “Time Is Up” foi lançado em 2011 e conquistou a maioria dos headbangers na época. Era um trabalho mais explosivo, melhor produzido e apresentou boa parte das faixas de maior apelo entre os fãs. Em 2012 gravaram o EP “Point Of No Return”, onde trouxeram dois covers (“Postmortem”/”Reign In Blood” do Slayer e “Arise” do Sepultura) e mais duas canções inéditas, mas foi em 2013 que realmente demonstraram ser uma banda bastante diferenciada. “Unnatural Selection”, terceiro full do quarteto, contrariou as expectativas e, ao invés de simplesmente reproduzir a sonoridade do compacto anterior, trouxe composições mais cadenciadas e fugiu da repetição. Obviamente, foi criticado por alguns fãs que queriam ouvir o mesmo som do disco anterior, porém, mesmo estes, com o passar do tempo aprenderam a amar o registro.

Em 2017, mais confiantes, mais afiados e sem medo de arriscar, conceberam seu disco mais progressivo. “Conformicide” foi uma revolução na discografia da banda, já que apesar de trazer diversos elementos ainda não utilizados, em momento algum deixa de ser Thrash e, é claro, não deixa de lado a identidade musical construída até o momento. “Conformicide”, assim como “Unnatural Selection”, recebeu algumas críticas na época de seu lançamento, porém, também acabou conquistando os fãs e o tempo se encarregou de mostrar que ambos os trabalhos possuem extrema qualidade. No mais recente álbum de estúdio batizado apenas de “V”, resolveram finalmente apostar em um som mais direto, mas não abriram mão das músicas mais cadenciadas/pesadas e, tampouco, dos momentos progressivos e fora da caixa.

O Havok é uma banda que se diferencia tanto pela qualidade técnica como pela capacidade criativa. Uma característica brilhante da banda é, em meio a uma enxurrada de banda bastante genéricas, conseguir criar músicas ao estilo antigo onde os riffs e linhas são tão marcantes e diferentes um do outro, que após algumas audições mais cuidadosas você será capaz de diferenciar facilmente uma música da outra nos primeiros segundos. Outro ponto forte são os solos de guitarra de Reece Scruggs onde há muita melodia e construções tão bem feitas que você consegue cantar junto na maioria das vezes. Os vocais de David Sanchez também é um diferencial, já que o cara conseguiu criar um estilo próprio que transita entre o rasgado, o gritado e o vocal limpo. O baterista Pete Webber merece menção pois é um daqueles bateristas “ignorantes” altamente técnicos e, no baixo, apesar de ter tido frequentes trocas de integrante, todos os músicos que passaram pela banda são hábeis, habilidosos e virtuosos. Traduzindo: o Havok possui um trio de ferro consistente em sua formação e, mesmo com trocas no baixo, consegue manter a enorme qualidade em cada um de seus discos.

Chega de conversa e vamos a audição!

   


Redigido por Fabio Reis

   

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