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“H.E.A.T II” é o sexto full-lenght da banda sueca de Hard Rock, H.E.A.T. O álbum marca o retorno deles as raízes de sua sonoridade, por essa razão, seu título pode ser compreendido como uma continuação sonora do debut , H.E.A.T, de 2008. Uma mescla entre Hard Rock e AOR define os ingredientes desse trabalho.

“Rock Your Body” é o primeiro capítulo da obra musical. Sua tradução para o português, “Agite Seu Corpo”, explica exatamente o que sinto ao ouvir essa canção, a qual me lembra Def Leppard em seus melhores anos. Você tem de estar muito na fossa pra não se animar ao ouvir essa música. “Dangerous Ground” introduz acionando a ignição. Ela tem uma pegada diferente da faixa anterior, sendo mais acelerada e um equilíbrio entre Hard Rock e AOR. “Come Clean” pende completamente para o lado AOR, possuindo aquele teclado bem marcante e remetendo a nomes como Journey, Foreigner, Survivor e Kansas (80’s).
O solo de guitarra de Dave Dalone é sensacional.
Um riff a la Van Halen dá as primeiras notas de Victory. Um legítimo Hard Rock do tipo norte americano 80’s, o qual impulsiona o ritmo cardíaco durante a audição. Excelente, não há outra palavra melhor para definir. Além do guitarrista Dave Malone, o tecladista Jona Tee também arrasa em seu solo. O vocalista Erik Grönwall encarna Coverdale em “We Are Gods”. Uma canção pesada e intensa, a qual parece misturar Kiss e Whitesnake em um mesmo tema. “Adrenaline” retoma a pegada AOR. Grönwall prova que nasceu para cantar, exatamente, esse tipo de música, embora ele também se saia bem nas diversas variações contidas no disco.

Um pesado riff anuncia “One By One”. Mais uma faixa com cara de hit, a propósito, esse álbum está repleto de promissores hits, vale à pena salientar essa constatação. Todo o disco de Hard Rock/AOR que se preze não pode deixar de ter uma linda balada. “Nothing To Say” faz esse papel no “H.E.A.T II”. Ainda que seja uma canção um tanto quanto piegas, ela acresce ao trabalho um elemento que faz parte de seu espírito. Nem preciso dizer que Erik Gröwall também domina nessa interpretação. “Heaven Must Have Won An Angel” inicia com uma bonita introdução de teclado. A veia AOR, definitivamente, domina essa obra prima. Um refrão daqueles que grudam na mente e lá permanecem.
“Under The Sun” tem um riff de guitarra arrasador. Trata-se do mais puro Hard Rock oitentista com uma pitada de AOR que mantém a escrita do disco. A guitarra dessa música é altamente sedutora, desde os riffs quebrados, até os solos recheados de técnica, bends e feeling. Ela é a minha favorita do full-lenght, mas vale ressaltar que a elegi com muita dificuldade. O sexto full-lenght do H.E.A.T encerra com a canção “Rise”, a qual tem uma discreta veia Hard’N’Heavy, que dá a ela uma vibe diferenciada. O baterista Crash se destaca por algumas viradas insanas. Não haveria uma maneira mais acertada para encerrar esse belo disco.
Os fãs de Hard Rock 80’s, certamente, terão um misto de recordações e emoções ao ouvir esse álbum, assim sendo, audição obrigatória para eles.
Altamente recomendado.
Nota 9,4
Integrantes:
- Erik Grönwall (vocal)
- Jona Tee (teclado)
- Jimmy Jay (baixo)
- Crash (bateria)
- Dave Dalone (guitarra)
Faixas:
- 1.Rock Your Body
- 2.Dangerous Ground
- 3.Come Clean
- 4.Victory
- 5.We Are Gods
- 6.Adreline
- 7.One By One
- 8.Nothing To Say
- 9.Heaven Must Have Won An Angel
- 10.Under The Gun
- 11.Rise
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz