Em entrevista ao American Songwriter, o frontman Paul Stanley falou sobre a turnê de despedida do Kiss, “End of the Road”, que deve finalizar no fim deste ano.
Ele disse:
“Estar em turnê é praticamente três horas de euforia e 21 horas longe de casa, o que honestamente não é divertido. Há noites em que vou para a cama e penso: ‘Que diabos estou fazendo aqui? Por que estou aqui se tenho uma casa e família?’ Então certamente há um empurra e puxa, mas não há nada como estar no palco, a gratidão que sinto. E o treino que faço no palco, não poderia fazer isso em uma academia. Se você pudesse colocar 10.000 ou 100.000 pessoas em uma academia para torcer por você, você faria coisas que não poderia fazer sem eles lá, então voar sobre uma platéia por um fio, isso é muito legal. Se eu tentar isso durante a tarde, quando não há ninguém, fico apavorado. A adrenalina te deixa estúpido.”
Ele conclui:
“Há duas coisas inevitáveis: a morte e os impostos. E é inevitável o fim de tocarmos como uma banda ao vivo. Eu quero ver esse dia? Não. Mas é necessário. Antes que não tenhamos escolha, gostaria de acabar com isso. Quando penso no fim, não fico feliz. Ficarei em êxtase ao ver o que realizamos e o que fizemos, mas é o fim de uma era. É também o fim de uma grande parte da minha vida. Eu levo meus filhos para a escola e faço todo tipo de coisa, mas a banda tem sido a maior parte da minha vida. A conexão com o público e aquela adrenalina e a emoção de fazer um show, não quero que isso acabe, mas muitas coisas precisam acabar. Eu gostaria de pensar que na melhor situação você pode controlá-lo, e isso é simplesmente o que estamos fazendo. Se estivéssemos em camisetas e jeans, poderíamos fazer isso nos anos 80 e 90, mas não em saltos plataforma de 20 cm e 20 kilos de equipamento.”
