Quem não conhece o full lenght “Black Metal” do Venom?
O estrondo e todo estardalhaço já haviam sido causados por conta do debut nomeado “Welcome To Hell”. A partir dessas “boas-vindas”, Cronos, Mantas e Abaddon, pseudônimos de Conrad Thomas Lant, Jeffrey Dunn e Anthony Bray, apresentaram o Venom ao universo do Heavy Metal.
Este universo que se concentrava à época nos arredores da N.W.O.B.H.M., e que resultou em grandes lançamentos das mais diversas bandas, fazendo do Venom, uma das ovelhas negras em se tratando de temática e sonoridade, diante de tantas bandas que tocavam aquele Heavy Metal menos agressivo e sem a devida sujeira.
Mais satânico que o Black Sabbath
Venom tinha a ideia de ser mais satânico que o Black Sabbath, mais pirotécnico que o KISS, e mais pesado que o Motörhead. Conseguiu ambos os feitos?
Isso o fã poderia muito bem dizer, apesar de que a cegueira estaria no ar por conta da idolatria sem freio e sem chão.
Óbvio que a ideia se manteve presente e a banda não parou por aí. Assim sendo, no dia 1 de novembro de 1982, foi lançado o sucessor do histórico “Welcome To Hell”, e que ganhou um nome capaz de influenciar boa parte deste universo desde então:
o magnânimo e antológico “Black Metal”.
Lançado via Neat Records, a 1ª prensagem no Reino Unido veio com um pôster, inserção de letra e uma capa em relevo com as palavras “Venom” e “Black Metal” – ambos em relevo, não impressos.
Contudo, o artefato negro giratório, oriundo das profundezas do anti-divino, foi gravado no Impulse Studios, Newcastle. Ele foi masterizado no Utopia Studios, Londres, ambos locais na gloriosa Inglaterra, terra natal do Venom.
Keith Nichol cuidou da pútrida (no bom sentido!) produção. Richie Nichol cuidou dos cliques para as fotografias. Magda ajeitou a casa quanto à arte do trabalho. Enquanto a ideia e elaboração da capa é assinada pelo próprio Cronos, o nosso Cronão da Massa.
Alguns o chamam de Crô, mas aí é história para outro tipo de programação.
Aproveitando que o LP costuma ser dividido em dois lados, diferentemente do CD, a banda nomeou o lado A como “Black”, e o lado B como “Metal”.
“At War With Satan (Preview)” não é apenas a última faixa do disco, como também é o prenúncio do que viria a seguir através do álbum que leva o nome da canção, ou seja, “At War With Satan” (1984).
Power Trio diabólico
O power trio não estava para brincadeira. Logo, Venom pôs as mãos nas chamas do destino infernal para que a sequência da desgraceira sonora fosse mantida em percurso.
E se o álbum fecha com a ligação direta frente ao terceiro disco que viria dois anos depois. A abertura se deu com a própria faixa-título, “Black Metal”. Essa canção é considerada simplesmente um dos hinos que impulsionaram o surgimento do subgênero de mesmo nome.
Dave Mustaine usava a camiseta do álbum “Welcome To Hell” nos shows
A banda ganhou maior notoriedade ao excursionar pela América junto ao Metallica, aproveitando a ligação que surgira em meio ao fato de um dos integrantes do Metallica, Dave Mustaine, usar a camiseta do álbum “Welcome To Hell” nos shows.
E como o primeiro disco foi um tiro certeiro, o caminho ficou pavimentado para “Black Metal” conquistar o seu espaço merecido, embora sofresse com a linha dura dos moralistas de plantão. Pois, esses seres inúteis sempre existiram durante toda a linha do tempo, infelizmente.
Venom assustador
Ainda que fossem considerada assustadora, a banda conseguiu alçar voos grandes, mesmo com uma sonoridade de assustar pais e autoridades, e como isso é parte da essência do Rock, é claro que o Venom se sairia vitorioso.
Apesar de ter problemas em algumas turnês, tendo seus equipamentos apreendidos ou até mesmo por conta de seu estilo de som e de temática, Venom se sobressaiu a tudo, tanto que o álbum em questão figura de forma exímia na lista do livro, “1001 Álbuns que Você Deve Ouvir Antes de Morrer”, de Robert Dimery. O álbum aparece 32ª posição dentre os 50 maiores álbuns de todos os tempos, lista constituída pela revista Kerrang.
