PUBLICIDADE

Judas Priest: “quando nos conhecemos, sempre tivemos ótimas conversas. E eu acho que isso deixou muitas pessoas furiosas”, diz Tim Owens sobre Halford

Substituir um membro importante de uma banda não é uma tarefa das mais fáceis. Já vimos isto dar errado inúmeras vezes. Mas substituir o membro mais importante de uma das maiores e mais importantes bandas de Heavy Metal da história…

   

Bem, isso literalmente não é trabalho para qualquer um.

Quando Tim “Ripper” Owens substituiu Rob Halford no Judas Priest, todos sabiam que seria muito difícil o jovem músico conseguir se manter no posto por muito tempo. Dessa forma, precisamos ser justos com Owens, já que se os discos que ele gravou à frente da banda não foram extremamente bem sucedidos, ao vivo ele realizava um trabalho praticamente impecável.

Cantar as músicas de Rob Halford não é uma tarefa fácil e, inegavelmente, “Ripper” se saía muito bem. O grande problema foi o desempenho ruim nas vendagens, principalmente, de “Demolition”.

Judas Priest com Tim Owens – Reprodução/Facebook

Tim Owens participou do podcast The Vinyl Guide e, quando convidado a refletir sobre sua entrada na banda em 1996, deu algumas declarações interessantes.

   

O baterista Scott Travis descobriu Tim após assistir a uma fita de vídeo onde o vocalista tocava com sua banda cover chamada British Steel. Enfim, questionado sobre se ele se sentiu pressionado ou se teve algum tipo de preparação antes de assumir a vaga de Halford, Tim explica:

“Bem, ouça, eu estava confiante. Eles estavam confiantes com a minha voz. Eu sabia que alguns fãs não gostariam de mim, mas eu também sabia que eu poderia cantar muito bem e poderia cantar muito bem ao vivo. Uma vantagem que eu senti que tinha como cantor era que eu poderia cantar o que eu gravei no estúdio, qualquer coisa que eu gravei eu serei capaz de cantar ao vivo. E eu senti que quando os fãs viessem ao show, eles ficariam felizes por terem alguém que está vindo para o Judas Priest e ainda poderia manter a voz. Então, se alguém não gostasse de mim, não havia nada que eu pudesse fazer.

KK Downing costumava sempre dizer: ‘a prova está no pudim. Venha ao show e veja’. E eu acho que muitas pessoas costumavam ir aos shows e elas simplesmente não viam a hora de me odiar. Elas odiavam que eu aparecesse e queriam que eu falhasse. E muitas delas, eu as conquistava quando começava a cantar, porque elas percebiam que eu amava aquilo, eu amava o que estava cantando e queria fazer justiça às músicas. Então eu sempre me senti confiante.”

Tim assumiu que os dois álbuns que ele gravou, “Jugulator” e “Demolition”, não venderam muito bem e este fato acabou abrindo espaço para o retorno de Rob Halford. Ele explicou o seguinte:

“Foi uma época muito ruim do Heavy Metal. Então não foi como se eu tivesse me juntado a eles no auge. Quer dizer, quando Rob deixou o Judas Priest eles estavam tocando para algumas milhares de pessoas na turnê de ‘Painkiller’, foram muitos shows. Então, realmente não foi uma ótima época do Heavy Metal. Então eu entendi isso e entendi que as pessoas iriam querer Rob de volta. Mas tudo o que eu me importava era subir no palco e soar bem. Eu só queria que a banda ficasse feliz e que eu ficasse feliz comigo fazendo isso. Era só com isso que eu me preocupava.

Eu conheço muitos dos músicos da época, especialmente, as bandas de Hair Metal, porque o Hair Metal tinha acabado naquela época, eles me odiavam em Los Angeles, porque eles ficavam tipo, ‘quem é esse cara? Ele veio de Akron, Ohio. O que ele fez? Como ele está aqui?’. E eu ainda sou o mesmo cara de Ohio, com os mesmos amigos. Eu tenho a mesma atitude. E todos nós somos iguais. Eu digo isso aos músicos o tempo todo: somos todos iguais. Quer dizer, nada diferente.”

Reprodução/Youtube

O ex-cantor do Judas Priest foi questionado se ele chegou a conhecer Halford naquela época. Ele conta que não, mas explica que mais tarde passou a ter uma relação amistosa com o Metal God:

“Não, apenas na imprensa. Eles sempre tentaram nos fazer dizer coisas ruins e maldosas. E de vez em quando, um de nós dizia alguma coisa. Agora, isso foi antes da Internet. Então, eu não conseguia imaginar fazer isso hoje em dia, quão fodido seria. Mas, não, porque havia um respeito. Eu não acho que Rob gostava muito de mim, provavelmente, na época, porque alguém estava indo para sua banda, cantando suas músicas e cantando isso muito bem, mas sempre tivemos esse respeito. E quando nos conhecemos, sempre tivemos ótimas conversas. E eu acho que isso deixou muitas pessoas furiosas que gostássemos um do outro. Acho que isso deixou muitas pessoas furiosas e acho que ainda deixa. Mas sempre que o vejo, adoro conversar com ele e ele sabe o que está acontecendo comigo, ele fica tipo, ‘oh, vejo que você está tocando na Rússia’, mas tanto faz.”

   

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Veja também

PUBLICIDADE

Redes Sociais

36,158FãsCurtir
8,676SeguidoresSeguir
197SeguidoresSeguir
261SeguidoresSeguir
1,950InscritosInscrever

Últimas Publicações

- PUBLICIDADE -