“Predatory” é o segundo full lenght da banda paulistana de Thrash Metal, “Scars”, que sucede “Devilgod Alliance”, debut completo, de 2008.
São doze anos de hiato, mas a espera terminou nos trazendo mais um bom disco.
A faixa título dá início a essa segunda jornada do Scars. “Predatory” é influenciada na velha escola norte-americana de Thrash Metal.
Regis F
Regis F, que é o vocalista original, faz seu primeiro full álbum com Scars, se impondo através da agressividade de seu vocal.
Sobretudo, a dupla de guitarristas, que é formada por Alex Zeraib e Thiago Oliveira, trabalha seus riffs de ataque e solos que caracterizam, demais, os anos oitenta.
“These Bloody Days”
“These Bloody Days” é bem mais acelerada que a canção de abertura, parecendo uma mescla homogênea de Slayer, Death Angel e Kreator, porém é tocada com uma pegada singular.
“Ancient Power”
“Ancient Power” passa por pequenos momentos mais lentos, sendo bem mais rápida na maior parte de sua duração e recheada de riffs que grudam na mente.
“Sad Darkness Of The Soul”
“Sad Darkness Of The Soul” possui uma intro mais trabalhada, complexa e sombria, com ares de mistério, portanto, sendo mais cadenciada durante toda a sua duração.
“The Unsung Requiem”
O tema instrumental “The Unsung Requiem” trás uma bela exibição das guitarras, demonstrando muita competência técnica e feeling. Os instrumentais são sempre prazerosos capítulos a parte em álbuns de Rock e Metal.
“Ghostly Shadows”
Conduzida por riffs simples e matadores, “Ghostly Shadows” chega para conquistar o seu espaço na audição.
Assim como “Sad Darkness Of The Soul”, ela é bem mais cadenciada, porém com alguns poucos instantes de aceleração.
O vocal de Regis F lembra, discretamente, Mile Petrozza, vocalista do Kreator, não só nessa faixa, mas em muitas delas.
“The 72 Faces Of God” mantém a fórmula sonora utilizada até o momento, sem maiores novidades, porém ela é uma boa faixa para a sequência da audição. Assim como os riffs e solos de “Beyond The Valley Of Despair”, somados as partes narradas por Regis F, são fantásticos. Afinal, essa canção deixa explícita a sonoridade da banda, a qual não é de difícil assimilação.
“Violent Show” não altera a receita tampouco, mas é notável que os ingredientes, os quais compõem a obra, se tornam mais agradáveis a cada nova canção curtida.
Scars deixou o acelerador de férias nas faixas anteriores mais recentes, mas só em “Armageddon” é que o ritmo volta a se apressar, trazendo o início do álbum pra mais perto de seu fim.
Um riff com ares mais épicos introduz a apoteótica “Silent Force”, faixa que tem as minhas guitarras preferidas no álbum, parece ser um apanhado geral de todos os elementos que foram, agradavelmente, utilizados em toda a composição da bolacha (ou seria biscoito?) sonora.
A banda, decididamente, aproveitou seu longo hiato para amadurecer a sua música e deixá-la mais acessível às mentes de adictos por Thrash, como por exemplo, eu (rs).
Thrash Metal nos deixou orgulhosos em 2020.
Aprovado e indicado para thrashers adictos.
Nota 8,6
Integrantes:
- Alex Zeraib (guitarra)
- Regis F. (vocal)
- João Gobo (bateria)
- Marcelo Mitché (baixo)
- Thiago Oliveira (guitarra)
Faixas:
- 1.Predatory
- 2.These Bloody Days
- 3.Ancient Power
- 4.Sad Darkness Of The Soul
- 5.The Unsung Requiem
- 6.Ghostly Shadows
- 7.The 72 Faces Of God
- 8.Beyond The Valley Of Despair
- 9.Violent Show
- 10.Armageddon
- 11.Silent Force
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz
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