Durante uma sessão de perguntas e respostas dentro do Kiss Kruise, Paul Stanley foi questionado se existe algum plano do Kiss gravar um disco de inéditas ou, ao menos, algumas músicas novas. Paul respondeu o seguinte:
“Por que precisaríamos de um novo álbum do Kiss? Pense em qualquer grande banda clássica com uma história, você diz, ‘Oh, lance um novo álbum’. Você sabe, se os Rolling Stones lançarem um novo álbum, você irá dizer, ‘Oh, isso é ótimo, mas toque ‘Brown Sugar’.’. Sim, é assim que acontece, talvez não agora, mas o mesmo é verdade para nós. Você pode ter ótimas músicas nos álbuns mais recentes, mas as pessoas vão dizer, ‘Ótimo. Toque ‘Love Gun'”
Stanley ainda falou sobre o tema durante vários minutos e vamos transcrever para vocês todos estes trechos para depois opinar. Com a palavra, Paul Stanley:
“A realidade é que você realmente ama as músicas antigas e ninguém vai abraçar o novo material como já fez no passado, não importa o quão bom seja. Isso acontece porque essas músicas são parte, são como instantâneos do seu passado, e você pensa ‘estou conectado a eles de uma maneira que um novo material nunca poderia estar. Estamos felizes em excursionar e tocar. É onde vivemos, esse é o nosso território, é o palco. Eu não estou sozinho nisso. Quando você vir alguma banda clássica na TV ou se houver um vídeo de show, desligue o som e eu direi a você toda vez que eles estiverem tocando uma nova música porque o público se senta.”

“Então é estranho para mim que as pessoas sempre queiram que você faça um novo álbum, mas então eles dizem, ‘Isso é ótimo. Agora toque seus sucessos.’ Então, honestamente, neste ponto, não há uma recompensa real nisso. Há muito mais recompensa em mudar de faixa, eu ainda estou indo em frente. Mas em termos de gravar mais material do Kiss, eu meio que penso, ‘Por que ?’. Achei que ‘Modern Day Delilah’ ou ‘Hell Or Hallelujah’ fossem tão boas quanto qualquer coisa que eu escrevi no passado e tão boas quanto qualquer coisa que gravamos no passado, mas, compreensivelmente, é como vinho novo e não envelheceu ainda. Então, prefiro não tentar rolar uma pedra morro acima novamente.”

Bem, depois de ver tudo que Paul Stanley disse, nós vamos opinar e não vamos ficar em cima do muro.
Apesar de não concordarmos com ele e acharmos que a banda poderia lançar discos novos, é um fato que Paul foi muito mais sincero desta vez do que em todas as outras. Nós realmente nos sentíamos incomodados quando líamos declarações onde ele ficava criando problemas como “os downloads são maus” ou “não se vende mais discos como antes e por isso não vale mais a pena”. Essas e muitas outras argumentações já foram utilizadas em um passado não tão distante e dá pra afirmar que não colavam. Desta vez, ao menos o papo foi reto e o ponto chave da questão é: a banda tem muitos clássicos e pode ficar fazendo tours sold out pelo mundo tocando apenas estes clássicos. Muitos fãs não tem paciência em ouvir músicas novas e querem ouvir as mesmas canções de sempre, então é isso que o Kiss vai preferir fazer, tocar as mesmas de sempre e faturar alto por isso.
Por que não concordamos? Por que a banda tem condições de entregar ótimos álbuns ainda, “Sonic Boom” e “Monster” provam isso. Se canções como “Modern Day Delilah” ou “Hell Or Hallelujah” ainda não tem o peso de “I Love It Loud” ou “Creatures Of The Night”, é por que o tempo ainda não fez o seu trabalho. Mas ele vai fazer. Quer um exemplo? “Psycho Circus” já tem peso de clássico e não sai dos setlists da banda há muito tempo. As músicas precisam de um tempo para maturar e nisso Paul Stanley está correto, mas no caso do Kiss nós não teremos músicas novas para passar por esse processo. Uma pena!
Ouça “Modern Day Delilah” e “Hell Or Hallelujah” e tire suas conclusões: