É com toda a certeza que, quando um dos componentes históricos de uma banda retorna ao seu posto, isso se torna valioso e gratificante tanto para a banda quanto para os seus adeptos. Esse é o caso atual do Dream Theater, logo após o retorno do baterista Mike Portnoy.
Portnoy é um dos grandes nomes da banda. Ele também é tido como um dos maiores e melhores bateristas do Metal como um todo. Decerto, não precisa e nem deve ser questionado. Afinal de contas, as linhas percussivas que o baterista construiu ao longo do tempo provam por si só a sua assinatura pesada e amplamente relevante. “Black Clouds & Silver Linings” (2009) foi o último álbum a contar com Mike, contabilizando dez álbuns de estúdio com a sua presença.
Mike Portnoy foi questionado sobre a sua receita para se manter relevante dentro do cenário da música pesada. Assim sendo, mantendo as suas habilidades como instrumentista em dia. O baterista do Mr. Big, Nick D’Virgilio, foi o dono da questão. A entrevista aconteceu no podcast So…You Want To Be A Musician?. Veja o que Mike respondeu:
“Serei honesto, estou começando a sentir minha idade um pouco. Não sou mais o garoto que era 20, 30 anos atrás. Então você só precisa fazer o melhor que puder. Quer dizer, para mim, eu toco tanto que isso me mantém alerta. Até voltar ao Dream Theater recentemente, eu estava tocando em tantas bandas diferentes, o que significava que eu estava constantemente tocando, constantemente cercado por músicos diferentes, o que sempre me inspirou. As diferentes pessoas com quem toquei e um estilo diferente de música, todos aqueles 13 anos fora do Dream Theater, onde fiz todas essas bandas diferentes e tudo mais, isso me inspirou. Trabalhar com Neal (Morse) e Billy (Sheehan) e todas essas pessoas diferentes nessas diferentes bandas e configurações, isso sempre me elevou e me inspirou a tentar coisas novas e a tentar ser o melhor que posso. Não posso realmente dar muitos conselhos sobre o lado saudável disso — comer, beber e dormir e blá, blá, blá — porque eu sou um exemplo horrível de tudo isso. Mas tocar sempre me manteve atualizado e me fez crescer e me desenvolver e os diferentes cenários. E agora que eu trago isso de volta para onde estou com o Dream Theater, é uma perspectiva legal porque estou voltando para o Dream Theater com uma dúzia de anos de experiências que tive fora da banda. E eles também — eles passaram os últimos 13 anos com suas próprias experiências que eu não tive com eles. Então é meio emocionante nesta fase da minha vida reunir tudo de novo e ter esse terceiro ato, se você preferir.”
Portnoy também fez um exercício mental ao traçar a linha do tempo enquanto esteve ausente do Dream Theater. Tudo isso, além dos motivos que o fizeram retomar o seu antigo posto. Ele disse o seguinte:
“Nas nossas idades, percebemos quando decidimos nos reunir e voltar, eu estaria mentindo se não dissesse que não começamos a olhar no espelho e olhar para o relógio e dizer, quem sabe quanto tempo nos resta? O relógio está correndo, e percebemos que não ficaremos aqui para sempre. E queremos passar o tempo que nos resta fazendo música com as pessoas com quem crescemos e as pessoas que amamos. Então, sim, é mais ou menos onde estamos neste estágio.”
Portnoy percebeu claramente a importância de estar próximo daquilo que o projeto no início, muito por conta de sua experiência fora da banda e tocando com outros diversos músicos. É hora de ver o terceiro grande ato em ação. Já a entrevista, esta pode ser conferida a seguir: