Rebuscando a história do Rock, ainda impressiona a quantidade de rótulos as quais as bandas e seus discos foram (e ainda são) submetidos. Tudo seria muito mais simples se usássemos apenas a palavra “Rock”, para definir um grupo ou um disco o qual gostamos. A mesma banda que particularmente soa como Rock, ganhou subgênero, rótulo e vários apelidos: Acid, Rock, Soft Rock, Art Rock, Arena Rock, Southern Rock, Stoner Rock, Modern Rock, Prog Rock, Hard rock e tantos outros.
Porém, foi em meados dos anos 60 que surgiu o Classic Rock, definição dada a músicos de Rock ‘N’ Roll, surgidos naquela década, passando pelos anos 70 , indo até o começo dos anos 80. Embora, não seja especificamente um estilo, o rótulo foi dado a bandas como: Beatles, Kinks, Rolling Stones, The Who, Led Zeppelin, Creedence Clearwater Revival, Yardbirds, Free, Cream, Bad Company e tantas outras.
Abrindo um espaço para o estilo, vamos falar de discos (e grupos) que merecem atenção e audição especial. Alguns destes, por trazerem em sua sonoridade, elementos simples e sonoridade que influenciou e continua influenciando inúmeras bandas. Algumas delas, chamadas de “Nova Geração do Rock”.
Preparem seus ouvidos afinal de contas, “Isto..É Clássico”.
Nossa viagem “Clássica” aborda a carreira das irmãs Ann e Nancy Wilson, conhecidas por serem o coração e cérebro do HEART.
Formado em 1973 em Seattle, Washington, o grupo teve em sua primeira formação o seguinte line up: Ann Wilson (vocais), Nancy Wilson (guitarra), Roger Fisher (guitarra), Steve Fossen (baixo), John Hannah (teclados) e Brian Johnstone (bateria). Nessa época a banda atendia pelo nome Hocus Pocus, porém, mudariam para White Heart e em seguida adotariam HEART, em definitivo.
O quinteto estreou em 1976 com “Dreamboat Annie”, disco lançado oficialmente em 14 de fevereiro daquele ano. Trazendo uma sonoridade que ia do Hard ao Folk Rock, flertando com o Acoustic Pop, o disco foi um sucesso na carreira da banda lhes garantindo disco de platina nos Estados Unidos e platina duplo no Canadá, graças aos singles “Crazy On You”, “Magic Man” e a faixa homônima “Dreamboat Annie”.
O disco continuou sua trajetória de sucesso e o Heart, figurou nas paradas de sucesso (também de vendagens) da Alemanha, Holanda, Bélgica, Austrália e Reino Unido.
O disco seguinte chegava às lojas em 14 de 1977 e foi batizado como “Little Queen”. Repetindo o mesmo desempenho de seu antecessor, “Little Queen” foi um furacão de vendas em países como Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Austrália, Suécia, Reino Unido e nos Países Baixos, constituídos por Bélgica, Holanda e Luxemburgo.
Se no Debut temos maravilhas como “Dreamboat Annie”, “Crazy On You”, “Magic Man” e “White Lightning and Wine”, no segundo trabalho somos agraciados com pérolas como “Barracuda”, “Love Alive”, “Kick It Out”, “Treat Me Well” e “Cry To Me”. As vendas impressionantes de Little Queen, garantiram ao Heart, Disco Triplo de Platina nos Estados Unidos, graças ao single de “Bararcuda” que permaneceu por 20 semanas na parada da Billboard 100, atingindo a 11a colocação.
Em suas páginas a Rolling Stones (Revista) classificou “Little Queen” com o 25o melhor álbum feminino de todos os tempos numa lista chamada “Women Who Rock”..
A banda se tornaria gigante anos mais tarde e mergulhava de cabeça no Hard Rock em “Heart”, álbum auto intitulado lançado em 1985 trazendo em seu tracklist os singles: “These Dreams”, “Never”, “What About Love” e o mega sucesso “If Looks Could Kill”. O disco atingiu a 1a posição nas paradas americanas e garantiu ao Heart, Disco Quíntuplo de Platina, pelas vendagens superiores a 5 milhões de cópias.
Porém, nada disso teria acontecido não fossem os magistrais: Dreamboat Annie e Little Queen. Discaços, obrigatórios essenciais aos amantes de Hard/Folk e Classic Rock. Ouça o trabalho do Heart agora mesmo! “Dreamboat Annie”:
“Little Queen”:
“Heart”:
Redigido por Geovani Vieira
