Quando falamos de Progressive Metal, logo vêm à mente aquelas bandas com músicas infinitamente longas, solos excessivamente longos, músicos virtuosos e, por vezes, apresentando aquela sonoridade feita exclusivamente para músicos. Simplificando: Tortura Auditiva.
Alguns desses grupos abusam da paciência do fã, que muitas vezes quer ouvir apenas uma música bacana, repleta de melodia e com um bom vocalista. Nomes como Vanden Plas, Threshold, Seventh Wonder, Evergrey, Fates Warning, Circus Maximus, Poverty’s No Crime, Arena, Knight Area, Shadow Gallery e Royal Hunt, quebraram as regras da chatice, poupando os ouvintes daquela sonoridade maçante, sonolenta e infinitamente longa, quando resolveram apostar na combinação dos dois elementos principais o qual pede o estilo: virtuose e melodia.
Estes grupos souberam explorar de forma inteligente seus vocalistas e numa extensa lista podemos citar nomes como: Tommy Karevik (Seventh Wonder), Andy Kuntz (Vanden Plas), Mike Baker (Shadow Gallery), Michael Eriksen (Circus Maximus), Damian Wilson (Threshold), Volker Walsemann (Poverty’s NO Crime) , Tom Englund (Evergrey), Lance King (Balance Of Power), Ray Alder (Fates Warning), Jam Willem Ketelaers (Knight Area), Paulo Manzi (Arena) e tantos outros, como referências. Principalmente por possuírem vozes peculiares e em alguns casos, vozes únicas dentro de seus respectivos grupos.
No entanto, falar de Prog Metal e não citar os dinamarqueses do Royal Hunt, é no mínimo um dos piores pecados cometidos e também uma grande injustiça, afinal de contas estamos falando de uma das melhores bandas do estilo que tem como vocalista o americano D.C Cooper, uma das mais brilhantes vozes do Progressive Metal, bem como um dos melhores intérpretes de uma seleta lista.
Nascido em agosto de 1965, Donald Christopher Cooper, começou sua carreira em 1990 ao integrar a banda de Hard Rock, The Tung Bandits, com quem gravou um único disco (auto intitulado) no mesmo ano. Após encerrarem as atividades com apenas um disco lançado, D.C Cooper que almejava outros projetos ficou sabendo da saída de Rob Halford do Judas Priest, não pensou duas vezes, candidatou-se ao cargo de “possível” novo vocalista da banda inglesa. A vaga ficou mesmo com Tim Ripper Owens, porém as audições para o sucessor de Halford, deu um certo prestígio ao vocalista que recebeu vários convites de várias bandas européias.
Acabou optando por ser integrar o grupo dinamarquês ROYAL HUNT, que na época estava a procura de um substituto para Henrik Brockman, vocalista original que deixava o posto após gravar os excelentes Land of Broken Heart (1992) e Clown In The Mirror (1994). Com a saída de Brockman, o Royal Hunt lançou em agosto de 1995 “Far Away”, EP contendo 06 faixas, sendo uma delas inéditas, quatro versões ao vivo e uma instrumental.
Um dado importante sobre a composição de “Far Away” (a música) e o lançamento do EP em terras japonesas: Vendeu cerca de trinta mil cópias em apenas três dias. Ficou no topo das paradas nacionais por 2 meses e mais 6 meses na lista de vendagens. Porém, um triste fato aconteceu quando a banda estava prestes a dar início a turnê. O terremoto Kobe atingiu o país matando mais de seis mil pessoas e deixando mais de trezentas mil desabrigadas. Mesmo assim, a banda voou para o país e a bordo do avião, Andersen compôs a balada “Far Away” como tributo ao país. A banda executou esta música nos quatro shows feitos no Japão em um formato acústico dedicando-a às vítimas da tragédia. O dinheiro arrecadado com a venda do EP e de todo merchandising foi doado à Cruz Vermelha, que estava à frente da missão de salvamento das vítimas.
