Phil Anselmo, vocalista do Pantera, relembrou um dos piores episódios de sua carreira durante o Dimebash 2016, quando, o músico fez uma saudação nazista e e gritou “white power” (poder branco) para a plateia. Questionado se ele já superou aquele incidente lamentável, ele disse à Revolver:
“Eu sinto que é ridículo. Eu fiz uma piada de mau gosto e ‘Boom!’ – é como se eu fosse literalmente Hitler! Eu não sou. Eu levo cada indivíduo de cada vez, da maneira que qualquer indivíduo lógico faria. Eu tenho amor no meu coração. Ao longo dos anos, aprendi a dar o primeiro passo com amor e a colocar a boa fé em primeiro lugar. Eu me dou bem com todo mundo. Se houver alguma dúvida sobre minhas inclinações políticas, as pessoas devem tirar isso da cabeça. Fui criado entre um [elenco de personagens] deslumbrante do teatro, do hospital psiquiátrico, de todas as esferas da vida – todas as cores, credos e tipos. É absurdo para mim que alguém nos dias de hoje julgue alguém pela cor da pele, sua herança ou religião. Eu sou um cara inofensivo. Eu sou um reacionário, não um encrenqueiro.”
A carreira de Phil Anselmo é repleta de altos e baixos e marcada por controvérsias que mesmo depois de vários anos, ainda recaem sobre ele. Sendo a fama uma espada de dois gumes que nem é sempre é fácil de se lidar, ele é questionado se trocaria a fama por anonimato:
“Eu sou realista. O que aconteceu, aconteceu. O que vai acontecer, vai acontecer. O que eu devo fazer sobre isso? Devo reviver merdas ou voltar no tempo? Apagar as memórias das pessoas? Se você comparar o que eu fiz com todas as coisas horríveis que foram feitas nesta terra, eu esperaria que eu ficasse bem baixo na lista. Eu não tenho um osso racista no meu corpo. Meus heróis são todos.”
Indagado sobre o conselho que ele daria ao seu de 19 anos, idade que tinha quando entrou para o Pantera, ele respondeu:
“Eu diria a ele: ‘Faça muito mais trabalho de core, leve seu ofício um pouco mais a sério e largue a porra da garrafa!’ Se eu fosse submeter meu corpo à tortura e à rotina, eu deveria estar treinando como um atleta de elite em vez de beber como um alcoólatra de elite…”
Será que Phil Anselmo tem arrependimentos com relação ao Pantera? E sobre Dimebag Darrell? Ele respondeu:
“Eu realmente não me envolvo em me deter no passado. Ele está sempre transbordando sob a superfície da minha consciência. Eu o vivo. Penso sobre ele todos os dias. Sonho com ele frequentemente – sobre os velhos tempos; os velhos tempos; sobre Dimebag [Darrell, o guitarrista do Pantera que foi baleado e morto por um atirador no palco em 2004]. Eu queria que Dimebag estivesse vivo hoje, é claro. No fundo do meu coração, eu sei que ele e eu teríamos feito as pazes há muito tempo. Nós éramos bons amigos demais para tudo isso.”
Relembre a entrevista completa de Phil Anselmo à revolver em 2019, clicando aqui.