A lista é um tanto controversa, para não dizer outra coisa, mas como Venom aparece lá, é até bom comentar para entender que até em listas mais populares podem aparecer gratas surpresas.
Afinal, toda lista de discos precisa ao menos de um representante do som sujo e corroído pelas gravações e distorções rústicas e animalescas. “Black Metal” é o tipo do álbum que serve como referência para muitas coisas dentro do Metal, tanto em composição, quanto estilo, tema e comportamento.
“Underground em alta”
O underground tremeu tanto com o barulho causado por este álbum que até o mainstream sentiu a escala Richter aumentando de acordo com os fortes tremores de terra. No entanto, Cronos estava certo em conduzir a banda por um caminho novo e diferente da maioria das bandas da época.
Era um momento de grandes desafios, pois os estilos que conhecemos hoje ainda estavam em fase de desenvolvimento.
Primeira onda do Black Metal
Partindo desse ponto, é importante ressaltar que o Venom nunca compôs algo que viesse a figurar dentro do Black Metal, conforme o subgênero indica. Porém, dentro da sonoridade dos britânicos, estava incluso o Speed, o Heavy e algo que podemos classificar como Proto-Thrash.
Mesmo após essa clássica fase inicial, a banda nunca adentrou de fato ao estilo, e a confusão se fez presente até os dias de hoje graças à sua temática, pois ela sim é voltada para o Black Metal, e isso ajudou a desenvolver o embrião, consolidando a vertente mais adiante.
Black/Thrash
Posteriormente, a sua fórmula de se fazer “múzga” pavimentou o caminho que viria a ser seguido por algo que traria a ideia de uma junção sólida de estilos bastante distintos, resultando no subgênero Black/Thrash Metal. Venom em si nunca chegou perto deste formato de som, mas foi com toda certeza um dos principais padrinhos deste estilo também.
Como resultado de sua ida para a América, Venom conquistou uma relevância tamanha que diversas bandas, isso sem contar os fãs, que voltaram os olhos para os ingleses, fazendo com que o seu tipo de som se tornasse destaque por ser algo bem distinto do que era feito comumente.
Tudo isso acontecendo antes mesmo de atingir a Escandinávia a ponto de torna-la um dos territórios sagrados do Black Metal. Vamos ao que mais interessa que é saber se essa obra merece o título de clássico ou se trata apenas de mais uma mera enganação dentre os amantes do Metal.
“Lay down your soul to the gods rock ‘n’ roll”
Esse verso você deve se lembrar e para quem não conhece, será como se já tivesse ouvido antes por ser algo muito contagiante, pois, essa seria a resposta para entender que a alcunha de clássico cai como uma luva de goleiro titular para este full length dos ingleses de Newcastle upon Tyne, Tyne and Wear. Aproveitando a deixa para mencionar sobre o rio Tyne, que faz parte da região que dá nome à cidade, que por sua vez, fica ao nordeste da Inglaterra.
A canção Black Metal
Sobre a canção, “Black Metal” inicia de forma rústica e sombria, como se as almas penadas dos integrantes estivessem afiando os instrumentos de guerra para entrar com todo o vigor em combate. Inegavelmente, é isso o que ocorre, tornando-a uma faixa de amplo respeito e certeira quanto ao quesito de abertura de álbum.
A desgraceira, assim como acontecera no também clássico debut, é muito bem aproveitada no segundo disco, com o baixo maquiavélico e pulsante de Cronos, que também despeja todo o ódio em sua voz, sempre exalando o odor fortíssimo de enxofre puro. Enquanto isso, Mantas transforma a sua guitarra em um machado de fogo negro, apto a cravar no peito de qualquer impostor que ouse atravessar o seu caminho. Abaddon despeja sua fúria nos pedais duplos e tons sem medo de ser feliz.
“Entregue sua alma ao rock ‘n’ roll dos deuses / Metal dez vezes através do buraco negro mortal / Montando garanhões do inferno sem sela e livre / Aproveitando nossas chances com energia bruta”
Montados em seus possantes negros em favor do Metal, os asseclas atacam a sua presa impiedosamente. Honrando a chama acesa ao entregar a alma para o Rock ‘N’ Roll.