“Far Away” (a música), era a primeira música com a “nova voz” da banda e sua estreia aconteceu de fato em dezembro do mesmo ano no terceiro disco intitulado “Moving Target”. Oficialmente lançado em setembro de 1995 e contendo 09 faixas inéditas, Moving Target, trouxe uma banda soando diferente dos dois trabalhos anteriores e esta diferença estava exatamente nas vozes. Sem querer fazer comparações e desmerecer da brilhante voz de Henrik Brockmann, a verdade é que um esta nova voz caiu como luva na sonoridade da banda e seu timbre único e potente trazia uma certeza: Esta era definitivamente a voz do Royal Hunt. Numa daquelas combinações mais que perfeitas, D.C Cooper parecia ter encontrado sua banda e o Royal Hunt, por sua vez, parecia ter encontrado seu eterno vocalista.
Absolutamente tudo em Moving Target é perfeito e muito bem executado. Desde as melodias, passando pelas composições e chegando aos vocais, o ouvinte se depara com um dos melhores discos da banda, bem como um dos melhores discos de Progressive Metal dos anos 90. O sucesso do novo disco fez com que a banda embarcasse numa turnê pelo Japão que resultou na gravação do excelente “1996”, álbum duplo, gravado ao vivo na terra do sol nascente e também um VHS (o que hoje seria um DVD).
Com o vento soprando à favor a banda tratou de lançar no ano seguinte um novo single, “Message To God”. Na verdade, uma prévia do que seria o novo disco. Além da faixa título o registro conta com a faixa “Final Lullaby”. Antes do lançamento oficial do 4o disco (segundo com os vocais de D.C), o grupo lançou uma coletânea de videoclipes intitulada “1993 – 1997”, seguido de mais um VHS, “Closing The Chapter”.
“Paradox”, novo e quarto trabalho da banda, foi lançado oficialmente no dia 23 de setembro de 1997 e aqui três pontos extremamente importantes na carreira do Royal Hunt.
1- André Andersen e D.C Cooper, formavam mais uma dupla daquelas que combinam perfeitamente, tal qual Queijo com Goiabada.
2 – Se mesmo em sonho alguém teve dúvidas que a banda lançaria um disco tão imponente quanto Moving Target, é preciso dizer que os caras simplesmente conseguiram fazer o impossível: Compor e gravar um disco genial que tecnicamente (e musicalmente) empata com seu antecessor.
3-Cooper, não era apenas um vocalista de estúdio. Era principalmente um excelente frontman e nas apresentações ao vivo, seus vocais soam perfeitos e tão geniais quanto nos discos.
Paradox (o disco), dispensa comentários e traz em suas 08 faixas, quarenta e oito minutos de melodias belíssimas, composições pra lá de perfeitas e uma banda com músicos excepcionais.
Opinião pessoal: Particularmente, acho esta a melhor formação de todos os tempos do Royal Hunt. Musicalmente tudo estava funcionando bem, mais um disco ao vivo Paradox: Closing The Chapter-Live, foi gravado e lançado em 1998, porém, um belo dia o vocalista estava vendo seu Site/E-mail, quando inesperadamente descobriu que após quatro anos à frente da banda, havia sido demitido. Segundo nota do tecladista André Andersen, “D.C Cooper, não estava disposto a ser um membro da banda, preferindo trabalhar como um empregado”. Em suas palavras, o tecladista acusou Cooper de “Interesses Financeiros”.
O caldo entornou e D.C Cooper, replicou dizendo: Após o descanso o qual a banda precisou após a turnê do álbum Paradox, ele (Cooper) viu a oportunidade de compor e gravar suas próprias músicas, em colaboração com outros músicos, o que não conseguia fazer enquanto estava no R.H, já que todas as composições ficavam a cargo de Andersen. O embate prosseguiu, permanecendo a decisão final de Andersen: A banda seguiria sem D.C.
