Jayne Andrews, manager do Judas Priest à cerca de 35 anos, concedeu uma nova entrevista no programa “Gabbing With Girlfriends”, apresentado pela esposa de Geezer Butler, eterno baixista do Black Sabbath. Quando questionada sobre a presença de KK Downing e Les Binks na cerimônia de indução do Judas Priest no Rock Hall Of Fame de 2022, ela fez um longo comentário se lamentando pela postura do ex-guitarrista e membro fundador do grupo, KK Downing.
Veja o comentário de Jayne:
“Foi um pouco estranho, para ser honesta, porque eu lidei com tudo envolvendo KK e Les Binks. Sobre Les Binks, eu nunca o tinha conhecido antes. Eu nunca tive qualquer razão para ter qualquer negócio com ele. Mas ele me pareceu muito legal, muito amigável. Ele veio e se apresentou a mim. Nós o encontramos no aeroporto e eles estavam no mesmo vôo que nós. E Ken apenas se manteve reservado. Mesmo quando ele subiu no palco com a banda, ele não se comunicou muito com ninguém.
Bem, para mim, se alguma vez houve um momento para tentar construir pontes, o momento foi esse. Sabe? Elogios maciços para todos eles, para KK e para Les e para Rob e Glenn, e para Ian e Scott, E até mesmo para Dave Holland, que não está mais entre nós, mas foi empossado postumamente.
Todos nós dissemos antes, quaisquer queixas ou problemas, nós deixamos para trás. Este é um momento muito positivo. E é assim que olhamos para isso. E é uma pena que KK não parecia olhar do mesmo jeito… É triste pra ele, sério. Porque mostra, sei lá, mostra, realmente, que todas as coisas que ele falou quando teve a oportunidade, que ele não aproveitou. Ele poderia ter enfiado a cabeça pela porta no camarim e falado com os outros, porque eles arranjaram camarins separados, sabe? Bem, há cinco deles na atual formação, de qualquer maneira, então, você não precisa de mais dois lá também. Foi melhor, porque, obviamente, eu não sabia o que estaria acontecendo, como seria o clima. Mas, para mim, ele deveria ter enfiado a cabeça pela porta e dito: ‘obrigado por me convidar para subir no palco com vocês’. Porque eles não precisavam ter chamado ele. Eles foram absolutamente informados: ‘vocês podem subir no palco com quem quiser. Vocês não tem que subir no palco com ele ou com ninguém. Vocês podem ir com sua banda, como quiser’. Eu disse para os caras, ‘é uma grande honraria para suas carreiras, isso irá honrá-los pelo que fizeram no decorrer dos anos’. E eu disse: ‘são apenas oito minutos e meio das suas vidas. Sejam homens maiores. Convide os dois para o palco’, e foi o que eles fizeram. E para mim, isso o tornaria um homem maior também, se ele tivesse enfiado a cabeça pela porta e feito isso. Mas, você sabe, lá vamos nós…
Para ser honesta, e eu provavelmente não deveria dizer isso, KK parecia um pouco nervoso e quase fora de seu alcance. E quando conversamos sobre isso depois, pensamos, bem, os outros membros do Judas Priest continuaram em turnê todos esses anos, ele não. Então ele provavelmente perdeu um pouco de confiança, vindo para um grande evento como esse, obviamente, e tendo que enfrentar todos nós. Ele não sabia como estaríamos… De nossa parte, tínhamos que ver uma pessoa. Da parte dele, ele tinha que ver seis pessoas, na verdade, cinco, eu não conto né… Mas é uma pena que, uma vez que ele percebeu que não havia animosidade do nosso lado, ele não enfiou a cabeça pela porta e disse ‘obrigado, caras’. Mas vamos lá. Ele não o fez, então não importa mais.”
Bem, há quase dez anos, nós do Mundo Metal cobrimos os bastidores do mundo da música pesada e o que aprendemos nesse tempo é que sempre há alguém interessado em lançar uma nova polêmica vazia no ar. Observando essas declarações vindas da gerente da banda, nos perguntamos: para que dizer essas coisas? Já não houve animosidade demais entre as partes?
É interessante observar a distância quilométrica nas declarações de Rob Halford sobre a presença de KK Downing e a fala da manager da banda. Veja o que disse Halford:
“Acho que deixamos a música falar por si, realmente, porque, como você viu na apresentação, todas as outras coisas são irrelevantes. Todas as coisas que foram ditas e sugeridas apenas ficaram no ar. O que importa é o que aconteceu naquele palco quando nós nos apresentamos juntos. E lá está KK do meu lado direito. Parecia que ele estava sempre lá. Olhei atrás de mim e vi Les Binks ali, e as memórias foram esmagadoras. Mas, mais do que isso, nós apenas focamos no momento em que ficamos juntos novamente tocando ao vivo. Foi realmente um turbilhão. Ficamos na companhia um do outro por um espaço de tempo muito, muito curto. Tínhamos muito pouco tempo para nos comunicar. Mas para o propósito da indução do Hall da Fama do Rock And Roll juntos era absolutamente crucial que KK e Les estivessem lá. Eles foram empossados, eles precisavam estar na sala conosco. E mais do que isso, ficamos emocionados que eles aproveitaram a oportunidade para dizer: ‘sim, vamos subir no palco novamente com vocês’.”
Quem acompanha as declarações de Halford, sabe o quanto ele é bom com as palavras. E mais uma vez ele demonstrou isso dizendo o que precisava ser dito. O que diabos esta manager achou que estava fazendo ao julgar de uma forma tão minimalista a presença e a postura de KK Downing. Será que ela não entende que se hoje Jayne Andrews é manager do Judas Priest é por que lá na década de 70, KK Downing fundou o Judas Priest? Quem é Jayne Andrews na fila do pão?
Nós, fãs do Judas Priest, queremos é que todas essas brigas e picuinhas fiquem para trás. Torcemos para que KK Downing suba no palco com a banda ao menos mais alguma vez, talvez no show de despedida ou em qualquer outra ocasião. Queremos vê-lo novamente ao lado de Richie Faulkner (seu substituto), bangeando loucamente como ocorreu no Rock Hall Of Fame. Isto é o que nós queremos.
A música em si é o melhor método de comunicação, não importa qual o idoma…se tocar com coração as coisas andam e determinados problemas podem se deixados de lado naquele momento do Show ou apresentação!!!! Valeu!!!!