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“O Rock in Rio nem é um festival de música. É uma Disneylândia de gente deslumbrada, de hipster, de gente que está muito pouco preocupada com a música”, diz Regis Tadeu

A última edição do festival Rock in Rio foi bastante contestada por fãs de Rock pela ausência do Dia do Metal e pelas poucas poucas bandas de Rock que se apresentaram. As atrações principais da edição de 2024 foram: Deep Purple, Journey, Evanescence e Avenged Sevenfod.



Houve muito chororô e uma onda de críticas direcionadas ao festival tomou conta das redes sociais. A pergunta que mais se fazia era “Cadê o Rock?”.

Vale lembrar que o Rock in Rio nunca foi um festival dedicado exclusivamente ao Rock, mesmo na sua antológica edição de estreia que contou com nomes gigantescos do Rock mundial.

O crítico, jornalista e produtor musical, Regis Tadeu, participou do Opinião Litoral e comentou a respeito dos 40 anos do festival comemorados em 2024 e, principalmente sobre as críticas com relação à falta de bandas de Rock no festival:



“O primeiro Rock In Rio já não era um festival de rock, exclusivamente. Vamos lembrar que nós tínhamos Ney Matogrosso, James Taylor, Elba Ramalho, George Benson… Então, havia ali em determinados dias, atrações que não eram necessariamente de rock. É claro que o primeiro Rock In Rio foi onde teve a predominância, inclusive das atrações internacionais. Só que hoje, o Rock In Rio, nem é um festival de música. Pensa um pouco… Não é um festival de música.

Por que a maioria das pessoas vai para o Rock In Rio com o mesmo espírito que as pessoas vão para uma balada. A música ali, é apenas um acessório, fica no segundo plano. O que o pessoal quer mesmo no Rock In Rio, é ficar ganhando brinde de empresa patrocinadora, ficar andando de tirolesa… A fila da tirolesa é muito maior que a plateia de certos shows.

Então hoje, mais do que em qualquer outra época, o Rock in Rio é um evento, ele é uma Disneylândia de gente deslumbrada, de hipster, de gente que está muito pouco preocupada com a música, e muito mais preocupada em aparecer nas redes sociais, dizendo que esteve ali.”



Ele também mencionou o o Rock in Rio Lisboa:

“Você tem o Rock In Rio Lisboa, você quer piada maior que o Rock In Rio Lisboa? Mas por quê? Porque a marca Rock In Rio é muito forte.”

Elaborando sobre o monopólio dos grandes festivais, Regis afirmou que “os festivais são eventos corporativos disfarçados de festival de música.”



“E não podemos esquecer do seguinte: Hoje, nós temos uma profusão de festivais gigantescos como o Rock In Rio, o The Town, que é o Rock In Rio de São Paulo; Temos o Coachella, nos Estados Unidos, o Lollapalooza… Todos esses festivais pertencem a uma mesma empresa, que é a Live Nation.

A Live Nation é uma empresa que detém o monopólio mundial, e isso precisa ser dito, a Live Nation ela tem uma tirania na organização desses imensos festivais… Pode reparar que nos festivais são sempre as mesmas atrações ao redor do mundo. Por que? Porque os artistas, a maioria, os do Rock In Rio, por exemplo, a maioria é fornecida pela Live Nation.

E o Rock In Rio hoje é da Live Nation, não é mais do Medina. Então, a Live nation monta esses festivais ao redor do mundo, com casts gigantescos e, a maioria são artistas contratados da Live Nation.

Então os festivais são eventos corporativos disfarçados de festival de música. Você vai no Rock In rio, por exemplo, você vê stand de banco, stand de não sei o que… Brinde de não sei o que lá… E é isso aí.”



A próxima edição do Rock in Rio já está confirmada para 2026.

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