KK Downing, ex-guitarrista do Judas Priest e atualmente à frente do KK’s Priest, cedeu uma nova entrevista ao programa Rock Of Nations com Dave Kinchen e se disse confuso sobre as últimas atitudes tomadas por sua ex-banda.
Para quem não acompanhou, o Judas Priest emitiu uma nota oficial em 10 de janeiro onde dispensava o produtor e guitarrista Andy Sneap do cargo de guitarrista de palco nos shows da nova turnê e afirmava que seguiria como um quarteto. No mesmo dia, Andy Sneap declarou ao site Blabbermouth que estava “incrivelmente decepcionado”, mas agradecia pelo tempo que passou com a banda.
A repercussão não foi das melhores entre os fãs e muitos fãs foram nas redes sociais do Judas Priest reclamar e expressar a sua insatisfação. Os argumentos eram de que o Priest sempre foi uma banda que se utilizou muito bem das duas guitarras e tocar como um quarteto iria prejudicar nas execuções de diversos clássicos.
Muitos rumores surgiram, inclusive de que o antigo guitarrista kk Downing poderia estar retornando a banda para a turnê de 50 anos, porém, no dia 15 de janeiro o Judas recuou de sua decisão e fez uma nova publicação em sua página informando que voltava a ser um quinteto e que Andy Sneap iria continuar participando dos shows.
Ninguém entendeu absolutamente nada, nem KK Downing, que ao ser questionado por Dave Kinchen, resolveu dizer o que pensa sobre toda esta situação. Com a palavra, KK Downing:
“Sou como todo mundo e fiquei totalmente confuso com tudo isso. Foi tão extremo e insultante, de certa forma, e insultante para Glenn também. Foi meio que um tapa na cara, dizendo: ‘Ok, vocês dois fizeram tudo isso ao longo dos anos, mas achamos que apenas um cara poderia fazer o que vocês dois fizeram’. Isso meio que minimizou tudo o que fizemos na banda e tudo o que criamos, dizendo que era tudo supérfluo, e realmente não tinha o valor que achamos… tenho certeza que Glenn vai concordar comigo que o que fizemos tem valor. É muito, muito estranho para o Priest até pensar na possibilidade de sair como um quarteto. Deve haver, obviamente, algo nos bastidores que não sabemos.”
O guitarrista ainda ponderou sobre a importância de tudo o que a dupla de guitarristas clássica do Judas Priest criou para o Heavy Metal nos últimos 50 anos:
“É meio estranho para mim pessoal, porque comigo e Glenn, aquilo era o Judas Priest para mim. Acho que tenho licença para dizer isso, depois de passar uma vida inteira na banda. E a imagem e tudo e todos os shows e todo o trabalho e todos os álbuns e tudo mais, tudo gira em torno disso. Quer dizer, se você não vê as calças vermelhas de Glenn no palco, não é Judas Priest, certo? Ok, eu criei a imagem com a guitarra Flying V, e os longos cabelos loiros, couro e tachas – eu criei isso. É fácil usar a roda, mas inventá-la é uma história diferente”