Almas vendidas ao Rock ‘N’ Roll
Entregue a sua alma também! Como segunda faixa, a banda que tinha a ideia de ser mais pesada que o glorioso Motörhead, também aposta em uma canção mais voltada ao Rock ‘N’ Roll, e que de fato lembra os seus conterrâneos e influenciadores.
Lemmy é sem dúvidas a maior figura e fonte de inspiração para as canções do Venom, e em “To Hell And Back” isso fica ainda mais evidente, principalmente ao notar a versatilidade e diferença entre as duas canções iniciais, que trazem as ideias de Lemmy ao montar um tracklist.
“Eu estive no Inferno e voltei – beijei a Rainha Satânica / Viajando na velocidade da luz – vi coisas nunca vistas / De braço dado com Lúcifer – Belial nas minhas costas / Eu nadei o lago de chamas – andei por trilhas proibidas”
Para o inferno – e de volta para aterrorizar o mundo novamente
Nesse sentido, antes de passar para a próxima etapa da trama, é necessário perguntar uma coisa. Antes de mais nada, perceba então que os riffs de guitarra explodem em sujeira, além de possui uma cavalgada ímpia, fazendo jus à sua participação dentro do circuito da New Wave Of British Heavy Metal? Principalmente, sem contar o breve solo de Mantas, que traz uma distorção limpa, e que contrasta com toda a sujeira envolvida no som. Excelente para quem compactua com esta receita, e como eu gosto de podreira das “braba”, me soa muito legal!
“Buried Alive”
A trinca inicial é fechada pela “Buried Alive”, faixa esta que inicia de forma bem calma e viajada, com Cronos quase que sussurrando, enquanto a banda prepara o terreno para acender as chamas dos encordoamentos e da percussão. Pois, sendo mais carregada que sua antecessora, esta se faz presente com muito mais do contrabaixo de Cronos, e possui um solo de guitarra muito eficaz, cortesia de Mantas. Já que, Abaddon mantém o olhar na bússola e administra o caminho com linhas assertivas de bateria.
“Enquanto eles me colocam naquele buraco no chão / Eu grito por socorro, mas eles não ouvem nenhum som / Eu rasgo a tampa, meus dedos sangram / Isso está acontecendo comigo ou é apenas um sonho”
“Raise The Dead”
Enterraram você vivo sem nenhum tipo de chance para que haja alguma outra solução. De tal forma que, a vida perde o sentido (ou nunca teve sentido algum) e você se vê diante de total desgraça a ponto de unir forças com o anti-divino para retornar à vida.
Nesse sentido, é o retornar dos mortos, com seus ossos em decomposição, sua carne apodrecida, pulmões ofegantes por falta de ar, olhos que clamam por visão em meio ao escuro causado pela tampa do caixão. Eis a promessa da ascensão do seu corpo esta noite… O tema da quarta faixa, “Raise The Dead”, dá sequência ao que teve início na sua irmã anterior, reforçando a pauta sobre o retorno à vida.
Lado Black
Mais parecida com a segunda canção quanto ao ritmo e as linhas Heavy ‘N’ Roll pesadas e mais velozes, o clima se torna amplamente agradável e com direito a mais solos bastante criativos de Mantas.
O lado ‘Black’ do disco é recompensador a quem possui esta obra, mas claro que ainda tem mais por vir.
“Cinzas às Cinzas pó ao pó / Se Deus não me aceita, então o diabo deve” – deve aceitar e ressuscitar seu mais novo aliado diante de uma sonoridade que remete não somente ao Motörhead, mas como o Iron Maiden, principalmente nos refrãos.
“Teacher’s Pet”
Fugindo bastante da temática habitual, “Teacher’s Pet” atravessa os horizontes da poesia profana e aterrissa no humor e no sarcasmo, logo aplicando aquela zoeira básica de início com a introdução de guitarra. A canção é pesada, e em determinado momento, adentra àquele Rock dançante, e após os solos, há uma pausa no som e os integrantes fazem uma breve bagunça, até que a “sonzeira” suja e divertida retoma a dianteira para a alegria de toda a escola.
