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Clássicos: Paul Stanley – “Paul Stanley” (1978) (Kiss)

Em 1978, os desentendimentos no Kiss estavam cada vez mais frequentes e a formação original da banda estava, inevitavelmente, com seus dias contados, porém os esforços de Gene Simmons e Paul Stanley para a manutenção daquele time eram grandes. Nesse clima de discórdia, Ace Frehley disse aos demais que iria deixar a banda, pois queria gravar um disco solo.

   

Os quatro álbuns solos (1978)

Então, a fim de que a banda se mantivesse, Gene e Paul sugeriram que os quatro lançassem cada um o seu disco solo, mantendo a marca Kiss neles e com as capas padronizadas. Assim sendo, no dia 18 de setembro de 1978, os quatro álbuns solos foram lançados simultaneamente. Os discos de Ace e Paul foram bastante elogiados na época, enquanto o disco de Gene e, principalmente, o de Peter Criss não agradaram muito.

Divulgação / Facebook / Kiss / Paul Stanley

Logo após fundamental introdução, vamos então ao álbum de Paul Stanley. Seu full lenght demonstra que ele é um artista ainda mais capaz do que parecia no Kiss, pelo menos até aquele momento.

A musicalidade de Stanley é de uma riqueza impressionante, já que seu feeling, sua capacidade vocal e o poder das suas composições poderiam muito mais daquilo que o estilo do Kiss o limitava.

Por que esse álbum acabou esquecido, não se tornando um clássico como deveria?

Pelo simples fato de que o Kiss continuou gravando os seus discos e, desse modo, essas canções acabaram caindo no ostracismo.

   

Mas o disco de Paul Stanley foi elogiado e vendeu bastante na época?

Sim, claro, mas pelo comportamento da banda, ele não resistiu ao teste do tempo que é fundamental para que um disco se torne um clássico. Eu só posso afirmar que isso é lamentável, pois se trata de uma obra prima.

“Tonight You Belong To Me”

Só “Tonight You Belong To Me”, faixa de abertura, já faz com que o disco valha à pena. Uma canção com um riff envolvente, um refrão forte e com Paul Stanley se mostrando um vocalista que merece todo o nosso respeito, cantando com melodia, feeling e técnica, além disso, o lindo solo de guitarra do saudoso Bob Kulick.

Não para por ai, em seguida, a agitada “Move On” foi escolhida para ser tocada ao vivo pelo Kiss porque tinha a ver com a sonoridade da banda e, logicamente, essa veia Kiss não estaria exclusa do solo de Paul. “Ain’t Quiet Right” é completamente diferente de tudo que ele faz no Kiss, já que essa faixa explora muitas sonoridades da década de 70 com uma pegada totalmente particular. Portanto, Paul Stanley desenvolveu bem diferente do que fazia no Kiss, executando músicas mais evoluídas que as do quarteto.

Divulgação / Facebook / Kiss / Paul Stanley

Mistura de Kiss com as particularidades de Stanley

“Whouldn’t Like You To Know Me” é uma mistura de Kiss com as particularidades de Stanley, por sinal, um belo Hard Rock 70’s. No entanto, uma das mais lindas canções que ouvi em toda minha vida vem na sequência.

   

A divina “Take Me Away (Togheter As One)”

“Take Me Away (Togheter As One)” faz com que minha alma se projete ao divino. Ela é, certamente, a essência musical de Paul Stanley materializada na gravação. Mal consigo encontrar palavras para descrever essa peça musical maravilhosa.

O solo de Bob Kulick é o melhor do disco. Carmine Appice dá um show nessa batera. Ainda preciso dizer que ela é minha favorita? Acho que não. “It’s Alright” volta a pegada do Kiss. Paul Stanley, de forma inteligente, intercalou composições com a veia do Kiss com as novas sonoridades apresentadas por ele no registro.

“Hold Me, Touch Me (Think Of Me When We’re Apart)”, linda canção de AM

Em 1978 o AOR (Adult Oriented Rock) já estava dando o seu recado. “Hold Me, Touch Me (Think Of Me When We’re Apart)” é um exemplo perfeito de AOR. Paul Stanley mostrou nessa canção que sua voz é ideal também para baladas mais românticas. O solo de guitarra é dele próprio e afirmo que os poucos solos de guitarra que Stanley fez em sua carreira são perfeitos.

Divulgação / Facebook / Kiss / Paul Stanley

Puro Hard Rock

“Love In Chains” é um senhor de um Hard Rock que tem sim a ver com o Kiss, mas o Kiss lá da frente, da década de oitenta. Paul já estava a frente de seu tempo na sonoridade que seria produzida pelo quarteto, posteriormente. Bob Kulick e Carmine Appice igualmente esbanjam perfeição nessa faixa. “Goodbye” é a música que encerra o disco. Paul Stanley manteve o nível altíssimo em todas as nove canções que fazem parte do seu álbum solo, o qual deveria ter sido muito mais reconhecido do que foi.

Se você ainda não conhece essa preciosidade do Hard Rock, não perca mais um único segundo.

   

Nota: 9,0

Integrantes:

  • Paul Stanley (vocal, guitarra)
  • Steve Buslowe (baixo 1-5)
  • Eric Nelson (baixo 6-9)
  • Richie Fontana (bateria 1-4)
  •    
  • Carmine Appice (bateria 5)
  • Craig Krampf (bateria 6-9)
  • Bob Kulick (guitarra)

Faixas:

  • 1.Tonight You Belong To Me
  •    
  • 2.Move On
  • 3.Ain’t Quiet Right
  • 4.Whouldn’t Like You To Know Me
  • 5.Take Me Away (Togheter As One)
  • 6.It’s Alright
  •    
  • 7.Hold Me, Touch Me (Think Of Me When We’re Apart)
  • 8.Love In Chains
  • 9.Goodbye

   
   

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