O vocalista do Overkill, Bobby “Blitz” Ellsworth, falou ao The Metal Voice do Canadá sobre o que esperar do novo disco, “Scorched”, que sairá no dia 14 de abril via Nuclear Blast Records.
Blitz começa falando sobre como a pandemia afetou o seu processo de composição. Ele disse:
“Não foi boa para nós a pandemia. Aproveitamos o luxo do tempo a nosso favor. Acho que essa seria provavelmente a melhor maneira de definir a situação. Acho que a pandemia é diretamente responsável pelos resultados, especialmente, pelos meus resultados nele. Eu acho que os outros caras, eles ajustaram e acrescentaram elementos ao longo desse período de três anos. Mas para mim, eu rasguei aquele disco algumas vezes, apenas para ter certeza de que era um disco de metal digno do luxo do tempo.”
Sobre a produção, ele conta:
“Usamos o produtor Colin Richardson novamente. Este é seu quarto projeto conosco. Ele é nosso amigo. Nós confiamos no cara. Ele fez um álbum para nós, ‘Killbox (13)’. Acho que foi lançado apenas em 2004, quando a popularidade do gênero não estava lá em cima; não estava em seu estado mais saudável. Mas esse é um dos discos com o melhor som que já fizemos, e ele é o responsável direto por isso. Então, quando ele fez essa mixagem, não demos muitos palpites a ele. Quero dizer, nós fizemos a produção e meio que o orientamos em relação às nossas ideias, mas não generalizamos o som. Mas eu me lembro de dizer a ele – ou D.D. Verni – dizendo a ele, sim; nós concordamos com isso – queríamos um disco que você pudesse tocar bem alto, mas que não te cansasse. Às vezes você pega um desses discos, coloca quatro faixas, coloca às nove e diz: ‘Tenho que fazer uma pausa. Eu preciso de um cochilo. É pesado pra caralho, mas preciso tirar uma soneca.’ E acho que ele fez isso. E a maneira como ele fez isso foi usando, por exemplo, um pouco da ressonância natural da bateria da sala que ele misturou com o que quer que fosse digital. Ele fez uma guitarra reminiscente do início dos anos 90. Então é como capturar duas eras – é como capturar algo no passado e do presente, e ouvir essas duas eras simultaneamente.”
Por fim, Bobby diz sobre o que esperar do novo registro:
“É eclético. É diverso. Tem dinâmicas e características diferentes. Como você faz isso em um disco do OVERKILL? É o heavy metal tradicional. Tem seções suaves. Tem groove. Tem thrash. Tem rock and roll. Tem blues. Mas você tem que costurar essas peças e depois pegar tudo e tentar fazer – você sabe, colocar sua marca nisso. E acho que foi isso que conseguimos fazer. E o que é diretamente responsável é a quantidade de tempo que tivemos”.