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Megadeth: “muitas das maiores músicas do Megadeth que se tornaram sucessos foram aquelas que caíram do céu bem na nossa frente”

É engraçado pensar que algumas bandas conseguem compor determinados álbuns e eles soam absolutamente diferenciados da própria discografia. Muitas dessas bandas nem conseguem repetir o feito e ficam com aquele grande masterpiece na carreira. É algum tipo de mágica ou energia do momento que faz aquelas composições se tornarem tão especiais. Obviamente, se torna praticamente impossível emular esse tipo de situação no futuro.

   

No caso específico do Megadeth, podemos mencionar o álbum “Rust In Peace”. Apesar do grupo possuir outros grandes trabalhos e “Rust In Peace” não ser o único disco brilhante, é inegável que aquele tipo de simbiose, de entrega, assim como aquelas construções não lineares bastante complexas, jamais se repetiram.

É claro que o Megadeth jamais viveu apenas de “Rust In Peace” e, certamente, outros discos como “Peace Sells”, “Coutndown To Extinction” e “Youthanasia”, foram registros que trouxeram boa parcela dos hits, clássicos e faixas de maior sucesso da banda.

Em uma nova entrevista concedida ao That Fuzzing Rock Show, o ex-baixista do grupo, David Ellefson, comentou sobre como nasceu a faixa “Peace Sells”. Ele menciona que a canção foi praticamente nascendo de forma natural/acidental, como se eles não precisassem nem colocar esforço. O músico diz que em outros momentos da carreira da banda tal simbiose ocorreu e foram nessas épocas que nasceram boa parte dos grandes clássicos.

Veja a declaração completa de Ellefson:

   

“Começou como um riff de guitarra. Dave Mustaine estava escrevendo um riff e nós tínhamos um baixo. Eu e Dave éramos basicamente uns sem-teto. Isso foi depois da turnê do álbum ‘Killing Is My Business’. Então, estávamos morando com o cara que projetou e coproduziu ‘Killing Is My Business’, seu nome é Karat Faye. E então estávamos basicamente enfiados em sua casa em Laurel Canyon. E eu tinha esse baixo. Era um baixo BC Rich. Eu tinha arrancado os trastes dele e então ele estava sem trastes e manchado como uma cor natural. E Dave o pegou e estava tocando. Ele disse, ‘ei, Junior. Venha aqui. Toque esse riff’. Então, estávamos trabalhando nesse riff e depois fomos para o ensaio. E ele disse, ‘toque esse riff’. Então ele começou a tocar, e Gar Samuelson entrou, e então Dave e Chris Poland começaram a tocar o riff, o verso.

Essa foi uma música que realmente se escreveu na sala de ensaio com a banda em algumas horas. E é engraçado, as músicas que fizeram isso, ‘Symphony Of Destruction’, ’99 Ways To Die’, ‘Sweating Bullets’. Acho que ‘Angry Again’ foi meio que montada em uma tarde no estúdio aqui em Phoenix. Então é engraçado que muitas das maiores músicas do Megadeth que se tornaram sucessos, foram singles e depois sucessos, foram aquelas que simplesmente caíram do céu bem na nossa frente na sala de ensaio da banda. E, claro, algum tempo foi gasto para detalhá-las um pouco mais, mas o núcleo básico da música estava lá. Então essa é meio que a história de ‘Peace Sells’ e como ela surgiu.

É engraçado porque saímos e fizemos uma turnê. Então, isso foi provavelmente no final de 1985. Estávamos apenas escrevendo músicas. Tínhamos nosso contrato com a Combat Records na época. E então, no início de 1986, saímos e fizemos uma turnê de um mês pela Costa Leste… E tocamos todas as músicas que tínhamos, tocamos o disco inteiro ‘Killing Is My Business’, tocamos o que se tornaria o álbum ‘Peace Sells’. E essa turnê foi como nossa pré-produção para o álbum ‘Peace Sells’. E, claro, antes dos iPhones e do YouTube, você podia tocar coisas e as pessoas não as pirateavam. Mas podíamos dizer todas as noites, cara, quando começamos aquela música, Gar começava com o bumbo e eu começava com o baixo, e você podia ler a linguagem corporal na sala que todo mundo estava curtindo aquilo. E nós sabíamos. Nós pensamos: ‘Quer saber? Acho que conseguimos um sucesso aqui’. E essa foi uma sensação legal. Porque todo o resto, ‘The Conjuring’, ‘Devil’s Island’, todas essas coisas eram bem violentas e bem ameaçadoras, então foi legal mudar o ritmo um pouco, meio que mudar o clima…”

   

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