A guitarrista do Alice Cooper, Nita Strauss, afirmou que não se incomoda com o fato de ser chamada de “guitarrista mulher” ao invés de apenas “guitarrista”, ao contrário de algumas de suas colegas também guitarristas que se ofendem com o termo por considerá-lo “restritivo” e “depreciativo” em relação ao verdadeiro “poder feminino” e em vista do espaço que as mulheres estão ocupando no metal.
Durante uma entrevista a Guitar Summit, Nita disse:
“Para ser honesta com você, isso realmente não me incomoda. Eu ouço algumas pessoas se ofenderem com isso dizendo, ‘Oh, você não deveria ser chamada de a melhor guitarrista mulher. Você deveria ser apenas a melhor guitarrista.’ E tipo, eu estou feliz de estar nessa conversa… Porque eu não acho que eu seja a melhor — eu acho que eu sou boa no que eu faço, mas eu não acho que eu seja mais rápida ou mais técnica do que qualquer um, ou qualquer coisa.
Então, só de estar na conversa sobre ser uma boa guitarrista me deixa muito feliz. E eu acho que as pessoas têm coisas muito mais importantes para se ofenderem do que se alguém disser: ‘Ela é a melhor guitarrista mulher, a melhor guitarrista da Califórnia, [ou a] melhor guitarrista loira’, seja lá o que for. Eu só acho que há coisas mais importantes para se ofenderem.”
A guitarrista Sophie Lloyd (Machine Gun Kelly) compartilhou recentemente sua visão oposta à de Nita com relação ao uso do termo “guitarrista mulher”:
“Há tanto poder feminino agora, no rock e na música em geral. Muitos músicos de estúdio que conheço também são mulheres, especialmente nas bandas maiores. E, geralmente, as pessoas estão se inclinando mais para esse tipo de coisa, porque — não sei, as mulheres também têm uma energia muito legal.
Traz algo meio novo para o gênero. E acho que as pessoas estão finalmente começando a ver isso e a apreciar, e isso significa que mais mulheres estão entrando nisso porque elas estão vendo mais também. Então, sim, definitivamente, tomou conta, e já era hora.”
Assista a entrevista completa com Nita Strauss abaixo: