Ícone do site Mundo Metal

Resenha: Hate by Hate – “An Ancient Hate Reborn” (2018)

Art By: Alcides Burn

“An Ancient Hate Reborn” é o debut da banda de Thrash Metal, Hate By Hate.

Já apresentei aqui excelentes bandas brasileiras de Metal de todas as vertentes, porém tenho a honra de, pela primeira vez, falar sobre o álbum de uma banda, originalmente, capixaba de Heavy/Thrash Metal da cidade de Cachoeiro Do Itapemirim. Fundada em 1994 e atualmente residente em Brasília, Hate By Hate lançou, em 2018, o seu debut “An Ancient Hate Reborn”.

“Dry Land”

“Dry Land”, faixa de abertura, é Thrash Metal old school com um riff marcante. O arranjo do baterista Sandro Magno tem uma pitada característica de Death Metal em sua pegada, enquanto o vocalista Sandro Santana mostra clara influência em Paul Ballof nessa canção. Porém, há elementos de Heavy Metal nos solos e duetos dos guitarristas Marcelo Cavalini e Sérgio Rodrigues. “Kids Will Kill” foi um dos singles e é uma típica canção de Heavy/Thrash Metal.

“Boundaries Of Nothing”

Influências em Kreator são notáveis nessa faixa, assim sendo, ela foi uma excelente escolha para single. Por outro lado, “Boundaries Of Nothing” é mais Heavy que as duas primeiras com precisos duetos de guitarra. Destaque para o marcante arranjo do baixista Rodolfo Formagio.

Reprodução / Facebook / Sandro Santana

“Justice To Careli Case” tem uma introdução na qual a banda demonstra sua qualidade técnica, através de contratempos que encaixam perfeitamente na proposta da canção. “Hating” é um tema Thrash instrumental, muito bom. Destaque para a atuação de todos os instrumentistas.

Mas quando a audição chega em “Ossa Mea”, conclui-se que apesar das evidentes influências em bandas e sonoridades dos anos 80, o Hate By Hate tem a sua personalidade singular, sua marca registrada em cada uma de suas canções.

“Begging Bleeding” é uma daquelas faixas sombrias que são narradas, como a última parte de Killer do Alice Cooper, por exemplo. O segundo single, “About The Hate”, fecha o álbum da mesma forma com a qual ele começou. Em suma, Thrash old school com uma mistura de influências e com os vocais lembrando Paul Ballof, saudoso vocalista do álbum “Bonded By Blood”, debut do Exodus.

Reprodução / Facebook / HATE BY HATE

Conclusão

Os temas das letras do Hate By Hate variam entre ódio, violência, injustiça, assim como critica social. A produção do álbum em estúdio não deixou a desejar, todos os instrumentos ficaram nítidos e com timbres bonitos. A bela capa foi obra de Alcides Burn (Obituary, Krisiun). Espero que a banda não pare por ai e novos registros sejam lançados brevemente, dessa forma os metalheads serão muito gratos!

Parabéns!

Nota: 8,6

Integrantes:

Faixas:

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

Sair da versão mobile