“Machine Head” é o sexto álbum de estúdio da banda de Hard/Prog Rock britânica Deep Purple, que saiu em 25 de março de 1972. – O período no qual ocorreram as gravações foi entre 6 e 21 de dezembro de 1971, na cidade de Montreux na Suíça.
O quinteto resolveu fazer uma gravação diferente da habitual, gravando um instrumento de cada vez.
A ideia era fazer uma espécie de ao vivo com chance de gravar de novo em caso de erro. A princípio, o local de gravação seria um cassino em Genebra, Suíça, um complexo enorme que possuía uma casa de show em seu interior.
Frank Zappa (and The Mothers of Invention)
No dia 3/12/1971, antes da liberação do palco para a banda iniciar a gravação, haveria um show de Frank Zappa (and The Mothers of Invention). Convidaram os músicos a assistir e em determinado momento alguém da plateia disparou um sinalizador no teto. Como resultado, um incêndio consumiu todo o prédio do Teatro Montreux Casino. Felizmente, não houve vítimas fatais. – Este evento foi imortalizado na letra do clássico “Smoke On The Water”, presente no álbum.
Rolling Stones, o Mobile
Emseguida, devido ao acontecimento, a banda precisaria pensar em um plano B para não adiar sua gravação.
Assim que, eles contrataram o equipamento dos Rolling Stones, o Mobile One, que era um estúdio móvel que os roqueiros britânicos utilizavam e tinha como comandante o “sexto Stone”, Ian “Stu” Stweart.
Hotel de Montreux
A banda gravou todas as faixas no corredor de um hotel de Montreux. A captação de todo o material foi ao vivo, sem o uso de overdubs e o que foi ouvido depois não foi retocado.
Martin Birch
O engenheiro de som do álbum foi o saudoso e genial Martin Birch, conhecido também por gravar todos os grandes clássicos do Iron Maiden, além de discos do Rainbow, Black Sabbath, Blue Oyster Cult, Whitesnake, Fletwood Mac e outros.
“Machine Head”
Logo após o seu lançamento, “Machine Head” atingiu o primeiro lugar nas paradas britânicas no prazo de sete dias, permanecendo lá por duas semanas antes de voltar ao primeiro lugar em maio para mais uma semana. Nos Estados Unidos, o álbum alcançou o número sete, permanecendo nas paradas por dois anos.
“Smoke On The Water”
Curiosamente, os integrantes do Deep Purple não esperavam que “Smoke On The Water” fizesse sucesso, mas se enganaram em absoluto, pois ela se tornara a canção mais famosa do álbum e do próprio Deep Purple. Isso sem mencionar que é uma das músicas mais conhecidas do Rock em geral até hoje.
“Highway Star”
Começaram a compor a icônica “Highway Star”, faixa de abertura de “Machine Head”, na turnê do álbum anterior, “Fireball”, dentro de um ônibus de viagem, quando um jornalista perguntou como eles criavam as músicas do Deep Purple. Blackmore simplesmente disse: “assim”, e começou a improvisar e tocar um riff agitado, que se tornaria o que conhecemos hoje. Surpreendentemente para a realidade atual entre os dois, Blackmore e Gillan compuseram “Highway Star” em parceria.
A gravação da canção “When a Blind Man Cries” também ocorrera durante estas sessões, porém não foi incluída no álbum, simplesmente, porque Blackmore não gostava dela. A faixa só foi utilizada como lado B do single “Never Before” e apareceu como faixa-bônus na edição especial de 25 anos do álbum.
Uma dúvida:
Como seria o nome e a letra da canção “Smoke On The Water” se não houvesse o incêndio e a banda gravasse o disco no palco do teatro como eles haviam planejado?
Clique no link abaixo, a fim de ouvir “Machine Head” na íntegra:
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz
Clássico!!!! É estranho ver e ouvir coisas que foram lançadas antes de vc nascer, penso!!!! O mais estranho ainda é que parece algo atual em termos de som e qualidade, como um album pode ser tão bom e atual em comparação com tanta coisa ruin que rola na tv e rádio????!!!!! Bons tempos de antigamente, valeu!!!!