Bandas que mudam a sua sonoridade característica não são exceções no mundo da música pesada, mas é fato que algums poucos grupos se mantém firmes e trilhando seu caminho inicial sem qualquer abalo. Para estes, o passar dos anos não se torna um problema, para outros não podemos dizer o mesmo.
Não há nada de errado em experimentar, testar novas fórmulas ou mudar sua proposta, mas dependendo de como isso ocorre e dependendo da reação dos fãs, uma banda pode colocar todo um trabalho em cheque da noite para o dia.
O líder do Destruction, Marcel Schmier, concedeu uma nova entrevista ao jornalista Felipe Canales, do IRock do Chile e foi questionado se a banda já pensou em mudar a sua sonoridade com o propósito de alcançar um público mais amplo. Sem pestanejar, Schmier disse o seguinte:
“Na Alemanha, dizemos assim: ‘não mude sua receita vencedora. Atenha-se ao chamado às armas. Atenha-se ao que você pode fazer melhor’. E para mim o que posso fazer de melhor é tocar Thrash Metal. Cada álbum que fazemos soa um pouco diferente, mas sempre soará como Destruction.
Quando você envelhece é muito fácil desacelerar. Muitos músicos quando ficam mais velhos querem desacelerar, querem tocar blues, querem tocar música mais suave. Para mim, esse nunca foi o caso. Acho que quanto mais velho eu fico, mais fico louco pelo som que faço. Eu ainda quero mostrar aos jovens como é que se faz. Quando vamos para os festivais, nós competimos… Para todas essas bandas jovens eu poderia ser o pai deles, então tenho que assumir o meu papel de modelo. Então é assim que eu vejo. Desacelerar e mudar alguma coisa não é o que fazemos.”