Esta é uma indicação dos Programas Rock On e Hard Attack
Se você habita no planeta terra, gosta de Hard Rock/Melodic Hard Rock , “Arranha azulejos” com bandas do estilo mas nunca ouviu falar do W.E.T, projeto capitaneado por Robert Säll (Work of Art), Erik Martensson (Eclipse) e Jeff Scott Soto (Talisman), então é certo que você esteve em coma nos últimos anos.
Se isso aconteceu, então fique tranquilo que vamos reativar sua memória (ou que o resta dela). Formado em 2008 através da ideia do presidente da Frontiers Records, Serafino Perugino, o projeto que conta com três importantes músicos da cena Hard/Melodic Hard dos últimos anos (Soto, Robert e Eric), estreou em 2009 com seu álbum auto intitulado, seguido de Rise Up (2013) e Earthrage (2018), três discos geniais e obrigatórios aos amantes dos estilos supracitados.
Após o ataque Hard com uma das melhores e brilhantes trincas lançadas nos últimos dez/onze anos, a pergunta era a seguinte: Seria a banda capaz de lançar um disco tão excepcional quanto seus antecessores? A resposta é um sonoro SIM!
Três anos após o ótimo “Earthrage”, o quinteto ataca com “Retransmission”, quarto e grandioso álbum de inéditas, comntendo 11 faixas, distribuídas em póuco amsi de 45 minutos de duração e de cara uma certeza: Estamos diante um dos melhores discos de Hard/Melodic Hard Rock de 2021. e evidentemente um forte candidato na lista de Melhores do Ano, brigando fortemente pelo primeiro lugar do pódio.
Trazendo em seu line up Jeff Scott Soto (vocais), Erik Martensson (guitarras, vocais), Robert Sall (teclados), Magnus Henriksson (guitarras), Andreas Passmark (baixo) e Roban Back (baterista), o grupo nos brinda com um disco excepcional e um forte candidato ao lugar mais alto do pódio na lista de melhores do Ano, na categoria Hard Rock. Duvida? Eu não duvidaria.
Bom, depois de todo o pote de Mel jogado no disco/banda e torcendo para que sua memória tenha sido reativada, é hora de viajar até Farofolândia e conferir faixa a faixa desta maravilha recém lançada. Apertem os cintos e…Boa viagem. As boas vindas ficam à cargo da grudenta Big Boys Don’t Cry, faixa que abre o disco, trazendo a fórmula pronta do Hard Rock, numa aula de melodias, harmonias, backing vocals primorosos e os vocais excepcionais de Soto alternando com Erik, como é de costume em algumas músicas da banda. Não por acaso, temos aqui o primeiro single (chiclete) do disco e evidentemente a canção ganhou videoclipe.
Antes de apertar o “Repeat”, é melhor esperar um pouco e ouvir The Moment Of Truth, faixa que nos remete as grandiosas “One Love” (presente no álbum de estreia da banda) e “Bleed and Screaming” (Eclipse). Em mais uma aula de Hard Rock, o grupo pega pesado na bateria, no baixo e nos riffs de guitarras, flertando claramente com o Heavy Metal e evidentemente se dando muito bem. Que música absurda, meus amigos.
E já que falamos em “pegar pesado”, preparemo-nos para The Call Of The Wild, faixa que começa com uma introdução suave, porém descamba imediatamente para uma linha mais Hard ‘n Heavy, casando perfeitamente com os vocais rasgados de Soto. E o que dizer dos backing vocals? Absurdamente perfeitos. Destaques paras as linhas pesadas de contra baixo à cargo de Andreas Passmark que ao lado do belíssimo solo de Erik Martensson, fazem aquela combinação perfeita entre o queijo e a goiabada.
O segundo single do disco não poderia ser outro senão Got To Be About Love, faixa perfeita para rolara nas FMs pois traz uma melodia mais comercial, com seu refrão grudento, backings vocals lembrando o que fazem os ingleses do Def Leppard e guitarras soando perfeitas. Não por acaso, temos aqui mais uma canção com direito a videoclipe.
Chutando a porta e invadindo o ambiente, Beautiful Games é mais uma faixa pesada, rápida, dona de um refrão pegajoso, riffs certeiros, linhas suaves de teclados (muito bem encaixados) e Mr. Soto, mandando em dado momento aquele agudo quebra taças, mostrando que se o assunto é “vocais”, então ele entende muito bem do assunto. O cara está cantando cada vez melhor.