Sem perder tempo, Cooper juntou forças com os alemães do Pink Cream 69 e os noruegueses do Conception, juntos começaram as composições do que seria seu primeiro álbum solo. Finalmente, em 29 de março de 1999, “D.C Cooper”, disco auto-intitulado, é lançado. No line up, músicos do já citado Pink Cream 69, além do tecladista Gunter Werno da banda alemã, Vanden Plas. Apresentando uma sonoridade voltada ao Hard Rock, o disco traz 11 faixas inéditas e uma versão para “Easy Living” do Uriah Heep, que ficou sensacional. Talvez uma das melhores versões para este clássico. O disco chamou a atenção de imediato, justamente por trazer uma sonoridade diferente do que o vocalista havia feito no passado. O resultado é um trabalho absurdamente bem feito, bem produzido e dono de uma tracklist genial, onde os destaques vão para faixas como “Dream”, “The Angels Come”, “Until The End”, “Freedom”, “Whisper”, além da já citada “Easy Living” (sensacional na voz de D.C).
Apesar do sucesso do debut, Cooper, não levou a banda adiante e talvez o motivo tenha sido algo relacionado a agenda dos músicos, já que todos eles tinham suas bandas principais, dificultando talvez uma provável agenda de shows. Paralelamente em outubro do mesmo ano, o Royal Hunt lançava “Fear”, novo álbum de inéditas sob os vocais de John West (Artension, John West), ao mesmo tempo em que o tecladista André Andersen, lançava “Changing Skin”, seu primeiro álbum solo.
Voltando ao tema principal: Em junho de 2000, chega às lojas “Empire Of The Future”, álbum de estreia do Silent Force, banda alemã de Heavy/Power Metal, capitaneada pelo guitarrista Alex Beyrodt (The Sygnet), com D.C Cooper, assumindo os vocais. Bandas diferentes, sonoridade idem? Nem tanto! Apesar de praticar suas fichas no Power Metal feito por zilhões de outros grupos, o Silent Force flertava (e muito) com o Prog Metal e isso é notório principalmente no debut de estréia. Em outubro de 2001 o quinteto lança “Infatuator”, segundo trabalho que traz uma versão para “All Guns Blazing” do Judas Priest, seguido de “Worlds Apart”, terceiro disco lançado em setembro de 2004. Em fevereiro de 2007, o quinteto lança “Walk The Earth”, quarto álbum de sua discografia e o último a contar com os vocais de D.C, que, claro, deixava o posto de vocalista vago.
Particularmente falando: Nunca morri de amores pelo Silent Force que ao meu ver, é mais uma daquelas bandas com um bom vocalista, praticando a mesma sonoridade de zilhões de outros grupos. Claro que há boas composições e algumas faixas de destaques, porém não é uma banda que me chama a atenção. Deixo explícito que o problema não está nos vocais, ao contrário, temos aqui um casamento perfeito com a sonoridade do grupo. Ao meu ver, o problema está na falta de músicas marcantes e na ausência de melodias, já que em alguns momentos a coisa simplesmente parece plastificada.
Após deixar o Silent Force, rumores começaram a circular sobre um segundo álbum solo e também sobre seu retorno ao Royal Hunt, que a esta altura já havia trocado de vocalista (mais uma vez), tendo agora Mark Boals (Yngwie Malmsteen, Foundry, Ring Of Fire, Vindictiv, Shining Black, ect), substituindo John West. Na época, rumores de que West, sairia em turnê com o Trans-Siberian Orchestra e seria cotado para integrar o Savatage. Porém, André Andersen, logo desmentiu tais boatos.
