James LaBrie, vocalista do Dream Theater, revelou ao Breaking Absolutes, o motivo que o levou a recusar um texto para o Iron Maiden, quando o vocalista Bruce Dickinson deixou a donzela de ferro. Confira:
“Bem, há dois pontos principais aqui. O primeiro ponto é: eu já estava no Dream Theater, já tínhamos gravado o álbum “Images and Words” (1992), e para mim não era apropriado. Essa era uma banda em que eu tinha 100% de convicção que, se jogássemos as cartas da maneira certa, teríamos longevidade na carreira. É triste como a maioria das bandas duram de três à cinco anos. Essa parece ser a média, o que é realmente lamentável. Mas, dito isso, eu já estava no Dream Theater, estávamos prestes a lançar “Images and Words” e, para mim, era simplesmente bizarro, não fazia sentido.”
LaBrie prosseguiu:
“Mas o outro ponto, e este foi um dos principais pontos que eu disse para Rod Smallwood e Mark, foi ‘Quer saber, caras? Já passei por essa situação antes. E por mais incrível que o Iron Maiden seja, eu estava em uma banda no Canadá em meados dos anos 80, e eles já tinham lançado três álbuns. E a banda se chamava Coney Hatch. Entrei e comecei a cantar para eles, comecei a gravar novas canções, mas quando eu estava tocando ao vivo, para mim, no fundo da minha cabeça, eu pensava, ‘OK, estou me divertindo muito, estou aqui no palco, há muitas pessoas na minha frente, e estou fazendo o que amo fazer, que é cantar’. Então havia essa parte boa, mas a outra parte para mim era que eu sempre vou imitar esse outro cara que cantou na banda antes de mim, e esse era Carl Dixon, o cantor original. E eu disse: ‘Sou um herói glorificado da jukebox, isso é o que sou.’ Então eu disse: ‘Não, eu quero criar a minha própria história.’ E eu sabia que o Dream Theater era uma força a ser reconhecida musicalmente, era quase inefável. Essa foi a minha razão, eu vi algo aqui onde eu seria conhecido como o cantor. Neil Peart veio com Rush no segundo álbum, eu vim com Dream Theater no segundo álbum. As pessoas não estão pensando muito no baterista original John Rutsey do Rush, e não estão pensando muito em Charlie Dominici, embora esses caras mereçam respeito. Então esse foi o motivo, basicamente, eu querer criar o meu próprio caminho e não seguir o caminho de outro músico.”