“A professora me pegou me masturbando
Debaixo da mesa
Ela olhou para mim e piscou o olho
Disse “vejo você depois da aula”
Ouvi a campainha da escola que me disse
Que o dia estava acabado
Ela me ligou de volta e trancou a porta
Minhas aulas apenas começaram”
Isso é auto explicativo! (risos)
Lado Metal
O lado “Metal” começa com “Leave Me In Hell”, e conta a história de alguém que não deseja sair do inferno, que recusa viver no plano terreno, mas o ritual ocorre para que tudo isso aconteça mesmo contra a sua vontade, e isso é ainda mais prazeroso para o submundo, pois quando não se deseja algo, é aí que este se faz acontecer.
O formato da canção é denso, tradicional, sujo, ou seja, o puro suco do Heavy Metal e do Rock ‘N’ Roll unidos em prol do barulho que ecoa em todos os cantos do castelo nas profundezas do inferno!
A inspiração de Mantas
Mantas se apresenta super inspirado ao desempenhar um excelente papel não apenas durante os solos, mas em todo o percurso musical. É o tipo de faixa e empolga a ponto de poder chamar a donzela para uma dança.
“Perigo – Pentagrama dourado / Sacrifício – Carneiro de sangue puro / Karma – o inferno carrega seu filho / ceifeiro – afia sua foice.”
“Sacrifice”
Na mesma toada, temos “Sacrifice”, que despeja ruídos sonoros em vossos tímpanos com direito aos nobres solos de guitarra proferidos por Mantas, sob a batuta do baixo de Cronos, que despeja seu ódio vocálico para fora, enquanto Abaddon dá uma verdadeira surra em seu kit, fazendo que a canção permaneça firme e forte para ser ouvida no último volume.
“A morte é rápida como a espada de Satanás / Todos iguais jovens e velhos / A vida não significa nada para meu senhor / Aaaaarrghhhhhhhhh” –
O sacrifício de uma vida em prol de uma legião governada por um tirano do outro plano. O fim da estrofe remete à canção de mesmo nome do terceiro álbum, “At War With Satan” de 1984.
“Heaven’s On Fire”
A jornada continua com “Heaven’s On Fire”, que dá uma amostra de como o céu pode entrar em chamas só de ver o ser supremo cruzar o espaço aéreo de forma alada. Satanás cavalga os céus junto ao clamar das guitarras, que são seguidas pelo baixo raivoso, unido pela marcha tenebrosa e constante de bateria.
Início do Thrash Metal
Aqui podemos observar pequenos detalhes que serviriam para a elaboração do que conhecemos por Thrash Metal, principalmente por parte da bateria de Abaddon, que caminha com força perspicácia, prologando o caos sonoro no certame da boa “múzga”. Solos distorcidos, somados a um baixo que provoca e muda suas notas para não se parecer o mesmo de sempre. O power trio reina soberano na área empoeirada do Metal.
As chamas infernais
Olhe para cima, você verá os olhos dele brilhando em chamas infernais junto aos riffs e acordes principais, disfarçado de estrelas infinitas para ficar de olho em guerras sem fim.
“Você acredita em Deus / Ele está acorrentado como um cachorro / E a cada hora ele grita / Satanás governa supremo”
“Countess Bathory”
Se o seu deus está ausente, o verdadeiro Deus não está, e ele se chama Satanás. Se você é fã de Bathory, deve reconhecer o nome desta canção que atende por: “Countess Bathory”.
Sem surpresa nenhuma, está canção retrata a história da Condessa Elizabeth Bathory, na qual estará destacado ao final da resenha para apresentar um pouco da “benevolência” dessa lendária figura.
Venom mais cadenciado
Em velocidade reduzida, oVenom ataca novamente e em determinados momentos, lembra um pouco o trabalho inicial de Ozzy Osbourne solo. O pré-refrão instrumental é bem marcante, tornando o refrão ainda mais enérgico e empolgante.
“Ela convida os camponeses com / Alimentos abundantes sem fim / Mas, quando a noite abre suas asas / Ela os estupra de seu sangue”
Trecho que resume bem as peripécia da condessa.
