O Overkill é uma das bandas veteranas de Thrash Metal que mais tem lançado álbuns ótimos em sequência. Podemos afirmar que desde o excepcional “Ironbound”, de 2010, o grupo simplesmente não errou mais a fórmula e apresentou uma coleção de trabalhos altamente gabaritados.
Registros como “The Electric Age” (2012), “White Devil Armory” (2014), “The Grinding Wheel” (2017), “The Wings Of War” (2019), assim como o mais recente “Scorched” (2023), apontam para uma banda extremamente consciente de seu papel na cena atual. E mais do que isso, o Overkill tem uma espinha dorsal quase que inabalável. Tudo isso graças as figuras emblemáticas do vocalista Bobby “Blitz” Ellzworth e do baixista DD Verni.
Em uma nova entrevista concedida ao Moshpit Passion, da Alemanha, Bobby “Blitz” falou um pouco sobre o próximo trabalho da banda. Ele foi questionado sobre quando os fãs podem esperar ouvir o sucessor de “Scorched”. “Blitz” não enrolou:
“Bem, nós meio que nos encaixamos em um prazo. Estamos olhando, eu suponho, para que a maior parte do primeiro semestre de 2025 seja esse prazo para a composição do novo álbum. E provavelmente gravaremos até o final de 2025 e então o lançamento deve ficar para o começo de 2026. Agora eu não sei com qual selo vamos lançar, quer dizer, eu presumo que seja a Nuclear Blast, eles têm mais uma opção. Mas não há nenhuma outra direção em que estamos olhando no momento.”
Respondendo sobre como a banda trata algumas mudanças internas, como a mais recente que envolveu a saída do baterista Jason Bittner, e se isso poderia ocasionar mudanças no direcionamento musical do Overkill. O vocalista explicou:
“Não acho que mudanças direcionais sejam necessariamente reconhecidas por quem esteja de fora da banda. É mais reconhecido por dentro, porque estou envolvido em todo o funcionamento interno da banda. Somos como os mecânicos que mantêm a máquina funcionando, então sabemos quando algo precisa ser mudado, seja um indivíduo… no caso, a passagem de Jason Bittner estava chegando ao fim. Ouça, ele é um ótimo baterista, não me entenda mal, ele é um bom amigo também, mas era algo como, você simplesmente sentia que a mudança estava chegando porque… A tensão pode ser uma coisa boa em uma banda de Heavy Metal, mas muita tensão pode levar você à sua própria ruína. Pode destruir tudo.
Então, acho que a reinvenção, especialmente, nessa idade, não é necessariamente a maneira certa de pensar nas coisas. Acho que a maneira de pensar nisso, aos 65 anos, é quais são meus pontos fortes? E posso tornar meus pontos fortes mais fortes? Agora, quando falo com você sobre largar os cigarros e o vape, eu deixo essa ideia mais forte na minha cabeça. O que é muito estranho para um cara que faz isso há muito tempo… Algumas pessoas não vivem tanto quanto o tempo em que eu fumo (risos). E muito menos no Rock And Roll.
Então eu acho que o fato de eu poder largar os cigarros e dizer, ‘eu posso cantar o tempo todo agora’, só vai tornar os discos melhores. E eu acho que nesse último álbum foi um, com certeza, foi um dos sentimentos que tivemos com ‘Scorched’. Foi, tipo, ‘Ouça essa porra, cara!’. Nós soamos como uma banda jovem, faminta, falando sério. E é disso que se trata o Metal. Então eu não vou pensar demais. Eu não vou reinventar a roda, mas vou tocar com os meus pontos fortes.”