Longe do “ti ti ti metálico”, D.C Cooper embarcava em outra onda, juntando forças com membros do Shadow Gallery, Spock’s Beard e Fates Warning, formando assim o Amaran’s Plight, projeto Prog Metal que lançou em junho de 2007 o excelente “Voice In The Light’. Trazendo uma proposta voltada ao Prog Rock/Metal, “Voice In The Light”, apresenta em seus quase 80 minutos de duração uma sonoridade que nos remete a grupos como Riverside, Arena, Porcupine Tree, Spock’s Beard, Enchant, Shadow Gallery, Satellite e evidentemente que em alguns momentos aquelas linhas melódicas feitas no Royal Hunt, estão lá (ouça, “Revelation” e “Truth and Tragedy”). Ouso dizer que dentre os trabalhos lançados pós Royal Hunt, talvez o Amaran ‘s Plight, seja de fato o momento mais bacana de D.C Cooper. Claro que isentamos aqui seu primeiro álbum solo, visto que temos ali um disco voltado ao Hard Rock e que sejamos francos? O resultado final ficou surpreendente.
Ainda em 2007, contribuiu com trabalhos de outros artistas, participando de álbuns das bandas Steel Seal (Itália), Persephone ‘s Dream (EUA) e Genius: A Rock Opera Part III, do italiano Daniele Liverani. Em janeiro de 2009 o Royal Hunt, lançaria “X”, décimo álbum da carreira e após uma turnê que terminou no ano seguinte, a banda resolveu tirar férias. Neste período, Andersen resolveu entrar em contato com D.C, pedindo que ele assumisse os vocais do Royal Hunt. Porém, houve uma recusa por parte do vocalista. Segundo ele, “ainda não estava pronto e que não seria a hora de voltar”.
Sabe-se lá como os fãs e alguns promotores descobriram sobre a tal conversa, o que causou uma espécie de “pressão” para uma reunião da banda com seu ex, vocalista. Finalmente no comecinho de 2011, André refaz o convite para que eles possam se reunir novamente. Dessa vez a resposta foi um sonoro SIM! Inicialmente a ideia era realizar apenas alguns shows na Rússia e Japão, para que pudesse ver a reação do público. Surpreendentemente a resposta do público foi mais que positiva, ocasionando assim o retorno oficial do vocalista a banda e consequentemente a demissão de Mark Boals. Finalmente em novembro de 2013, “Show Me How To Live”, décimo primeiro álbum de inéditas é lançado, marcando oficialmente o retorno de D.C Cooper, após 14 longos anos.
Em dezembro do mesmo ano, o grupo lança um novo DVD intitulado ” Future’s Coming From The Past” , nome tirado do primeiro verso da música “1348” presente no disco Moving Target. O material apresenta material remasterizado do VHS “1996” e “Paradox-Closing The Chapter”, além de cenas dos bastidores de suas turnês, filmadas pela banda e por sua equipe. Bem recebidos, os novos trabalhos arrancaram elogios da crítica especializada que escreveu o seguinte: “A banda voltou ao seu som clássico dos primeiros álbuns” (eles estavam certos).
Os discos seguintes foram: A Life To Die For (2013), Devil ‘s Dozen (2015) seguidos de dois registros Ao Vivo, “Cargo” e “2016”, lançados em 2016 e 2017 respectivamente. Em 2018, mais especificamente em fevereiro, o quinteto lança “Cast In Stone”, décimo quarto trabalho de inéditas e mais um disco que traz exatamente os mesmos elementos de seus antecessores. Ou seja, tudo exatamente como sempre foi. No início de 2020 o grupo anuncia mais um disco de inéditas que segundo os músicos, seria lançado até o final do ano. De fato a promessa foi cumprida e “Dystopia”, décimo quinto capítulo da história dos dinamarqueses, nasceu oficialmente em 18 de dezembro.
O retorno de D.C Cooper ao Royal Hunt, certamente foi uma das melhores notícias para os antigos fãs, que não há dúvidas, sonharam com este momento. Porém, é importante lembrar que os trabalhos lançados sob os vocais de John West e Mark Boals, são excelentes e merecem atenção especial. Com eles, a banda manteve-se em evidência, lançou discos relevantes e em suas apresentações ao vivo, ambos foram impecáveis ao interpretar canções gravadas por eles e surpreenderem nas interpretações das músicas antigas, inclusive da era Brockman e Cooper.
