Phil Anselmo, vocalista do Pantera, embarcou em um supergrupo de metal de extremo em 2015 sob o nome Scour. Eles lançaram três EP’s, mas o álbum de estreia só viu a luz do dia recentemente, em 21 de fevereiro, com o lançamento de “Gold” pela pela Housecore Records/Nuclear Blast.
Scour é formado pelo vocalista do Pantera ao lado dos veteranos Derek Engemann (Philip H. Anselmo & The Illegals), John Jarvis (Nest, Agoraphobic Nosebleed), Mark Kloeppel (Misery Index) e Adam Jarvis (Pig Destroyer, Misery Index, Lock Up).
Durante uma nova entrevista a John The Ninja, o guitarrista Derek Engemann, defendeu Phil Anselmo sobre o fatídico episódio “Dimebash” de 2016, no Lucky Strike Live em Hollywood em homenagem ao falecido guitarrista do Pantera “Dimebag” Darrell Abbott, quando Anselmo ficou marcado e estigmatizado ao fazer uma saudação nazista no palco e gritar: “White Power”.
Massacrado por fãs e pela comunidade do metal em geral, Phil alegou que estava brincando sobre “beber vinho branco nos bastidores e estava reagindo aos membros da plateia na frente que, supostamente o estavam provocando.”
Segundo Engemann, “foi um evento infeliz”, mas Phil “estava sendo vaiado a noite toda e ele simplesmente jogou gasolina no fogo. E foi superinfeliz.” Veja a declaração do guitarrista:
“Sim, foi um evento infeliz, para dizer o mínimo. John Jarvis e eu [do Scour] estávamos lá no ‘Dimebash’ naquela noite. Estávamos nos bastidores, curtindo e bebendo. Havia muita bebida envolvida. É o que era naquela época. Mas muitas pessoas realmente não percebem o que aconteceu.
Então, eles tocaram a noite toda para o Dime, trazendo supergrupos de pessoas [diferentes]. Rex estava lá; todos os tipos de pessoas estavam lá. E Phil apareceu no final para três músicas. Acho que eles fizeram [um cover de uma] música do Motörhead, eles fizeram ‘A New Level’ [do Pantera], eu acho, e outra coisa. No segundo em que [Phil] subiu no palco, havia um grupo desses três caras que estavam apenas — eles estavam apenas vaiando-o desde o segundo em que ele entrou no palco, tipo, ‘Você é racista. Seu racista de merda’, blá, blá, blá. E todo mundo tipo, ‘Ei, cala a boca. Estamos tentando aproveitar o Pantera. Isso é para o Dime. Não é sobre suas besteiras.’ E eles continuaram a vaiá-lo o tempo todo em que ele estava fora. E no final, ele simplesmente perdeu o controle. E ele estava um pouco bêbado e fez a coisa mais ofensiva que pôde para aquelas pessoas. E eles estavam lá com suas câmeras. Não era como se ele tivesse ódio puro em seu coração, e ele está, tipo, ‘Isso é o que eu vou dizer esta noite. Eu vou fazer uma declaração.’ Foi, tipo, esses filhos da puta estavam vaiando ele a noite toda, e ele simplesmente jogou gasolina no fogo. E foi superinfeliz. Eu sei que ele se sente péssimo sobre isso. [Foi] provavelmente um pouco embaraçoso, tenho certeza.”
Ele acrescentou:
“Não é a melhor parte da história, mas Phil assumiu. Ele se desculpou. Não é quem ele é. Eu fiz turnê com ele ao redor do mundo com The Illegals, shows do Scour, coisas do Pantera. Simplesmente não é quem é. Até nossos vídeos mais recentes foram gravados por Malcolm Pugh, que é meio negro. Esse é meu amigo. Nós também temos 20 anos. Costumávamos morar juntos e tudo mais. Mas ele disse que as pessoas ficavam perguntando a ele, tipo, ‘Oh, não acredito que você está trabalhando com [Phil] depois disso.’ E ele fica tipo, cara, ‘ Phil tem sido nada além de gentil comigo, nos bastidores, em sua casa.’ Ele fica tipo, ‘Eu nem sei do que você está falando.’
Então, eu não sei. Não sei como dizer de outra forma, mas é, tipo, não é isso que Phil é. Foi um momento ruim.”
Abaixo, confira a entrevista completa: