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Led Zeppelin: “nunca imaginei sair e tocar música estando sóbrio”, relata Jason Bonham, filho do lendário John Bonham

Jason Bonham, filho do lendário baterista John Bonham, falou com o podcast “Scars and Guitars” sobre como ele conseguiu vencer seu vício em álcool quase 20 anos depois de seu pai ter morrido por envenenamento por álcool.

   

Ele falou:

“Sou um bom menino e ESTOU sóbrio há 22 anos. E nunca imaginei que diria isso, porque adorava uma boa bebida, como todo mundo, mas na verdade gostava muito mais do que apenas uma ou duas. Eu era um bebado olímpico… Então, nunca imaginei sair e tocar música estando sóbrio… Mas eu realmente gosto de estar assim… Eu ainda toco em bandas onde os demais integrantes bebem e no dia seguinte eles dizem, ‘Que show. Ótimo show ontem à noite. E eu digo, ‘Foi? Você tem certeza? Você apagou cerca de seis músicas antes do fim.’ e eles dizem: ‘Eu fiz isso?’ e respondo: ‘Sim.'”

Jason continua:

“Tive a sorte de perceber que isso me afetava e ter pessoas ao meu redor que concordavam com isso FOI incrível. houve As pessoas que definitivamente tinham o mesmo problema, que não vi nunca mais; elas meio que pensavam em mim como uma ameaça, porque eu estava me recuperando. já as pessoas que estavam bem e nunca ABUSARAM dAS bebidaS, ainda posso sair com elas e elas bebem e não se sentem culpadas. Eu nunca quero que ninguém se sinta desconfortável só porque eu NÃO bebo… Para mim, era melhor não beber… Então eu toco música há mais tempo sóbrio do que bêbado”.

Questionado sobre como conseguiu parar de beber, ele conta:

“Eu não diria que foi da noite para o dia. Eu fui para a bebedeira um dia e pensei, ‘Uau. Como vou voltar para a minha mulher desse jeito? Eu pensei, tipo, ‘Merda.’ E em momentos acordei no hospital. Ela não soube disso na época. E os médicos disseram: ‘Você tem sorte de estar vivo. Você desmaiou. Você bateu sua cabeça. E eu fiz piada sobre isso. Eu falava, ‘Bem, essa é a última vez que eu ligo para aquele cara…’ Mas eu estava um pouco envergonhado. Quando você acorda e dizem: ‘Ele está voltando a si’, e você diz: ‘Como cheguei aqui? Eu deveria estar em um avião a essa hora. Por que não estou em um avião para casa?’… Eu estava voltando para a minha cidade. Foi a primeira vez que toquei com Sammy Hagar. foi em 97. Eu demorei mais quatro anos para levar isso a sério – outros quatro anos antes de dizer: ‘Sim, quer saber? É melhor eu me recompor. Foi preciso um colapso da música em geral na minha vida… para eu perceber de repente: ‘Tenho um problema’.”

Jason conta sobre sua experiência na clínica de reabilitação:

“Minha esposa me levou de Manchester até Londres e eu fiz o check-in. E eles disseram, ‘Oh, quem você quer ver? Eric ou Pete?’ Eu fico tipo, ‘O quê? O que você quer dizer com Eric ou Pete? Oh! Clapton ou Townshend.’… Então, eu tinha Pete; Pete era meu amigo quando fiquei sóbrio. Então eu tinha o melhor amigo sóbrio do mundo, e ele me contava histórias sobre meu pai e costumava me pegar e me levar às reuniões E ele me deu o meu começo. E agradeço a ele até hoje por ter alguém como ele para explicar de uma maneira muito diferente. Não era, tipo, o taxista da rua. E não há desrespeito em ir e ouvir um desses caras falar, mas eu não consegui me relacionar com o motorista do táxi… Mas alguém como Pete, eu poderia me identificar… E consegui ficar sóbrio daquele momento em diante. Então, eu sou muito grato.”

   
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