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“Judas Priest: Do Turbo Em Diante” de Martin Popoff (2024)

Judas Priest dispensa qualquer tipo de apresentação para quem gosta de Metal, independente da ramificação. Em seus mais de 50 anos de estrada, os ingleses da então industrial e enfumaçada Birmingham, lançaram discos influentes que atravessaram décadas. Além disso, definiram o visual do Heavy Metal com suas roupas de couro e tachinhas e se mantiveram relevantes até hoje.

   

Um grupo que passou por muitas histórias, muitos altos e alguns baixos, é verdade, e que teve uma cobertura esmiuçada de todo esse período pelo jornalista/crítico musical Martin Popoff. Tudo escrito em dois ótimos livros ambos lançados no Brasil pela editora Denfire:

Em primeiro lugar, “Judas Priest: Decade Of Domination” (2020), que cobriu os primórdios do grupo até seu décimo full lenght, “Defenders Of The Faith” (1984). Agora foi a vez de “Judas Priest: Do Turbo Em Diante” (2024). Esse segundo vai do não muito amado “Turbo” (1986) até o ovacionado “Firepower” (2018).

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“Judas Priest: Do Turbo Em Diante” de Martin Popoff (2024)

“Judas Priest: Do Turbo Em Diante” (2024)

Nesse segundo volume temos mais de 30 anos revisitados. Assim como no primeiro livro, não são “apenas” os discos de estúdios, não! Além dos nove álbuns de estúdio lançados entre 1986-2018, Popoff ainda passou pelos cinco discos ao vivo lançados nesse período, compilações, relançamentos e os trabalhos lançados fora do Judas Priest. Ele incluiu aí a carreira solo de Glenn Tipton, o interessante Fight, o esquecível Two, assim como o sólido Halford, o melhor dos três “por fora”.

Nos 18 capítulos do livro, Popoff revisita o que Judas Priest estava vivendo em cada fase, através da recuperação de entrevistas para revistas, jornais ou dos protagonistas Rob Halford, Glen Tipton, K.K. Downing, Ian Hill, Scott Travis, Tim “Ripper” Owens, Richie Faulkner para ele mesmo, além dos produtores Tom Allom, Chris Tsangarides e Roy Z e de testemunhos de músicos como Marty Friedman e Lemmy Kilmister.

   

As frases infelizes dos integrantes

Abordando também a visão dessas mesmas pessoas sobre o passado, temos um empolgado Rob Halford com o futuro promissor que o Two erroneamente apontava dizer que:“Metal estava morto”.

Se retratando anos depois: “Você sabe, todo mundo tem a liberdade de ser estúpido e eu fui completamente estúpido naquele dia. Fiz as pazes nos últimos anos sobre ter proferido esse comentário ridículo”.

Ou mesmo um pra lá de confiante Glenn Tipton com a chegada do então promissor Tim “Ripper” Owens que chegou a cravar:

“Eu realmente acho que a melhor coisa que aconteceu com o Judas Priest agora foi Rob ter deixado a banda… Temos sangue fresco em um cara que é bom, se não melhor que Rob”.

As particularidades de cada disco por si só já seriam interessantes. Mas os bastidores, tratados de forma séria, não como fofoca, acabam prendendo nossa atenção. Popoff descreve e esclarece de uma vez por todas, o que levou as saídas do obsoleto Dave Holland para a entrada da máquina Scott Travis, do frustado Rob Halford para a chegada do desconhecido Tim “Ripper” Owens que ficou no posto por apenas dois discos (o bom “Jugulator”, 1997 e o pouco inspirado “Demolition”, 2001) e da saída de K.K. Downing para a chegada do igualmente talentosíssimo Richie Faulkner, entre muitos outros temas.

   

A genialidade da redação de Popoff

Enfim, o que não falta, como de costume nos livros de Popoff, é um texto bem construído. Há muitas curiosidades (sim, “Ram It Down” (1988), além de marcar a saída de Dave Holland, foi feito com o uso de bateria programada). O autor deixa sua opinião pessoal e imparcial sobre cada disco, incluindo aí uma análise faixa a faixa de cada um deles.

Ilustrando tudo isso, há ainda muitas fotos coloridas de shows, credenciais, pôsteres, de lançamentos limitados, singles, etc. Todo esse material fez com que o livro atingisse 250 páginas, quase 50 páginas a mais que seu antecessor!

“Judas Priest: Do Turbo Em Diante” (2024) tem recheio de papel couchè 115g de alta qualidade. Acompanha ainda um adesivo com a capa do seminal “Painkiller” (1990) e um cartão postal referente a “Epitaph Tour”, podendo ser encomendado no site da Editora Denfire.

Nota: 8,0

   

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