O novo álbum do Destruction, “Birth Of Malice”, será lançado no dia 7 de março pela Napalm Records. Em uma nova entrevista ao Blabbermouth, o vocalista e baixista Schmier conversou sobre o conteúdo lírico do novo álbum, e ele espera que “Birth Of Malice” se estabeleça como “um dos cinco melhores álbuns do Destruction“.
“Para mim, acho que parece um álbum realmente ótimo. A reação tem sido incrível. Não me lembro de ter recebido tanto feedback positivo da imprensa quando os singles foram lançados. Eu sempre digo: ‘Você tem que olhar para trás em alguns meses e depois um ano para frente para ver o quão bom um álbum é’. Tenho a sensação de que este é ótimo. É pesado. É muito diverso. Tem muitos andamentos e ideias diferentes. Há muita destruição — músicas cativantes e riffs legais. Espero que fique na história como um dos cinco melhores álbuns do Destruction.”
Sobre o título do novo álbum, Schmier disse:
“É uma metáfora para o que o mundo nos diria se pudesse falar. Há um filme com Mark Wahlberg que não foi tão bom, ‘The Happening’. Foi assim que tive a ideia: ‘O que o mundo nos diria? algo como, ‘sua raça humana desprezível?’ Estávamos rindo do título. Isso é inglês correto? Podemos dizer isso?
É uma metáfora para o mundo. É bom porque precisamos que gritem conosco pelo que estamos fazendo com este planeta. Então Donald Trump apareceu. (Risos) Oh meu Deus. É ridículo. Comecei a assistir ao filme ‘O Aprendiz’. É bem interessante. Ainda não consegui terminar porque é muito longo. Vou assistir ao resto hoje para entender o que está motivando esse homem. É tudo a mesma coisa. Esses caras querem fazer história. Como ele disse, ‘Só existem vencedores e perdedores’, e ele fará de tudo para ser um vencedor.”
Ele acrescentou:
“É loucura. Nunca aprendemos com a história. O que está acontecendo no mundo agora, com todos os partidos de direita sendo importantes novamente em tantos países, até mesmo na Alemanha, onde isso não deveria acontecer. Também temos esse partido de direita que Elon Musk estava recomendando aos alemães que votassem.”
Schmier prosseguiu com a reflexão:
“Primeiro de tudo, você não diz a um país em quem votar quando você está no governo de outro país. É desrespeitoso. Como alemães, sabemos que este partido é um partido de direita. A Alemanha tem muitos problemas, é claro. Temos muitos imigrantes. Esse é um problema que precisa ser resolvido. Somos um país pequeno e não podemos receber milhões de imigrantes e isso vai causar problemas e vai trazer os nazistas para fora. É disso que se trata a história. Apenas aprenda com isso. Está acontecendo de novo. Para mim, os erros que aconteceram no passado estão aqui agora porque a política leva tempo. É o mesmo na América. Os problemas da América agora não são culpa de Joe Biden. É culpa de governos anteriores e políticas mais antigas. É isso que as pessoas não veem. As pessoas querem ver apenas o estado real. O estado real começou há 20 anos ou mais. Sou um grande fã de ‘Star Trek’.
Sempre pergunto por que não estamos aprendendo com os filmes ou programas como ‘Star Trek’. Coloque pessoas no poder que tenham algo a dizer. Pessoas que sejam inteligentes, que tenham estudado, que sejam cientistas. Essas pessoas deveriam ser políticas. Pessoas que não sejam egoístas. Pessoas que estejam lá por nós, os humanos. Isso tem que mudar sobre a humanidade para tornar este um lugar melhor.
No momento, estamos no meio da merda. Há guerra em todos os lugares. Parece ruim. Quando falo com as pessoas, todos estão assustados. As pessoas na Escandinávia estão me dizendo que estão se preparando para uma guerra com os russos. Está chegando. É possível. É um momento assustador. Se a América for desestabilizada e a América recuar da OTAN, Vladmir Putin dirá: ‘Ei, é tudo meu agora. Vamos pegá-lo.’ Esse equilíbrio sempre foi importante. Claro, todos têm medo de que o equilíbrio do mundo esteja saindo do controle e haja mais guerra. A guerra pode aumentar muito rapidamente com todas as armas que temos. Não queremos que isso aconteça. mas talvez seja hora de outra.”
