O ex-baixista do Megadeth, David Ellefson, revelou que a possibilidade de gravar material inédito com o projeto Kings Of Thrash é uma carta que está sob a messa. Recentemente, o Kings Of Thrash lançou o single “Lockdown”, abrindo caminho para novas músicas em um futuro próximo.
Além de Ellefson, o projeto é composto pelo guitarrista Jeff Young (ex-Megadeth), Chaz Leon (vocal, guitarra) e o baterista Fred Aching (Dead Groove, BulletBoys), além de uma participação ocasional do guitarrista Chris Poland (ex-Megadeth).
Durante uma nova entrevista com o The Rock N’ Roll & Coffee Show, David Ellefson declarou:
“Queríamos lançar algum material, algum material original aqui em 2025, porque temos algumas datas de turnê chegando aqui em setembro e outubro. Então, na verdade, Chaz trouxe a música. E eu dei algumas instruções a ele. Eu disse: ‘Cara, 1984, thrash metal completo.’ Eu disse: “Vá direto para ‘Game Over’ do Nuclear Assault e ‘Ride The Lightning’ do Metallica. Vá direto ao cerne da questão.” Porque ele tem um coração thrash de verdade. E além disso, ele é nosso vocalista. Porque escrevemos bastante material juntos e queríamos algo que realmente saísse com tudo. E acho que é sempre melhor compor em torno do vocalista e deixá-lo liderar o ataque. Então, achei que ele trouxe uma música legal, cara. E nós colaboramos nela e a colocamos em forma. Acho que na época em que ele estava escrevendo — isso começou lá em janeiro, fevereiro, quando estávamos trabalhando nela inicialmente — acho que provavelmente não víamos o quão pungente a letra é, em vista de toda a agitação que está acontecendo agora. Então, sim, como uma boa música thrash deve ser, talvez um pouco política, um pouco anarquista e sempre divertida.”
David Ellefson contou que a ideia do projeto surgiu da vontade de homenagear o Thrash Metal:
“Começou como uma espécie de ‘Vamos homenagear o thrash metal’. Incluímos um pouco de Thin Lizzy, um pouco de Riot e algumas coisas com as quais crescemos também. E então acho que o próximo passo lógico para se legitimar é compor suas próprias músicas. E mesmo assim, veja bem, algumas das músicas do Megadeth são coisas que eu compus, então elas já são minhas músicas, e Jeff e Chris fizeram parte delas, é claro. Então esse setlist é a nossa música. Mas, para seguir em frente, é sempre bom dar uma repaginada e mostrar a todos o que você tem. Tínhamos outra música chamada “Bridges Burned”, que lançamos em 2023, quando fizemos nossa primeira turnê, e a escrevemos literalmente na estrada. Jeff e eu praticamente a tínhamos demoado no estúdio no ano anterior, então, musicalmente, era praticamente tudo junto. Mas colaboramos como um grupo na passagem de som, aprimoramos tudo. Eu, Chaz e Jeff sentamos e escrevemos as letras em um quarto de hotel enquanto estávamos em turnê. E então dissemos: “Vamos levar para o palco.” E a nossa equipe ficou tipo: “Cara, vocês não podem tocar isso no palco.” Eu disse: “Sério? Olha isso.” Tipo, por que não? E quem sabe se algum dia vamos gravar isso oficialmente, mas agora está na internet. Está no YouTube… É, tipo, por que não, cara? É thrash metal, cara. Essa é a música que manda bem, que te diverte, que te faz entrar na plateia e dar um soco no vizinho.”
Sobre gravar material inédito com o Kings Of Thrash, ele disse:
“É possível. Certamente não vou dizer não. Vou te dizer uma coisa: foi ótimo fazer apenas uma música. Fazer um disco dá muito trabalho, especialmente quando você mora em cidades diferentes e está tentando colaborar. Uma das coisas sobre o Kings é que não somos quatro pessoas iguais. Somos quatro indivíduos muito diferentes, então, concordar em algo, não vou mentir, é um pouco desafiador. E, honestamente, é a diversidade que torna o Kings tão legal. E acho que venho disso até mesmo com o Megadeth. E Chris Poland, Jeff Young, eles eram meio que os guitarristas mais diversos para o Dave Mustaine. Então, eu cresci em um ambiente que meio que esperava isso. Então, ter o Kings espelhando isso, eu acho legal. Já estou acostumado com essa dinâmica. E ter todo mundo não apenas concordando em tudo, mas todos trazendo um… uma perspectiva um pouco diferente, é legal. Quer dizer, é disso que se trata um grupo. Quer dizer, veja bem, todo grupo precisa de um líder. Até certo ponto, eu lidero muito disso. Coloquei o Jeff lá para montar os repertórios e fazer isso. Com essa música “Lockdown”, dei essa tarefa ao Chaz e disse: “Ei, faça isso”. O Fred é o nosso contato com a gravadora. Ele faz toda a nossa arte e tudo mais. Ele filmou o vídeo, produziu, dirigiu e tudo mais. Então, temos quatro caras muito criativos que fazem coisas muito diferentes. Então, tipo, temos quatro caras que realmente contribuem com algo. E isso é ótimo — ter quatro caras diferentes.”