“Don’t Burn The Witch”
“Don’t Burn The Witch” não mede esforços para ser uma das canções mais explosivas do álbum descrito. Com riffs marcantes, e uma levada cativante, acaba por ser muito agradável para quem aprecia uma boa dose de som sujo e qualificado.
E reforçando essa qualificação, fica o aviso de que o Black Metal apenas está inserido nos temas, e não em todas as letras das canções como muitos acreditam.
Black Sabbath
Fonte inspiradora para o que viria depois eles foram com toda certeza, mas nunca tocaram Black Metal de fato. O início lembra o poderoso Black Sabbath de perto, fincando os dois pés no Heavy Metal e no Speed Metal. Para não queimar a bruxa e atacar o plano terreno, a receita é esta:
“Olho de lagarto, asa de morcego / Testículo de homem / Língua de águia, cérebro de rato / Mão esquerda de jesus cristo”. “At War With Satan (Preview)”
Fechamento e “spoiler”
Afinal, quem fecha o rodapé deste artefato giratório, sombrio e nefasto, e traz uma introdução para o que estaria por vir no álbum seguinte. Um tanto quanto ousado por parte da banda. “Black Metal” termina com um trecho da canção que ganharia o mesmo nome, exceto “(Preview)”.
E o que podemos dizer é que o álbum merece fazer parte da linha de grandes clássicos do Metal ao redor do mundo.
Hoje o Venom mudou bastante, e tem como concorrente o Venom Inc.
A história da condessa Bathory
Elizabeth era filha da nobreza, nascida em uma influente família da Hungria do século 16. Ainda criança, sofria de convulsões, seguidas de mudanças de humor e ataques de raiva.
Aos 15 anos, teve o casamento arranjado com o conde Ferenc Nádasdy e, em seguida, foi morar no castelo de Cachtice. Embora fosse muito bem-educada (falava húngaro, latim e grego), a condessa não era nada polida com a criadagem. Enquanto o maridão estava longe de casa em missões militares, ela torturava os servos. Assim que ficou viúva, em 1604, o comportamento sádico se agravou. Cansada de maltratar e ferir empregados, a condessa começou a sequestrar pessoas em vilarejos próximos ao castelo. Pelos depoimentos de testemunhas, estima-se que a sanguinária tenha matado mais de 600 pessoas.
As principais vítimas da condessa Báthory eram meninas adolescentes virgens, vindas de famílias que prestavam serviços a ela. Além disso, especula-se que sua predileção por garotas tenha raízes em sua própria adolescência – época em que convivia com uma tia bissexual.
A condessa era famosa
Na lenda mais famosa, a condessa teria espancado uma serva e “descoberto” que o sangue derramado reduzia os sinais de envelhecimento da pele. Daí teria surgido o hábito de se banhar em sangue das adolescentes – história jamais confirmada por testemunhas.
Além do “tratamento de beleza”, Elizabeth mantinha garotas acorrentadas para serem torturadas com porretes e açoites farpados. Para finalizar, ela arrastava as adolescentes nuas pela neve e derramava água sobre elas até morrerem congeladas. Os criados que escaparam das torturas, caíram nas garras da lei. Entre os cúmplices julgados com a condessa estavam a babá de seus filhos, o servo aleijado Ficzko, outra serva chamada Dorka, assim como uma camponesa que muitos acreditavam ser bruxa.
Para não manchar o nome da família, a “Condessa de Sangue” escapou da pena de morte e ficou em prisão domiciliar entre 1610 e 1614. Logo depois, ela foi encontrada morta em seu castelo.
“Eu carrego a estrela do Necromante
Meu sangue é negro e meu coração sangra
Eu sou infernal e minha mente está em tormento
Eu ressuscitarei os mortos, tornarei o mundo impuro”
Nota: 9,1
Integrantes:
- Cronos (baixo, vocal)
- Mantas (guitarra)
- Abaddon (bateria)
Faixas:
- Black Metal
- To Hell And Back
- Buried Alive
- Raise The Dead
- Teacher’s Pet
- Leave Me In Hell
- Sacrifice
- Heaven’s On Fire
- Countess Bathory
- Don’t Burn The Witch
- At War With Satan (Preview)