Com seus riffs ultra pesados e uma dose genial de Groove, How Far To Babylon é mais uma grande destaque do álbum. Temos aqui, uma daquelas música que impressionam por trazer uma mistura inteligente de estilos, sem destoar do Hard Rock que é a essência do disco e do grupo. Em suas melodias, algumas semelhanças musicais que nos remete às bandas Eclipse, Ammunition e Wig Wam.
Se eu tivesse que apostar minhas fichas no próximo single do grupo, certamente apostaria em Coming Home, uma das músicas mais lindas do disco e também da banda. Dona de uma melodia encantadora, temos aqui um daqueles casos onde absolutamente tudo contribui para a construção de uma música perfeita. Vocais grandiosos, backing vocals sublimes, solos de guitarras perfeitos, teclados na medida certa, linhas encantadoras de violões, melodia pegajosa e nossas guitarras imaginárias contribuindo com esse momento glorioso de “Retransmission”.
*Dica importante: Ao final desta faixa, faça uso obrigatório da tecla REPEAT, sem moderação (Fiz isso e deu certo por várias vezes).
Hora de tirar o pé do acelerador, acender os isqueiros, fechar os olhos, erguer as mãos e mergulhar na melodia de What Are You Waiting For. Em mais um grande momento, Jeff Scott Soto nos remete aos tempos em que empunhou o microfone nas bandas Takara e Axel Rudi Pell, unindo sua voz ora rouca, ora agressiva, em uma canção com uma dose extra de melodia e sentimentos.
De volta ao Hard Rock: You Better Believe It, contribui para que o disco continue em alta e sua melodias apresentam linhas mais explícitas de teclados. Talvez a faixa com um apelo que flerta com o AOR.
De todas as faixas presentes no disco, direi sem medo de errar que How Do I Know, é a grande responsável pelo melhor e mais belo solo de guitarras de todo o álbum. A grandiosidade e a qualidade musical estão presentes desde os riffs iniciais, passando pelas melodias impactantes e pela pegada Hard Rock, numa música onde o volume máximo será necessário. Talvez seus vizinhos não aprovem de imediato mas se permitirem ouvir os solos da dupla Henriksson e Martenson, então pode ter a certeza que eles (vizinhos) estarão tocando suas guitarras imaginárias (escondidos, claro). Além das guitarras, destaques também para os teclados de Robert Sall, responsáveis por abrilhantar ainda mais uma das melhores faixas do álbum.
Chegamos ao nosso destino final sob as melodias de One Final Kiss, faixas que chega com os dois pés fincados no AOR e a banda soando perfeita em sua execução e mais uma vez, os backing vocals impagáveis são os grandes atrativos, bem como o vocais de Soto, mostrando uma precisão incrível com sua voz poderosa e espetacular, fechando com eficiência este excelente e bem-sucedido disco de um grupo e músicos mestres do gênero.
O Hard Rock e o Melodic Hard Rock, vivem um momento glorioso, tendo inúmeros representantes lançando discos primordiais e em alguns casos, obrigatórios. “Retransmission”, é um exemplo claro de que o estilo ainda tem muito à oferecer, servindo inclusive de referência para o gênero.
Mais que “um novo álbum do W.E.T”, temos em mãos um registro fantástico, repleto de excelentes composições e mais um momento grandioso na trajetória de Erik Martensson e Jeff Scott Soto, duas mentes brilhantes quando o assunto é música.
Numa extensa lista de novos lançamentos de 2021, “Retransmission” ao lado de “One Shot” do vocalista Ronnie Atkins (Pretty Maids), figura a lista de álbuns primordiais (até o momento). Para alguns, talvez ambos sejam vistos apenas como “mais um disco”, do gênero. Porém, uma coisa é certa: Se depender de nomes como Atkins, Erik Martensson e Jeff Scott Soto, o Hard Rock e o Melodic Hard rock, estarão vivos por muitos anos, sendo muito bem representados e com todos os atrativos que o estilo pede.
Nota 9,5
Integrantes:
- Jeff Scott Soto (vocal)
- Erik Martensson (guitarra)
- Robert Sall (teclado)
- Magnus Henriksson (guitarra)
- Andreas Passmark (baixo)
- Roban Back (bateria)
Faixas:
- Big Boys Don’t Cry
- The Moment Of Truth
- The Call Of The Wild
- Got To Be About Love
- Beautiful Game
- How Far To Babylon
- Coming Home
- What Are You Waiting For
- You Better Believe It
- How Do I Know
- One Final Kiss
Redigido por Geovani Vieira