“Cycle Of Disaster” é o terceiro disco da banda de Heavy/Thrash Metal, Válvera.
Três anos após o lançamento do álbum Back To Hell, a banda de Thrash/Heavy Metal paulistana Válvera concluiu seu terceiro disco, “Cycle Of Disaster”, pelo selo Brutal Records. A sonoridade do quarteto da cidade de São Paulo reforçou ainda mais a sua pegada Thrash Metal, a qual já era presente em seu trabalho anterior. “Nothing Left To Burn” endossa o que afirmei no primeiro parágrafo, pois é introduzida pelo baixo de Jesiel Lagoin, que infelizmente deixou a banda após a conclusão do disco. A canção se converteu em um legítimo Thrash Metal que passeia, ao mesmo tempo, entre o moderno e o old school.
Leandro Peixoto
A bateria de Leandro Peixoto se destaca por sua performance forjada na brutalidade, dinâmica, assim como no ritmo preciso, claramente influenciada nos maiores mestres das baquetas do Thrash.
Glauber Barreto e Rodrigo Torres
Os riffs cataclísmicos de Glauber Barreto, que também é vocalista da banda, e Rodrigo Torres dão ao Válvera a cara de gente grande no Thrash Metal. Enquanto os solos de guitarra, por sua vez, se mantêm no mesmo alto nível dos primeiros registros.
Já a faixa título, “Cycle Of Disaster”, segue a sina do disco espancando tudo que encontra a diante. Uma discreta pitada de Groove torna o contexto bem interessante.
“Glow Of Death”
Logo depois, é a vez do segundo single a ser lançado do álbum, “Glow Of Death”, que chega para se impor. Pois, é uma intensa canção recebeu uma versão em lyric vídeo, deixando todos ainda mais ansiosos pela íntegra da obra. Além disso, seu solo de guitarra está entre os melhores do álbum. A evolução da banda é impossível de não ser notada. “The Damn Colony” tem uma pegada diferente, alternando momentos com veia mais Heavy Metal com outros, os quais soam mais Thrash.
“All Systems Fall”
“All Systems Fall” volta a pisar no acelerador com tudo, intercalando riffs, mudanças de andamentos, assim como solos que equilibram técnica e feeling. Aliás, a parte instrumental dessa música chega a lembrar Megadeth em seus primórdios.
“Born On A Dead Planet” continua não permitindo com que a audição esfrie, mantendo a estratégia planejada para o disco. Ao passo que “O.S 1977” exala o perfume de enxofre do Thrash Metal com uma mescla de influências em gigantes do subgênero.
Excepcional e impecável canção. “Fight For Your Life” resgata a veia mais Heavy Metal, que já estava muito presente no disco anterior. Após tanta pancadaria sonora, essa faixa funciona como um prazeroso descanso para os ouvidos, preparando o ouvinte para o encerramento do full-lenght.
Essa variação trouxe mais um grande momento para esse trabalho. O disco se encerra com o seu primeiro single, “Bringer Of Evil”, o qual recebeu uma versão em vídeo clipe, que eles lançaram em 2019.
A antecipação dessa faixa já dava uma boa expectativa para a íntegra do “Cycle Of Disaster”, porém com a audição do álbum completo essa expectativa foi superada, pois se trata de um belíssimo lançamento.
O Thrash Metal proporcionou um 2020 muito feliz a seus apreciadores. Em suma, “Cycle Of Disaster” é aprovado e indicado a todos os fãs da boa e velha pancadaria sonora.
Nota 8,9
Integrantes:
- Glauber Barreto (vocal e guitarra)
- Rodrigo Torres (guitarra e vocal)
- Leandro Peixoto (bateria)
- Jesiel Lagoin (baixo)
- Gabriel Prado (baixo) *entrou na banda após a conclusão do álbum, substituindo Jesiel Lagoin
Faixas:
- 1.Nothing Left To Burn
- 2.Cycle Of Disaster
- 3.Glow Of Death
- 4.The Damn Colony
- 5.All Systems Fall
- 6.Born On A Dead Planet
- 7.O.S 1977
- 8.Fight For Your Life
- 9.Bringer Of Evil
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz