“Destruction Ritual” é o segundo álbum do Satan’s Taint, que é projeto do guitarrista Bobby Gustafson, o qual gravou os quatro primeiros discos da clássica banda de Thrash Metal, Overkill. O primeiro lançado por ele foi “Axe To The Head Of My Enemies” em 2017.
Sementes semeadas em terra fértil jamais dão frutos ruins, é o que pude comprovar após inúmeras audições desse novo trabalho de Gustafson. Assim que “Sumbel” abre o full-lenght, surpreende quem esperava algo que se aproximasse de Overkill. Ou seja, temos aqui um Thrash Metal moderno, mesclando vocais típicos de Heavy Metal tradicional. Não poderia ter havido uma melhor forma de começar. Belo cartão de visitas com a marca Satans Taint.
Em seguida, “Sorry You Were Ever Born” mostra uma faceta mais contemporânea do subgênero, porém sem misturas nessa faixa. No entanto, o refrão é forte e grudento.
“Thorn In My Side” nada tem a ver com a homônima música do Exodus presente no álbum “Force Of Habit”, pelo contrário, ela é muito mais pesada que a sua xará.
Enquanto os riffs de Gustafson demonstram o seu feliz momento. O Thrash continua a espancar em “End Your Bloodline”. Dessa forma, o lindo solo de guitarra dessa canção declara que Bobby permanece na elite de seu instrumento.
“Destruction Ritual”
“SkullKrusher II” é a faixa diferenciada do “Destruction Ritual”, pois ela possui uma atmosfera de completo Doom Metal com todos os seus ingredientes, algo que eu jamais esperaria encontrar ouvindo esse álbum.
Peso absurdamente sombrio, encarnando, dessa maneira, a desgraceira sonora a qual propõe. “The Chrone Of Vero” é exageradamente influenciada em Slayer, principalmente em seus álbuns da década de oitenta. Os riffs e solos parecem ter sido gravados num reencontro mediúnico entre Jeff Hanneman e Kerry King.
Desecration
A intensa “Desecration” é mais rápida e ainda mais brutal que as anteriores. Impiedosamente o massacre sonoro prossegue. “Raid Again” repete a intensidade da sua antecessora, porém com um vocal totalmente limpo, que é um recurso bem interessante utilizado para variar a sonoridade.
“Strength Beneath The Skin” tem os riffs mais crus do álbum. Uma rifferama que invade as artérias impiedosamente, tendo solos que tampouco deixam a desejar. A faixa título, que é instrumental, possui um singular trabalho das seis cordas. Gustafson proporcionou um interessante capítulo à parte dentro da audição.
Que fantástico tema. Em seguida, um lindo arranjo de bateria dá a luz a “Forever Is Nothing”, outro Thrash Metal a utilizar vocais típicos de Heavy tradicional. Essa salada sempre desperta interesse, jamais falha. A clausura do álbum ficou por conta de “Spit On Your Coffin”, uma das faixas mais rápidas do disco. Ela remete mais a escola teutônica de Thrash, embora sem abrir mão do selo Satans Taint de personalidade.
Fechamento manteve o nível da abertura.
O ano de 2019 foi um dos mais felizes para os fãs de Thrash Metal, tendo vários lançamentos de qualidade.“Destruction Ritual” do Satans Taint, felizmente, não foi uma exceção a essa regra e a audição é essencial para os amantes da pancadaria sonora.
Nota 8,8
Integrantes:
- Bobby Gustafson (guitarra, baixo)
- Dan Ortega (vocal)
- Paolo Velazquez (vocal)
- Jim McCourt (bateria)
Faixas:
- Sumbel
- Sorry You Were Ever Born
- Thorn In My Side
- End Your Bloodline
- Skullkrusher II
- The Chrone Of Vero
- Desecration
- Raid Again
- Strength Beneath The Skin
- Destruction Ritual
- Forever Is Nothing
- Spit On Your Coffin
Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz