“Lulu” e “St. Anger” sem dúvida foram álbuns que impactaram os fãs do Metallica (negativamente), para muitos fãs, eles são os piores discos que a banda já gravou, sendo que “Lulu” nasceu de uma colaboração entre o Metallica e o cantor e compositor Lou Reed (ex-The Velvet Underground). Mas o guitarrista Kirk Hammett vê o copo meio cheio, e ele defendeu os dois álbuns polêmicos em uma entrevista a Rick Beato em 2023. Antes, ele refletiu sobre como “Master Of Puppets” se tornou o “disco modelo” para a banda, mas isso não seria um fator limitador que os impediria de experimentar e buscar coisas novas.
“Nós sempre arriscamos, mesmo que alguns membros da banda não estivessem totalmente envolvidos
Houve momentos em que não estava totalmente ligado, e eu estava tipo, ‘Vou arriscar, dar um salto de fé, me apoiar nos meus outros três membros da banda.’ Sempre valeu a pena.
Embora às vezes tenhamos nos arriscado e eles tenham falhado terrivelmente do ponto de vista comercial, acho que criativa e artisticamente, eles são grandes sucessos.
E falo especificamente sobre ‘Lulu’, o álbum que fizemos com Lou Reed, e também sobre ‘St. Anger’. Esses são álbuns realmente divisivos, e você tem dois campos — pessoas que gostam e pessoas que não gostam.”
Kirk alegou que as bandas e os músicos precisam de desafios, e ele comparou o Metallica à lendária banda de rock progressivo YES:
“Eu acho que coisas assim são importantes para ter no seu catálogo. Porque você não quer muita coisa igual. Você quer picos e vales; você quer contraste. É o que torna interessante.
E se você tem um catálogo que é simplesmente perfeito, as pessoas ficam entediadas com ele. Há muita coisa igual.
Às vezes, as pessoas querem ser desafiadas por sua banda favorita. Eu amo o YES. Os primeiros três ou quatro álbuns do YES são brilhantes.
Mas então eles fizeram uma curva à esquerda para outro lugar. E eu adorei, porque era desafiador. E me forçou a ouvir ainda mais.”
Kirk provavelmente se referiu à mudança que começou com o sexto álbum do YES, “Tales from Topographic Oceans”, inspirado por um conjunto de textos hindus e que apresentou quatro ‘movimentos’ de várias partes ao longo de um álbum duplo.
O tecladista Rick Wakeman mais tarde acabou deixando a banda devido à discordâncias sobre a nova direção musical.