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Há 41 anos, o mundo fazia “dez minutos de silêncio” para John Lennon

Reprodução/Youtube

A carreira dos Beatles foi tão grandiosa e fora dos padrões de sua época que podemos utilizar termos absolutamente atuais para definir a trajetória da banda. Mesmo sabendo que seus discos foram lançados entre 1963 e 1970, podemos afirmar que eles globalizaram e viralizaram a sua música. Não era algo normal, tanto que tamanha histeria em cima de uma banda de Rock and Roll nunca foi repetida nas mesmas proporções, e é preciso dizer que hoje tudo seria mais fácil devido a tecnologia que temos. Tudo que envolvia o nome dos Beatles acabava se tornando grande e, mesmo depois da separação, os músicos seguiram influentes, ativos e… globais.

No dia 8 de dezembro de 1980, John Lennon, o mais polêmico Beatle e também um dos mais adorados pelos fãs, foi assassinado por Mark Chapman com cinco tiros à queima roupa em frente ao Edifício Dakota, em Nova Iorque. O crime chocou o mundo e foi pauta de todos os telejornais, programas de rádio, revistas e qualquer meio de comunicação existente. Em poucos minutos, a notícia se espalhou por todo o planeta e de uma forma absurdamente impactante, levou milhões de pessoas ás lágrimas. John morreu aos 40 anos de idade e sua morte colocou fim a qualquer possibilidade de um retorno triunfal dos Beatles, mas é preciso dizer que naqueles dias tristes ninguém estava fazendo este tipo leitura, na verdade, naqueles dias todos estavam se preparando para os “dez minutos de silêncio” que Yoko Ono havia convocado para o dia 14 de dezembro, ás 14 horas (horário local de Nova Iorque).

Photo: Susan Wood/Getty Images

O pedido de Yoko foi enviado para todo o mundo. Ela pediu para que todos aqueles que se sentissem tocados pela tragédia fizessem 10 minutos de silêncio e orassem por John Lennon. Como tudo que fazia menção aos Beatles ou algum membro da banda tomava proporções mundiais, este evento também tomou e, ás 14 horas, em diversos pontos do planeta, fãs e admiradores do músico atenderam ao chamado de Yoko e se reuniram para homenagear Lennon.

Em Nova Iorque, cidade em que o beatle morava, mais de 150 mil pessoas foram ao Central Park, onde hoje se localiza o setor batizado de “Strawberry Fields”. Em cidades norte americanas como Miami, Los Angeles, Chicago, Seattle e Boston, dezenas de milhares de pessoas foram para as ruas. Em Liverpool, na Inglaterra, cerca de 30 mil pessoas compareceram ao St. George’s Hall e, assim como na Beatlemania, os fãs choravam e desmaiavam ao som das músicas de Lennon. As homenagens chegaram até mesmo a União Soviética e, em Moscou, a polícia precisou intervir para dispersar a multidão.

Foi algo histórico. Estações de rádio espalhadas pelo mundo tocaram as músicas dos Beatles e da carreira solo de John durante todo o dia, mas às 14 horas simplesmente saíram do ar durante dez minutos. Este ato jamais havia sido feito e jamais foi repetido. O ato conhecido como “dez minutos de silêncio” para John Lennon se transformou na mais bela despedida que um músico do Rock já teve.

Photo: Ethan A. Russell / © Apple Corps Ltd.

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