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Deicide: “continuem com isso. Vou ficar aqui com o som da velha escola. E boa sorte, caras. Vejo vocês na estrada”

O Death Metal é um estilo que vem evoluindo a cada ano. É inegável que a quantidade de ramificações do gênero criou diversas formas de se executar o Metal extremo de maneiras nunca antes pensadas.

   

Enquanto muitas bandas tentam inovar, há aquelas que procuram se manter fiéis a sonoridade old school que tanto agradou toda uma geração. Podemos dizer que o Deicide é uma dessas bandas que em determinado momento de sua carreira tentou acompanhar a evolução, mas resolveu voltar algumas casas para trás e investir naquilo que sabe fazer melhor.

O baterista Steve Asheim está na banda desde os primórdios e é insano pensar que em quase 40 anos, o músico jamais pisou no freio e continua sendo uma máquina humana rápida e precisa no que entendemos como tocar bem o Death Metal.

Em uma nova entrevista concedida a Francisco Zamudio do site KNAC.COM, Asheim conversou sobre este e outros assuntos envolvendo sua história no Deicide. Quando questionado sobre quais inspirações ele tinha no início de tudo, Steve revelou:

“Bem, havia algumas bandas definitivamente pesadas quando comecei, e foi assim que entrei nisso. Dave Lombardo do Slayer e Gene Hoglan do Dark Angel, do ponto de vista da bateria, bem quando eu estava começando a ser um baterista extremo, esses eram os caras para admirar, e ainda são. Músicos incríveis, ótimas ideias e execução perfeita, e tudo sobre a forma como eles tocavam era ótimo e eu gostava e ainda gosto. E ainda tento me esforçar ao longo dessa mesma linha como eles fizeram. Ainda gosto de ouvir esses caras hoje porque eles fazem a mesma coisa, eles se esforçam até hoje. É muito bom fazer parte de algo tão louco quanto o Metal extremo. É um clube de elite.

Quando começamos, não havia muitas bandas como essa. Agora, há centenas. E isso é legal porque tudo cresce com o tempo. Mas é legal entrar cedo e ver o quanto cresceu e evoluiu e tudo o que aconteceu com isso. É uma coisa interessante de se ver. É uma coisa boa de se fazer parte.”

Quando convidado a refletir sobre como ele conseguiu tocar em uma intensidade tão alta durante quase 40 anos, Steve disse o seguinte:

   

“Minha vida é relativamente limpa. Apenas tento ficar relativamente saudável. Não que eu seja straight edge ou algo assim, mas ao longo dos anos eu certamente consegui manter uma boa abordagem física e não deixei nada me derrubar fisicamente, nada que me inibisse de tocar nesse nível. Então, definitivamente, apenas fiquei forte mental e fisicamente e mantive minha cabeça limpa para que eu pudesse me apresentar bem.”

Sobre os obstáculos que passaram por ele em todos esses anos, o músico confessou:

“Nos nossos primeiros 10 anos ou mais, éramos meio inovadores em nossa abordagem, e então como éramos considerados rápidos, outras bandas começaram a surgir que eram ainda mais rápidas. E então, naquela época, eu estava tipo, ‘uau, é hora de tentar, como dizem, ir para o woodshedding. Hora de acompanhar essa nova turma’. Então eu estava, tipo, aumentando minha velocidade para chegar no patamar que esses outros caras estavam atingindo. Eles estavam quebrando padrões de bateria e usando contadores de BPM, medindo o quão rápido seus golpes individuais eram. Então, isso foi um desafio, e acho que consegui recuperar o atraso muito bem. E então outros 10 anos se passaram e todo mundo estava explodindo com as leis da gravidade, e isso é uma coisa louca. E nesse momento, e é aqui que eu estou, já penso, ‘vocês continuem com isso. Vou ficar aqui com o som da velha escola. E boa sorte, caras. Vejo vocês na estrada’.

Quando fica tão rápido e você tem que ouvir com tanta atenção o que está acontecendo, é um pouco trabalhoso, enquanto que com a pressão alta da velha escola é meio fácil distinguir o que está acontecendo sem trabalhar muito. É uma audição fácil, não é uma tarefa difícil ouvir.”

   

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