Bandas extremamente boas vem surgindo, porém muitas ficam vitimadas ao Underground por que são subestimadas por bandas grandes de cada estilo, e muitos fãs não procuram conhecer coisas novas, e quando apresentados, fecham sua mente para tais bandas, pois só gostam dos “clássicos”. Ou se não a banda é subjugada por causa de algum lançamento que não foi tão bom. Mas não devemos julgar uma discografia por um álbum. Há uns anos, uma banda me chamou atenção por um excelente disco que mesclava peso e velocidade em uma dose magistral, o grupo se chama Hell:On e é originário da Ucrânia. Os garotos executam um Thrash/Death Metal bem interessante. Somando 4 lançamentos até 2015, a banda não havia despontado de fato, lançando apenas discos razoáveis, foi então que o motor da morte foi ligado, e a banda lançou o brutal “Once Upon A Chaos…” em 2015.
O disco contém músicas ótimas e muito bem criadas, muitas mostrando a inspiração vinda de nomes como o de Chuck Schuldiner. Em suma, esse álbum pode ser analisado tanto faixa a faixa, como também por um todo. Do começo ao fim, temos a presença brutal de uma bateria incrível, digna de mestres. A guitarra com bases ensurdecedoras, graves e muito originais, abusando em cavalgadas rápidas. Uma ressalva desse álbum é a pouca transparência do baixo, porém, mesmo que bem pouco, pode-se notar a sua presença. E agora podemos falar do vocal. Como em toda a carreira, o Hell:on marca presença na casa de bons vocalistas, e nesse álbum, a voz de Olexandr parece estar mais madura, mais forte, rasgueada e bem encorpada.
Nesse full lenght, conseguimos perceber muito bem como a banda está mais entrosada e fazendo tudo com uma qualidade única. As composições conseguem transmitir sentimentos, “Filth” traz de uma forma extremamente rápida e brutal um sentimento de raiva e dor, enquanto “Curse of Flesh” traz a boa é velha personalidade do famoso Death Metal para dentro de uma atmosfera mais Thrash Metal, uma música pesada, cadenciada, com viradas de pedais e cavalgadas sincronizadas e bem executadas nos causando um sentimento de nostalgia e brutalidade.
A faixa “Salvation in Death” possui um Dna mais Thrash e conta com a participação de Andreas Kisser. O disco ainda possui mais composições bem feitas e de extrama competência, eu tenho certeza que irá conquistar todos os fãs de Metal de qualidade. Em 2020, a banda lançou um novo disco, “Scythian Stamm”, que deve ser analisado em outra hora. E com muito mais precisão.
Observação: A música “Curse of Flesh” foi feita em memória a Chuck Schuldiner.
Nota: 8,5
Integrantes:
- Slayer (baixo)
- Leshiy (bateria)
- Hellion (guitarra)
- Olexandr (vocal)
- Tony (guitarra)
Faixas:
- Filth
- Delirium
- Curse of Flesh
- Self-Destruction
- Obliteration
- Lustration
- Salvation in Death (Andreas Kisser)
- I Am God
Redigido por Yurian ‘Dollynho’ Paiva