“The Fire Knight” é o debut do Coffin Hunters.
Nascida na Bay-Area, mais precisamente na cidade de Sonoma County/CA, no ano de 2017, a banda norte americana de Heavy Metal, Coffin Hunters, lançou, em 2019, o seu primeiro full-lenght, “The Fire Knight”.
Seu registro anterior, o EP “Coffin Lord”, foi disponibilizado já em seu ano de fundação. Trata-se de mais um exemplar do puro Heavy Metal da atualidade, que tem suas raízes nas décadas de 70 e 80. Isso é mais do que música para os meus ouvidos.
NWOTHM
Em primeiro lugar, “Hell Sleeps In Paradise” já entra apresentando uma banda que pode fazer a diferença no NWOTHM.
Sobretudo, aço inoxidável que forjado foi nas mais refinadas influências do gênero. Não há um nome tão evidente para ser citado como referencial e isso já demonstra uma personalidade ímpar, o que sempre é elogiável.
A minha canção favorita, a faixa que intitula o álbum, já vem em seguida.
“The Fire Knight”
“The Fire Knight” é uma daquelas músicas que seriam obrigatórias no set list de qualquer banda, pois, ela tem uma melodia vocal sedutora e seus sete minutos de duração passam imperceptíveis.
Sean Rivera
O cantor Sean Rivera tem um médio/agudo invejável e um feeling extremamente envolvente. “Wasteland” mantém viva a saga do Heavy tradicional, porém com uma nuance 70’s em seu DNA.
Não há possibilidades de ficar indiferente diante dessa sonoridade, pois uma pequena fagulha de nossas almas está ali.
“At The Wall”
O andamento do disco acelera já na introdução de “At The Wall”, evidenciando a qualidade técnica do baterista Jorge Guzman.
Um minúsculo flerte com o Speed Metal pode ser percebido, porém nada suficiente para fugir do contexto.
“Ancient Abyss” inicia com uma bem executada linha de baixo de Brian Cities, que tem clara influência em Steve Harris, mítico baixista do Iron Maiden.
“In Blue”
A canção é só mais um dos diversos pontos fortes do álbum, se é que é possível apontar algum defeito no mesmo.
“In Blue”, que apesar de ser um Hard/Heavy característico, não parece distinto dentro do conteúdo do trabalho. O baixista brilha mais uma vez, agora através de seu timbre e precisão incríveis.
“Path To Ruin”
A guitarra que faz com que nasça “Path To Ruin” já dá ares apoteóticos, porém ela ainda não é a canção final do álbum.
Ao propósito, eu jamais poderia esquecer os elogios ao belo trabalho do guitarrista Sweden, que está no mesmo alto nível dos outros músicos do Coffin Hunters.
“Banishment”
Tudo o que é bom, não dura para sempre, infelizmente, e com esse disco não seria diferente. “Banishment” fecha o disco, mantendo a mesma alta energia com a qual ele abriu, embora essa canção inicie um tanto mais lenta que a faixa de abertura, ele se converte em veloz algum tempo depois, recheando-se de uma coleção aparentemente interminável de riffs.
Já se tornaram redundantes e enjoativos meus elogios a nova safra da cena Heavy Metal tradicional, porém a qualidade presente em cada nova produção me obriga a repeti-los mais e mais vezes. Não tenho como ignorar o surgimento de novas bandas promissoras e excelentes trabalhos de outras que já haviam começado bem em seus primeiros registros. Coffin Hunters, agora, também faz parte da lista de aprovadas e indicadas. Parabéns!
Nota 8,8
Integrantes:
- Sean Rivera (vocal)
- Sweden (guitarra)
- Jorge Guzman (bateria)
- Brian Cities (baixo)
Faixas:
- 1.Hell Sleeps in Paradise
- 2.The Fire Knight
- 3.Wasteland
- 4.At the Wall
- 5.Ancient Abyss
- 6.In Blue
- 7.Path To Ruin
- 8.Banishment
Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz
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