Durante uma nova entrevista concedida Alexandra Hernandez (cinegrafista e fotógrafa) na Suíça, David Ellefson, ex-baixista do Megadeth, falou sobre o amor dos fãs de Heavy Metal por este gênero musical que certamente muito além de apenas um gênero musical. Segundo David Ellefson, os fãs de Heavy Metal são os mais dedicados apaixonados pela música.
“Eu já vi tantos clubes. Lembro-me da primeira vez que o vi, acho que foi em 2001, Megadeth, estávamos em turnê para o álbum ‘The World Needs A Hero’. Logo depois que tocamos, eles viraram o clube, e um DJ entrou, com um cabo conectado em seu toca-discos, e eles deixaram um bando de yuppies bem vestidos entrarem e cobraram a todos a mesma quantia de dinheiro e venderam mais bebidas. Então eles tinham os metaleiros e os roqueiros o dia todo, e então eles tinham o DJ. E isso simplesmente aconteceu conosco nesta turnê. Foi no Reino Unido. Foi tipo, ‘Ok, vamos fazer essa coisa de heavy metal para que possamos virar e transformar em uma rave.’ E eu gostaria de pensar que o que fazemos é talvez um pouco mais artístico do que isso. Tem um pouco mais de injeção na sociedade e na vida das pessoas do que apenas, como a velha coisa hippie.”
De acordo com o baixista, “o metal não é uma música mainstream, e sim, uma subcultura”.
“Eu acho que isso é uma coisa sobre o metal com certeza — metal, jazz. Há certos tipos ecléticos de subculturas, e o metal não é uma música mainstream; é uma subcultura. E não é para ser mainstream. Teve seus momentos mainstream, mas na maior parte, é uma subcultura, e as pessoas vêm porque gostam e conhecem as músicas, conhecem as pessoas envolvidas, conhecem as palavras, alguns deles são músicos. Eu sinto que talvez haja um pouco mais de uma conexão intrínseca entre nós. Mesmo que seja barulhento e seja um punho no ar e seja um salto no palco e seja rock, é uma comunidade muito interativa. E para mim sempre foi. Desde os primeiros dias do Megadeth, quando começamos aquela banda, os fãs, era tão divertido para nós assisti-los quanto provavelmente era para eles nos assistirem por causa de quão engajados e barulhentos eles eram, com pits e saltos no palco e todas essas coisas. Então isso trouxe à tona essa coisa muito primitiva nas pessoas. Isso tem sido uma coisa divertida de fazer parte de toda a minha carreira. E até mesmo nós vemos isso todas as noites com Kings Of Thrash. É divertido ver que isso não desapareceu. Isso ainda faz parte de quem somos e do que fazemos.”
Não teria graça se o Heavy Metal tocasse sempre em ráidos populares e virasse música de tema de novela ou sei lá…o bom mesmo é ser obscuro!!!! Valeu