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Grandes Vozes: Episódio 13: Ronnie James Dio (Terceira Parte)

Divulgação / RONNIE JAMES DIO (RIP)


Nome: Ronald James Padavona
Codinome: Dio
Data de Nascimento: 10 de julho de 1942
Local: Portsmouth, (EUA)
Banda Principal: DIO
Função: Vocalista
Outras Funções/Instrumentos: Compositor, Trompete, Piano e Baixo.
Outras Bandas: ELF, Rainbow, Black Sabbath, Heaven & Hell
Estilo: Heavy Metal / Hard Rock
Ano de Atividade: 1957 – 2010

Discografia:

ELF: Elf (1972), Carolina County Ball (1974), Trying to Burn The Sun (1975)

Rainbow: Ritchie Blackmore’s Rainbow (1975), Rising (1976), Long Live Rock ‘n’ Roll (1978).

Black Sabbath: Heaven and Hell (1980), Mob Rules (1981), Dehumanizer (1992).

Dio: Holy Diver (1983), The Last in Line (1984), Sacred Heart (1985), Dream Evil (1987), Lock Up the Wolves (1990), Strange Highways (1994), Angry Machines (1996), Magica (2000), Killing the Dragon (2002), Master of The Moon (2004).

Heaven & Hell: Live from Radio City Music Hall (2007), The Devil you Know (2009), Neon Nights: 30 Years of Heaven & Hell (2010) (DVD).

Reprodução / Facebook / RONNIE JAMES DIO

“Dream Evil”

Em julho de 1987, no dia 21, chegava às lojas “Dream Evil”, mais um registro de inéditas e mais um trabalho genial do baixinho de voz gigante.

Os singles “All the Fools Sailed Away” e “I Could Have Been a Dreamer” foram os dois carros chefes. Como resultado, números expressivos de vendas. Na Suécia (4a posição), Austrália (48a posição), Noruega (7a posição), Reino Unido (8a posição), Alemanha (12a posição), Suíça (13a posição), Áustria (12a posição) e Canadá (65a posição).

O disco figurou igualmente na 65a posição da Billboard 200 Americana e os referidos singles conquistaram a 33a posição da Mainstream Rock (USA) e 69a posição da UK Singles Charts.

1990

Em seguida, em maio de 1990, a banda lançou “Lock Up The Wolves”, mais um excelente trabalho, que seguindo a fórmula de seus antecessores, também, foi sucesso de crítica e de vendas.


Aqui, Dio deixava a produção de lado e passava o bastão para Tony Platt, produtor responsável por trabalhos ao lado de nomes como Foreigner, Krokus, Testament, Marillion, The Cult, Motorhead, Gary Moore, Buddy Guy, Cheap Trick, Iron Maiden, etc.

O resultado é um álbum excepcional, apesar de renegado e não obter o devido merecimento e reconhecimento, já que nesta época, a “nova onda” era ser desafinado, tocar mal e/ou não tocar qualquer instrumento. Portanto, estas desqualificações (na época) bastavam para ser um músico de sucesso em um movimento passageiro (graças a Deus) chamado Grunge.

O sucesso de “Lock Up The Wolves

Apesar de incompreendido por uns, “Lock Up The Wolves” foi sucesso em países como Japão, Alemanha, Suécia, Suíça, Reino Unido, Austrália e Estados Unidos.

O single “Hey Angel” alcançou a 94a posição da UK Singles Charts, enquanto o disco em si figurou na 61a posição da Billboard 200 Americana.

Além disso, o disco marcou a estreia do jovem guitarrista Rowan Robertson, na época com apenas 18 anos de idade e de Simon Wright, baterista que tocou no AC/DC no período de 1983 a 1989.

“Dehumanizer”, o retorno e a saída, em seguida, do Black Sabbath

Logo após a curta reunião com o Black Sabbath para a gravação do álbum Dehumanizer (1992) e a turnê subsequente, Dio retoma sua carreira solo e lança “Strange Highways”, sexto álbum de sua banda solo, lançado em outubro de 1993 na Europa e em janeiro de 1994 nos Estados Unidos.

Reprodução / RONNIE JAMES DIO & IOMMI

“Strange Highways”

Produzido pelo renomado Mike Fraser (Bad Company, Bad English, Blue Murder, AC/DC, Led Zeppelin, Aerosmith, Van Halen, etc), o disco não obteve o mesmo sucesso dos registros anteriores, da mesma forma como não obteve, comercialmente, o mesmo êxito de seus antecessores. Contudo, conseguiu a 79a posição na German Albums Chart (Alemanha) e a 14a posição na Billboard 200 Americana.

“Angry Machines”

Em outubro de 1996, “Angry Machines” chegava às lojas e, mais uma vez, Dio tinha um trabalho que musicalmente não trazia e não oferecia bons resultados.

Produzido pelo próprio Dio, o disco apresenta uma sonoridade “moderna”, onde os instrumentos aparecem com baixa afinação e a ausência total de melodias. Os resultados não foram os melhores e decerto estes fatores mencionados contribuíram para o péssimo desempenho, repercussão e aceitação ao redor do mundo.

O fato é que diferente dos trabalhos feitos anteriormente, “Angry Machine” conseguiu apenas a 44a na Alemanha. Em suma, um resultado péssimo para uma banda que havia lançado trabalhos fidedignos e relevantes.

Opinião pessoal

Álbum desconexo, trazendo uma sonoridade, ao mesmo tempo, moderna e sem criatividade, que faz das músicas um emaranhado de “canções introspectivas” e desnecessárias. Um dos piores trabalhos da banda, bem como um dos trabalhos irrelevantes lançados na metade dos anos 90.