Mas afinal, por que a banda recrutou seu ex, vocalista? A questão é simples de entender: Ao integrar o grupo em 1995, D.C Cooper, deu uma guinada na carreira do quinteto, fazendo com que sua voz e seu timbre único criassem um elo musical entre ambos. Onde quer que esteja ou em qualquer projeto que esteja à frente, D.C Cooper, será sempre a voz do Royal Hunt. Não bastasse os trabalhos excelentes onde figurou como vocalista principal, o músico contribuiu em obras de nomes como: Victory, Pink Cream 69, Rage, Shadow Gallery, Voyager, Derdian, Edenbridge, Gary Hughes, além de uma participação especial no álbum “Carnival Of Flames” do quinteto carioca, Dancing Flame.
Alguns pontos acerca da extensa carreira do Royal Hunt: Apesar de não figurar nos topos das listas das bandas de Progressive Metal ou de serem endeusados pelas chamadas “Revistas Especializadas”, como acontece com alguns grupos de sonoridade duvidosa, os dinamarqueses têm uma legião de fãs assíduos, principalmente no Japão. Em suas turnês, estiveram ao lado de nomes relevantes da música pesada como: Saxon, Status Quo, Gotthard, Vanden Plas, Pink Cream 69 e outros.
Em seu currículo, a banda conta com uma apresentação em um dos maiores festivais de música do mundo, Wacken Open Air. Além da Dinamarca (terra natal da banda) e Japão, onde são endeusados por seus fãs e carregam o status de gigantes, musicalmente o grupo também é bem visto em lugares como Alemanha, Suíça, Rússia (terra natal de Andersen) e Brasil, onde infelizmente nunca se apresentaram. Em suas páginas a Revista Burn (Revista mais famosa do Japão), destacou a importância de André Andersen e D.C Cooper, por seus préstimos à música. Segundo a publicação, Andersen, integra a lista de Melhor Tecladista, Cooper, figura na lista dos Melhores Vocalistas, enquanto Moving Target, foi considerado como o melhor álbum de todos os tempos e também o melhor (segundo eles) do Royal Hunt.
Sobre o atual momento da banda e a permanência de DC. Cooper: Assim como os discos anteriores, “Dystopia” é mais um capítulo importante e excepcional na história do grupo , divididos em 10 temas, contendo aproximadamente 55 minutos de duração. É preciso dizer o quanto D.C está cantando? Acredito que não! A sonoridade intacta, bem como a musicalidade característica da banda e a genialidade das composições feitas por André Andersen, parece garantir um futuro de grandes e vindouros álbuns sob os vocais brilhantes, únicos e especiais de Mr. Donald Christopher Cooper
PS: Em 2002, lançou “Missa Mercuria”, disco de estréia do projeto de mesmo nome, contando com músicos das bandas Pink Cream 69, Vanden Plas, Silent Force e Edenbridge.
Nota Mundo Metal: A ruptura entre Andersen e Cooper, finalmente chegou ao fim e todos ganham com isso. Talvez as mágoas antigas, tenham se transformado em notas musicais e em excelentes melodias, colocando um ponto final em um passado de alegrias e também de tristezas dentro da banda. Às vezes, é preciso provar o fel para valorizar o mel. Talvez isso tenha acontecido dentro do Royal Hunt. Os discos lançados após a ruptura, são trabalhos geniais que devem ser ouvidos e compreendidos. Olhando atentamente a história da banda e todos esses percalços entre seus músicos principais, podemos dizer sem medo de errar que o tempo conseguiu apagar mágoas, curar as feridas e ajudou a reescrever um novo capítulo na história de um grupo que há tempos, merece estar no lugar mais alto do pódio.
Como de costume, preparamos uma mega playlist com momentos de toda a carreira de DC Cooper:
Redigido por Geovani Vieira