Indagado se ele fica triste ao ver algumas coisas que ele cantou anos atrás acontecendo nos dias de hoje, Schmier respondeu:
“Oh, é horrível. Os humanos nunca aprendem com a história. A manipulação é mais fácil agora por causa da internet. Antigamente, era mais difícil com jornais e livros que você tinha que queimar e tal. Agora, dividir e conquistar na internet é tão fácil. Você pode programar alguns bots com IA, e eles podem manipular a internet para você. É por isso que escrevemos ‘Cyber Warfare’. Tivemos um ataque de bots quando a guerra russa começou com a Ucrânia. Tivemos no Facebook . Foi uma loucura. Foram milhares e milhares de bots atacando nossa página do Facebook. No final, tivemos 12.000 comentários. Tivemos que apagar e bloquear tantos bots. Fizemos isso por três dias — eu e meus caras, apenas 24 horas bloqueando e apagando comentários.
Ficamos tipo, ‘Que porra é essa?’ Percebi que era um exército de robôs russos tão grande que até uma banda de metal na Alemanha que não tem nada a ver com política era um alvo. Foi assim que surgiu ‘Cyber Warfare’. Além disso, muitas pessoas não têm tempo para ler as notícias, então elas as pegam da internet. Cinquenta por cento disso é informação falsa. As pessoas não têm tempo, pois chegam do trabalho; elas têm dois empregos. Elas querem ver as notícias; elas leem algo e acreditam.”
No novo álbum, o Destruction gravou um cover do clássico “Fast As A Shark”, do Accept. Schimer disse que a canção foi a primeira música Speed Metal da Alemanha que ele ouviu:
“Da Alemanha. Com certeza. Não tenho certeza se é a primeira música de speed metal do mundo. Havia alguns riffs e algumas bandas que faziam músicas semelhantes. A intensidade era nova quando ‘Fast As A Shark’ surgiu. O som do álbum [‘Restless And Wild’ de 1982] era muito bom; os riffs eram novos. Ele está fazendo esse pular cordas. Foi realmente novo fazer isso. A música inteira era tão impressionante, assim como o solo duplo. Então, os vocais, o refrão. Era uma música muito especial. Deve ser a primeira música de speed metal da Alemanha. Havia bandas da Inglaterra como Jaguar, Raven ou dos Estados Unidos, como RIOT. Eles estavam fazendo coisas semelhantes. Foi a mais influente porque era uma música alemã de uma banda alemã. Tínhamos os Scorpions antes, agora há o Accept. Eles estavam tirando sarro do country alemão com a introdução. Era aquela rebelião. Precisávamos disso quando éramos adolescentes. Acho que eu tinha 14 anos. Era sobre tirar sarro da música que meus pais ouviam. Era uma declaração. Acho que a música foi super importante para minha juventude. Sem a música, talvez não tivesse havido Destruction. Foi um chute na bunda para nós.”
Schmier disse ainda:
“Eu apoiei Wolf desde o começo quando ele voltou com o Accept. Ele era o principal compositor. Eu achei triste que Udo não tenha entrado, mas algumas pessoas simplesmente não se dão bem, como Udo e Wolf. Todo mundo em uma banda sabe como é isso. Se você tem um cara na banda e vocês não se dão bem, não funciona. Existe o melhor dos dois mundos. Eles têm uma ótima carreira agora. Wolf tem um ótimo cantor Mark Tornillo que respeita o legado. Ele é fantástico. Eles fizeram alguns álbuns realmente bons. Udo tem uma ótima carreira. Ele está em turnê pela Europa agora, e todos os shows estão lotados. Para eles, é bom. Talvez um dia, no final da carreira deles, haja uma reunião como essA do Black Sabbath. aliás, Eu acho que essa é a maior roubada de todos os tempos [Risos]. Os fãs vão lá e eu entendo que eles querem ver de novo, mas é um grande roubo.”
Leia a entrevista completa: https://blabbermouth.net/features/schmier-fights-against-fascism-and-misinformation-on-new-destruction-album-birth-of-malice
