O Led Zeppelin, uma das bandas mais lendárias e respeitadas do cenário do rock mundial, foi classificada como uma banda de Heavy Metal pela imprensa, denominação essa que se tornou motivo de debate entre os fãs de rock e metal, sendo muito questionada ao longo dos anos.
Durante o verão de 1994, Jimmy Page e Robert Plant (sem o baixista do John Paul Jones), participaram do especial de TV Unledded, onde revisitaram os clássicos e cortes profundos da banda. Não era uma reunião, e sim, um projeto feito única e exclusivamente para aquela ocasião.
Em entrevista a Mat Snow da revista Mojo, Jimmy Page admitiu que convidou John Paul Jones, mas explicou o porquê ele não participou do projeto:
“Sinceramente, eu não estava pensando em John Paul Jones. Estava pensando no que estávamos fazendo juntos entre nós dois.”
Na mesma entrevista, Jimmy Page e Robert Plant falaram sobre o terno “Heavy Metal” atribuído pelos jornalistas para classificar o som da Led Zeppelin, e responderam “se isso restringia a forma como as pessoas os percebiam.” Jimmy Page, respondeu:
“Sim, porque ele se concentra em apenas um elemento do que estávamos fazendo. Éramos tão multifacetados que é uma pena termos sido colocados em qualquer um deles…”
Plant se mostrou ainda mais contrariado:
“É complacência jornalística e conversa fiada. É muito fácil dizer: quem era a banda de maior sucesso naquela época? Se fôssemos nós, e naquele período havia muita gente se divertindo usando sua masculinidade como arma principal para vender discos, então temos que ser responsabilizados e usados como marca registrada daquele período, quando nossas melhores músicas, além de Black Dog e Rock And Roll, eram mais ou menos acústicas ou orientais de qualquer maneira. Mas quem se importa? Deixe para o Deep Purple. Eles são uma banda legal, imaginativa e original.”
Quando indagado se ele tinha alguma história que pudesse corroborar o que ele estava dizendo e esclarecer este erro, Plant disse:
“Não. Isso é para ser entretenimento, sabe. Não é tão sério assim. Deixe as pessoas pensarem o que quiserem. Realmente não importa, desde que tenhamos orgulho do que temos; isso é tudo o que importa. Caso contrário, estamos perdendo nosso tempo. E nós temos apenas cerca de 40, 50 anos de vida, cada um de nós. E você. Ficar brincando, tentando esclarecer as coisas e todo esse tipo de coisa é perda de tempo. Nós apenas seguimos em frente e fazemos o que fazemos.”