O cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista, Ihsahn (Emperor) conversou com o El Planeta Del Rock e reafirmou sua posição de que ninguém precisa de um novo álbum do Emperor. Ihsahn entende que o “apego” dos fãs com bandas que marcaram sua juventude e que eles querem sentir tudo aquilo novamente, mas ele esclarece:
“Se eu ganhasse um centavo, como dizem, para cada vez que as pessoas me perguntam sobre isso. No começo, eu era um pé no saco, mas optei por ver o elogio que está nesse tipo de pergunta. Pessoas que, como eu, têm uma relação com a música desde a juventude, desenvolvem um apego às bandas. Obviamente fomos importantes para alguém, o que é uma ótima coisa. Se me perguntam sobre isso, é porque querem sentir isso de novo, querem sentir mais disso, o que também é ótimo.”
Ele prosseguiu:
“Em termos práticos, que tipo de álbum do Emperor poderíamos fazer que satisfizesse esse desejo? Acho que seria fácil fazer algo que soasse como o Emperor antigo, mas quem ia querer que fizéssemos um álbum de black metal para ganhar dinheiro com algum tipo de ideia conceitual para algum tipo de demanda no mercado? Em certa medida, isso vai contra tudo o que o estilo representa.
Por outro lado, nós acabamos num lugar em que eu escrevia cada vez mais da música e, com o último LP do Emperor, fiz mesmo tudo. Então, se a gente seguir essa trajetória, vai ficar tudo muito próximo do que eu faço sozinho. E eu não acho que é a isso que as pessoas estão se referindo quando falam sobre a hipótese de um novo álbum do Emperor porque, se fosse, isso é mais ou menos o que eu já faço. Não podem me pedir para voltar lá atrás, ser adolescente de novo e esquecer todas as experiências que tive como músico nesse meio tempo.”
Contudo, há alguns meses, em outra entrevista, Ihsahn não descartou completamente a ideia de uma colaboração com o guitarrista Samoth, mas não para um novo álbum do Emperor:
“A menos que os planetas se alinhem para eu e Samoth estarmos em sintonia com uma ideia comum do que queremos fazer ou não vejo isso acontecendo. Não há grandes exemplos de bandas que se separaram e que, após voltarem, conseguiram superar ou igualar o que fizeram antes. Isso não acontece porque é impossível competir com a nostalgia. A atmosfera atual na banda é melhor do que nunca… Nós nos divertimos muito fazendo o que fazemos, então não vejo nenhuma razão para arriscar destruir isso por possíveis razões que não são compatíveis com a natureza intransigente do que o Emperor era.”
