O promotor de eventos e CEO da Toplink, Paulo Baron, participou do novo episódio do canal IbagensCast e, foi questionado sobre o reality show Garimpeiros do Rock, apresentado por Baron e Orlando Custódio, cujo objetivo é encontrar novos talentos do Rock brasileiro nos quatro cantos do país.
Indagado sobre como está o cenário do Rock no Brasil e se ainda existem muitas bandas boas espalhadas pelo país, Paulo Baron respondeu:
“Muito forte. A cena no Brasil está mais forte que nunca. O grande problema é que não há canais que deem espaço, essa é a primeira coisa. Segundo: não tem casas de shows para eles tocarem e o único jeito que eles têm para brilharem, não o único, mas um dos principais fatos seria tocar abrindo para bandas. Mas as bandas que estão rolando por aí são muito boas, tem bandas de todos os estilos de Rock. Tem bandas incríveis, é só você ver na própria série. Foi difícil escolher todas essas bandas porque tínhamos grandes quantidades de bandas em vários lugares. A gente precisou mapear o Brasil por estilo, precisava mapear os estilos, com diferentes estilos de pessoas e com diferentes estilos de música, e foi isso que nós fizemos.”
Questionado sobre o que uma banda precisa ter como diferencial para chamar a sua atenção e despertar o seu interesse para empresariá-la, Paulo Baron respondeu de bate-pronto:
“Precisa no mínimo vender shows a 30 mil reais para que eu possa levar 25% disso para pagar minhas contas.”
Ele acrescentou:
“Eu sei que parece seco. Mas, acontece que dentro do meu escritório trabalha muita gente. Tem cinco pessoas que trabalham com contabilidade, duas pessoas que cuidam de artes, tem gente que cuida de assessoria de imprensa, tem gente que cuida de tudo que é marketing, tem gente que cuida de tudo que é logística… E isso é só o básico do escritório, só o básico. Tem gente que cuida da venda de shows, isso é a base, simplesmente.
Além disso, temos terceirizados, por exemplo, eu tenho oito advogados, só para você ter uma ideia. São duas empresas de advogados, uma que cuida da parte de direitos autorais e outra que cuida de tudo com relação ao nosso escritório: contratos, problemas, pessoas que não querem pagar… Todos esses problemas. Depois disso, tem toda a parte de agência de viagem, porque temos uma agência de viagem. Então é muita demanda, muita gente, você entende?
Todas as pessoas têm seus salários e todas têm que receber, e na hora que você faz as contas… Eu sou muito procurado por artistas, inclusive alguns conhecidos do meio artístico, só que eles não conseguiam vender shows a mais de um certo valor, e se ele não vende regularmente a esse valor, não paga as nossas contas do tempo investido. Não paga o tempo investido. Por que eu posso empresariar o artista, mas… Eu sou promotor e eu gosto de ser promotor.
Agora vamos no romantismo, a parte romântica do que você queria me perguntar… O que precisaria? Ser um rockstar mas ter música boa, ter uma boa presença de palco. A música está acima de tudo, claro, mas o que faz o sucesso não é apenas a música, são vários fatores que se juntam. O carisma, o jeito como é embalada, não é apenas uma música, tem que ter uma consistência, um objetivo… Como você organiza todo o marketing, qual é o seu objetivo de vida… Eu tenho 35 anos no show business, então imagina quantas pessoas passaram pelo meu caminho, quantas pessoas queriam montar uma banda e que eram muito legais, bons pra caramba, carismáticos, só que no meio do caminho eles brigaram e acabou a banda. Isso acontece inclusive na série.”
Assista a entrevista completa com Baron:
