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Resenha: Paradise – “Paradise” (2020)

Quinze anos após seu segundo disco, “Paradise’s Hotel”, a banda canadense de Hard Rock, ou Vulcanic Rock como eles chamam a si mesmos, Paradise, lançaram seu terceiro álbum, auto intitulado. Tão longa espera valeu a pena.

“Straight From Hell” é o cartão de visita desse triunfal retorno do Paradise, após longo hiato, pois, o poderio da voz de RL Black está mais amplo do que nunca.

Entretanto, o extinto vulcão do Hard Rock canadense voltou a atividade com uma cataclísmica erupção.

“Hitting On All Sixes” despeja sua lava incandescente dentro de nossa alma através dos riffs e solos dos guitarristas Frank Kelly e Fred Grew Grr.

“Who Do You Wanna Be”

A atmosfera sombria e os riffs marcantes de “Who Do You Wanna Be” passeiam livremente entre os escombros deixados pela ação do impiedoso Vesúvio desperto pelo Rock’N’Roll.

Em contrapartida, a balada Stoner/Blues/Rock “One Of A Kind” introduziu uma trilha sonora sabbática ao cenário pós-apocalíptico.

“Never Cry Again”

A saber, até esse momento da audição, já não é mais mistério o porquê de haverem batizado a si mesmos de Vulcanic Rock.

“Never Cry Again” mescla Hard Rock e Heavy Metal. RL Black lembra em algumas vezes Ian Astbury, vocalista da banda britânica The Cult.

O intenso riff de “Lowdow And Shaking” é um dos mais interessantes do disco, sendo sua melodia tão cativante que me faz a eleger como minha favorita do full-lenght.

“Bad Burner” reutiliza a fórmula da faixa anterior, porém em nada parecendo repetitiva.

RL Black

A forma com a qual RL Black impõe sua voz em sua interpretação me agrada demais. A pitada de Stoner presente em cada canção também é uma das características marcantes da sonoridade do Paradise.

PARADISE / Divulgação / Facebook

“Long Gone”, apesar de ser a faixa mais curta do álbum, tem qualidade de sobra. O pesado riff de “Away From You” deixa claro outra característica fundamental da sonoridade Paradise, que são seus riffs simples e que invadem as artérias. O baterista Mat Hias e o baixista Fred Kelly ajudam a intensificar todo esse peso que estrutura as canções da banda. O terceiro e aguardado full-lenght dos Reis do Vulcanic Rock encerra com a música “Free In Exile”, me deixando muito contente com o resultado de sua produção, só espero que o quarto disco não tarde tanto quanto tardou esse e que venha ou iguale em qualidade.

A produção de estúdio que ficou por conta de Kevin Jardine é elogiável tanto na mixagem, quanto na masterização. Ele soube encorpar a sonoridade do Paradise, enaltecendo tudo de positivo que a sua música possui. Eu não poderia deixar de destacar esse fator estúdio.

PARADISE / Divulgação / Facebook

Apesar de Hard Rock predominar no trabalho do Paradise, o mesmo possui vários outros elementos adicionados que soam de forma homogênea e agradável. Aprovado e indicado aos fãs de Hard Rock 70, Stoner Rock e Rock’N’Roll 80.

Ainda não curtiu essa obra?

Viva o inferno de uma erupção vulcânica de Rock’N’Roll dentro do Paraíso.

Nota: 8,7

Integrantes:

Faixas:

Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz

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