“Death Atlas” é a oitava praga rogada pelo Cattle Decapitation, nascida de uma poção que mistura Death Metal e Grind. Pela primeira vez, embarco nessa viagem por esse maldito reino, o qual era desconhecido pra mim até então.
“Anthropogenic: End Transmission” é o portal de entrada para essa distopia em forma de música. A presença do maligno pode ser sentida no ambiente.
Noto narrações macabras em vários idiomas. Sou recepcionado em tapete banhado de sangue por “The Geocide”. Ao mesmo que o mestre de cerimônias infernal, Travis Ryan, me assusta com suas variações vocais e seu candelabro de velas negras.
“Be Still Our Bleeding Hearts”
David McGraw acelera os seus tambores para invocar os espíritos baixos em “Be Still Our Bleeding Hearts”. No entanto, as guitarras em forma de machado de Josh Elmore e Belisario Dimuzio decepam as cabeças de quem se recusa a se por de joelhos diante das entidades profanas. Dessa forma, “Vulturous” é a canção dos condenados por desobediência a maldade. Pois, já não sei se retornarei ao lar.
“The Great Dying I”
Já completamente aterrorizado, saco a minha espada, mesmo sabendo que ela pouco poderá me ajudar. Em seguida, em “The Great Dying I”, as vozes voltam a ecoar em minha mente. Quando “One Day Closer To The End Of The World” inicia, posso ouvir o coro daquelas almas que imploram somente por piedade.
Deveria eu fazer o mesmo?
Enquanto eu reflito a respeito, “Bring Back The Plague” espalha suas maldições de norte a sul, de leste a oeste. Além disso, ouço muitos chorando por desespero, mas ainda permaneço forte. Enquanto isso, um batalhão de posers é executado com a trilha sonora sombria de “Absolute Destitute”.
“The Great Dying II”
“The Great Dying II” marca o extermino da alma de um por um, pois “Finish Them” é o grito de guerra do imperador dessa penumbra. Enfim, uma enorme influência nas hordas de Black Metal e é notável durante todo o período do passeio.
“With All Disrespect” reduz ainda mais o pouco de luz que dava certa claridade a esse submundo. O meu temor cresce sem parar. “Time’s Cruel Curtain” vem para selar o meu destino, definitivamente. Eu já penso no que deixo para trás e não encontro minha passagem de volta em lugar algum. “The Unerasable Past” me convida para um pequeno portal escondido. Eu, já sem esperança, corro para ele. Uma enorme sombra quase que oculta por completo aquele foco de luz. Eis o rei magnânimo, “Death Atlas”, olhando para mim e balançando a cabeça. Fazemos uma barganha, se eu prometer voltar de tempos em tempos, ele me deixa partir. Trato feito. Aqui estou eu, pronto para uma nova jornada.
Apesar de não ser o meu tipo favorito de Death Metal, eu seria maluco de não perceber a enorme qualidade do oitavo full-lenght do Cattle Decapitation. Eu o indico a todos os amantes de Metal extremo.
Vale à pena a “visita”.
Nota: 8,7
Integrantes:
- Travis Ryan (vocal e teclado)
- Olivier Pinard (baixo)
- Josh Elmore (guitarra)
- Belisario Dimuzio (guitarra)
- David McGraw (bateria)
Faixas:
- 1.Anthropogenic: End Transmission
- 2.The Geocide
- 3.Be Still Our Bleeding Hearts
- 4.Vulturous
- 5.The Great Dying I
- 6.One Day Closer To The End Of The World
- 7.Bring Back The Plague
- 8.Absolute Destitute
- 9.The Great Dying II
- 10.Finish Them
- 11.With All Disrespect
- 12.Time’s Cruel Curtain
- 13.The Unerasable Past
- 14.Death Atlas
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz