O guitarrista do Exodus, Gary Holt, costuma ser bastante esclarecido em suas falas e opiniões a respeito dos mais diversos assuntos. Portanto, é uma pessoa formidável para conversar. E não é à toa que o mesmo costuma ser convidado para participar das mais variadas entrevistas.
Dessa vez, o músico esteve no podcast Talk Bollocks, programa apresentado por Howard H. Smith, vocalista do Acid Reign e comediante de stand-up nos dias atuais. O assunto principal foi relacionado aos problemas de Holt com o álcool e como ele vem fazendo para se manter firme e longe de confusão.
Gary comenta sobre o que tem feito para superar o peso da pandemia e os seus métodos para beber e não exagerar na dose:
“Como milhões de pessoas em todo o mundo, fui vítima da pandemia. Em turnê, sempre me mantive inteiro e nunca tive uma ressaca no palco. Talvez uma vez, em uma turnê de cinco semanas, eu acordasse com um pouco de dor de cabeça, e essa foi uma noite em que decidimos fazer uma festa Disco e começamos a tocar um pouco de Funk e beber algumas cervejas extras. Mas então, eu voltava para casa e só bebia quando estava assistindo a algum esporte ou recebendo algumas pessoas (bebia algumas cervejas). Eu ia a um show e tomava duas cervejas. E então me encontrava sem nada além de ociosidade. Então, eu comecei a morar no meio da floresta e me sentava do lado de fora – era lindo, era verão, estava cercado por carvalhos e começava a beber, bebendo, tipo, 12, 13 cervejas, e eu estava bebendo as mais fortes com 10, 11 por cento de álcool. Porque eu sempre fui um esnobe de cerveja; eu pegaria meu copo adequado para qualquer cerveja que eu estava bebendo. E cheguei ao ponto em que eu estava ficando deprimido quando começava a beber; Eu não estava mais feliz. Porque todo o meu sustento havia sido tirado de mim. Estou estava sentindo o mesmo estresse e tensão que todo mundo.Então eu pensei, cara, eu parei de fumar, parei de usar drogas anos atrás – quase 20 anos atrás, então, eu poderia viver sem álcool. Não é grande coisa. Quer dizer, eu ainda bebo cervejas sem álcool, e há algumas muito boas por aí. É o sabor da cerveja que eu sentiria falta; Eu não sinto falta do zumbido. E também tem um forte efeito placebo.”
Sobre as turnês, Gary explica como se sente e se há problemas quanto ao modo diferente em relação aos costumes com a bebida:
“Não, de forma alguma. Isso não significa que eu tenho uma força de vontade mais sólida do que qualquer outra pessoa, mas eu não tenho anseio ou sinto qualquer desejo por álcool. Eu sou um cara, que quando desiste de algo, simplesmente desiste e pronto. Estou saindo com os outros companheiros de banda, jantei duas vezes no fim de semana e Lee estava tomando cervejas de verdade e estou tomando Heineken 0.0s. Eu nunca penso, ‘Hmm, eu quero a dele.’ Não me atrai mais.”
Gary Holt teve contato com bebidas alcoólicas pela primeira vez aos 13 anos de idade e somente em 2012, revelado por sua esposa, é que o guitarrista se livrou do vício com o álcool, creditando todo o sucesso da batalha a ela por acreditar e fazer com que ele tivesse força suficiente para se sobressair diante desse problema.