“Magica”

Os resultados horrorosos e a grande aposta (errada) de “Angry Machine” serviram para que Dio deixasse de lado a modernidade e apostasse em melodias e riffs característicos em seus trabalhos. Desse modo, nascia, em 21 de março de 2001, “Magica”, oitavo trabalho do baixinho e agora sim um trabalho honesto e voltado ao bom e velho Heavy Metal propriamente dito. Ou seja, sem frescuras, sem firulas e sem apostas arriscadas.

O retorno aos “riffs e melodias” provaram que os fãs de Dio não se curvaram às modernidade impostas e, que no caso dele (Dio), fazer “mais do mesmo” era o caminho a ser percorrido.

Como resultado, “Magica” despontou em países como Finlândia (26a posição), Alemanha (32a posição), Japão (71a posição), Suécia (52a posição), além da 13a posição da Billboard Americana.

Maio de 2002, “Killing The Dragon”, sucessor de “Magica”, chega às lojas trazendo consigo a responsabilidade de repetir o que a banda fizera no disco anterior. Dessa maneira, a missão fora cumprida e “Killing The Dragon” despontou em países como Austrália, Finlândia, Alemanha, Japão e Suécia.

A fim de mostrar que a banda havia feito as pazes com a sonoridade lá do passado, o álbum figurou na 199a posição da Billboard 200 US e na 18a também da Billboard na categoria “Álbuns Independentes”.

“Master of the Moon”

Em 30 de agosto de 2004, chega às lojas europeias mais um trabalho de Dio (Banda), “Master of The Moon”, décimo e infelizmente o último registro da banda que trazia seu nome. Nos Estados Unidos o álbum foi lançado oficialmente no dia 07 de setembro do mesmo ano.

Seguindo a fórmula rebuscada em “Magica” e “Killing The Dragon”, o novo registro trazia a sonoridade característica da banda. Da mesma forma, o disco trilhou os mesmos caminhos dos trabalhos supracitados.

Em países como Finlândia, Alemanha, Suécia e Japão, o novo trabalho foi muito bem aceito e figurou em posições expressivas nas respectivas paradas musicais. O mesmo ainda figurou na posição 167 da Billboard 200 Americana.

Heaven and Hell

Em 2007, reuniu-se com os antigos companheiros de Black Sabbath para o lançamento da coletânea musical “Black Sabbath – The Dio Years”. Este evento resultou na formação da banda Heaven & Hell, que trazia a mesma formação do Black Sabbath responsável pelo clássico “Mob Rules” editado em outubro de 1981.

Divulgação / Facebook / HEAVEN AND HELL / Ronnie James Dio

A frente do Heaven & Hell, Dio lançou “Live from Radio City Music Hall” (2007) e “The Devil You Know” (2009).

Geezer Butler, James Dio, Vinny Appice and Tony Iommi of Heaven and Hell, studio group portrait, United States, 2007. (Photo by Mark Weiss/Getty Images)

Diagnóstico de câncer

Em 25 de novembro de 2009, Wendy, sua esposa e empresária, anunciou que ele havia sido diagnosticado com câncer de estômago.

Imediatamente, deu-se início a uma série de exames e sessões de quimioterapia, tomografia computadorizada e endoscopia.

Em março de 2010, sua esposa Wendy publicou uma atualização online sobre o tratamento e as condições de saúde do músico. A princípio, as notícias davam conta de que após sete sessões de quimioterapia, o tumor principal havia diminuído e a condição de saúde do músico naquele momento era relativamente boa.

Cancelamento da turnê do Heaven and Hell

Em 4 de maio do mesmo ano, Heaven and Hell anunciou que eles estavam cancelando todas as apresentações que ocorreriam no verão por conta da condição de saúde do vocalista.

A essa altura, fãs de todo o mundo, amigos e músicos diversos torciam por boas notícias. Por outro lado, as orações e crenças ansiavam por boas notícias que infelizmente não vieram.

Falecimento de Ronnie James Dio

Em 16 de maio de 2010, sua esposa Wendy anunciava ao mundo a morte de Ronnie James Dio.

Dio faleceu às 7:45 da manhã (horário local), de acordo com as fontes oficiais, prestes a completar 68 anos.

Reprodução / WENDY & RONNIE JAMES DIO

Assim que recebeu a notícia, o mundo da música lamentou a sua partida. Logo depois, artistas que o admiram e o consideram como uma das “Grandes Vozes” do Heavy Metal mundial. Dentre eles:

Tommy Iommi, Ritchie Blackmore, Joe Lynn Turner, Ozzy Osbourne, Brian May, Lars Ulrich, Scott Ian, Sebastian Bach, Glenn Hughes, Andreas Kisser, Rafael Bittencourt, além das bandas Judas, Priest, Iron Maiden, Dream Theater, Kiss, etc.

Algumas observações acerca de Ronnie James Dio.

As homenagens a Ronnie James Dio

Monumento em homenagem a DIO

As apresentações de Dio no Brasil

Opinião

N do R: A partida de Ronnie James Dio deixou uma lacuna na história do Heavy Metal e, de certa forma, um vazio que jamais será preenchido. Dono de uma voz poderosa e timbre único, Dio representou o que chamamos de “Lenda Viva do Rock”, sendo influência e inspiração para novas gerações de vocalistas excepcionais. O câncer tirou-lhe a oportunidade de continuar seu legado, porém, não foi capaz de calar sua voz ou apagar sua brilhante história.

Onde quer que esteja, saberá do amor e admiração de seus fãs e o quanto foi importante enquanto esteve entre nós.

Redigido por: Geovani “Reumatismo” Vieira

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