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Pestilence: “a ideia de ter corpos mutilados, zumbis e sangue extremo nas capas também são coisas do passado”

Há bandas que escolhem se manter fiéis ao seu DNA básico durante toda a carreira. Entretanto, há grupos que gostam do desafio e preferem se arriscar por novos caminhos. Na verdade, não há nada de errado em nenhuma das posturas, mas sim com a forma que isto pode ser feito.

   

Muitos fãs tem dificuldade em abraçar mudanças muito acentuadas ou bruscas demais. Podemos mencionar diversos exemplos de grupos que escolheram mudar radicalmente seu som. Porém, após naufragar em vendas ou sofrer muitas críticas, retornaram para suas zonas de conforto. O Megadeth fez isso com “Risk”, o Accept fez em “Eat The Heat”, o Celtic Frost em “Cold Lake”, Exodus em “Force Of Habit”, Helloween em “Chamaleon”, e poderíamos ficar listando bandas e discos por um bom tempo aqui.

Mas alguns músicos são realmente determinados a seguirem seus corações. Esse tipo de artista não se importa nem um pouco caso seus discos não rendam o esperado. Há quantos anos você ouve críticas ao Sepultura com Derrick ou a fase progressiva do Opeth? Esses caras não estão nem aí para o que os fãs pensam das mudanças e fazem o tipo de som que, primeiramente, agrade a eles próprios. Uma dessas bandas é o Pestilence.

E o líder, guitarrista e vocalista, Patrizio “Patrick” Mameli, resolveu comprar mais uma briga contra conceitos mais puristas existentes na indústria da música. Além de mudar radicalmente a sonoridade do Pestilence no decorrer dos anos, Mameli também resolveu falar sobre o assunto do momento em termos de tecnologia. É claro que estamos nos referindo a IA.

Enquanto muitos músicos e bandas tem criticado bastante o uso deste tipo de tecnologia, inclusive, para concepção de artes de capa para álbuns, Mameli resolveu defender a pratica. Ele foi até suas redes sociais e postou o seguinte texto:

   

“Preciso desabafar. Há essa besteira constante sobre gente reclamando de bandas de Metal usarem capas de álbuns feitas por IA cada vez mais. Há algumas razões para isso. Primeiro, orçamentos enormes para pinturas reais são coisa do passado. Segundo, a ideia de ter corpos mutilados, zumbis e sangue extremo nas capas também são coisas do passado para o Pestilence.

Quando você quer sobreviver na indústria atual, você tem que se adaptar e o Pestilence sempre foi conhecido por olhar para frente e nunca cair nos velhos hábitos, não apenas em termos de estilo musical, mas cada novo lançamento teve uma nova abordagem para o nosso próprio avanço musical, ao contrário da maioria dos outros grupos que dependem de seu legado mais antigo.

Quando lançamos o álbum best-of de regravações, ‘Levels Of Perception’, que visava revisitar o estilo de gravação demo, que foi pedido por muitos fãs, eles não gostaram da produção que eles mesmos pediram. Com o próximo álbum do Pestilence, ‘Portals’, seguiremos novamente nosso próprio caminho e você pode realmente curtir. Como exemplo, este ‘desenho’ foi considerado incrível no meu site pessoal do FB. Isso também é IA e é uma obra de arte incrível. Não é a capa do álbum, a propósito!!!

E agora a verdadeira questão: você não compraria um álbum com produção e música matadoras só porque tem uma arte feita por IA? Então você não está ouvindo nossas composições que são totalmente artesanais. Mas sim preocupado 40x com o passado em que você tem vivido.

Comece a abraçar o futuro da música que é o Pestilence.”

   

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