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Clássicos: Testament – “Dark Roots of Earth” (2012)

“Dark Roots of Earth” é o décimo e primeiro full lenght da banda americana de Thrash Metal, Testament, que saiu no dia 27/7/2012, pelo selo Nuclear Blast. Ele é o último disco a contar com o baixista original Greg Christian. Esse registro também marca o retorno do baterista Gene Hoglan, que substituiu Paul Bostaph, atualmente membro do Slayer e da banda do guitarrista Kerry King. O line-up contava com 80% dos membros da fase clássica, salvo o baterista Louie Clemente, que se aposentou em 1992. Com esse time em campo, já se esperava que algo positivo surgisse, porém o resultado foi além de todas as expectativas. Nascia, portanto, um dos álbuns mais importantes da década de 2010. Além disso, pela primeira vez, a produção de um trabalho do Testament ficou por conta de Andy Sneap, que continua construindo o seu nome na história até os dias atuais.

   
TESTAMENT / Line-up 2012 / Reprodução

Surgindo como um clássico

Quando qualquer disco vem a luz, por mais que ele nos agrade, é impossível saber se ele se tornará ou não um clássico. No entanto, desde a primeira audição de “Dark Roots of Earth”, ele já nos passa a certeza que estamos diante de um trabalho que não cairá facilmente no esquecimento. Tão logo os primeiros riffs de “Rise Up” começam a soar, a segunda era de ouro do Testament revela a sua face. Há quem pense que tal era já começara no álbum “The Gathering” (1999), outros pensam que foi nas regravações da compilação “First Strike Still Deadly” (2002) e, finalmente, existe quem creia que o começo de tudo foi no full lenght antecessor, “The Formation of Damnation” (2008). Apesar de acreditarmos que “The Gathering” (1999) faz parte do início do renascimento do Thrash Metal que viria a seguir, nenhum todos discos que mencionamos trouxe consigo a magia que “Dark Roots of Earth” a história do Testament.

Completando a primeira trinca perfeita

“Native Blood” é sinônimo de perfeição quando o assunto é Thrash Metal, mesmo que alguns não admitam, talvez por puro saudosismo. Geralmente, Thrash Metal e melodia são vistos como elementos distantes. Mas, em alguns casos, algumas canções desse subgênero descobrem a forma de unir ambos sem colocar em risco a sonoridade caracterísitica do estilo. O refrão de “Native Blood”, que vamos conferir em seguida, em nossa opinião, é o mais pegajoso de Thrash.

“I’m warning this world / To stay out of my way / My voice will be heard / So strong!!! I won’t be afraid / I got something to say / My voice will be heard / So loud! Native blood / My native blood!”

Não poderíamos deixar de destacar a bateria fantástica de Hoglan, já que é outro ponto forte dessa música. Há muitas baterias de alto nível no Thrash Metal, contudo, poucas são capazes de fazer arrepiar tanto quanto o faz essa linda canção.

A fim de encerrar a primeira trinca do disco com perfeição, temos a faixa título. Ainda que “Dark Roots of Earth” seja menos acelerada que as anteriores, ela as iguala em peso e altíssima qualidade musical.

   

Núcleo das raízes terrestres das trevas

A segunda trinca do disco abre com “True American Hate”, ao propósito de colocar o peso e a velocidade, novamente, no comando das ações. Da mesma forma que dissemos em “Native Blood”, a bateria dessa composição está acima do bem e do mal. As guitarras sabem como equilibrar, ao mesmo tempo, peso, técnica e melodia. Logo depois, “A Day in the Death” destaca a linda linha de baixo de Christian, mostrando, claramente, o poder do produtor. Aliás, se fossemos apontar cada elogio que a produção de Andy Sneap merece, teríamos que fazer uma resenha exclusiva sobre o seu trabalho.

Desde que lançou “The Ballad”, em 1989, em seu terceiro disco, “Practice What You Preach”, Testament tornou comum esse tipo de balada em seus lançamentos. Ainda que nossa favorita ainda seja “The Legacy”, do álbum “Souls Of Black” (1990), “Cold Embrace” é uma bonita “balada” que serviu para descansar os tímpanos em preparação para o que vem adiante.

TESTAMENT / Reprodução / Acervo

Trinca Final

“Man Kills Mankind” torna, novamente, presente a violência sonora do Thrash Metal, mas sem aquele som abafado dos anos 80, tudo nítido e em perfeita equalização. Como resultado, mais um refrão e música inesquecíveis. O dedilhado presente, inicialmente, em “Throne of Thorns”, fomenta nessa música uma atmosfera épica a la 80’s. Ainda assim, o Thrash Metal do novo Testament aquece cada segundo da audição, fazendo, indubitavelmente, que nasça um novo clássico.

Fechando em definitivo o décimo primeiro full lenght da carreira do Testament, vem a canção “Last Stand for Independence”, o mais puro Thrash Metal, que originalmente tem suas raízes na cidade californiana de Oakland.

Covers

Algumas versões de “Dark Roots Of Earth” ainda contam com três covers como faixas bônus: “Dragon Attack” do Queen, “Animal Magnetism” do Scorpions e “Powerslave” do Iron Maiden. Os três covers ficaram excelentes e, portanto, também merecem atenção.

   

Nota: 9,3

Integrantes:

  • Greg Christian (baixo)
  • Alex Skolnick (guitarra)
  • Eric Peterson (guitarra, vocal)
  • Chuck Billy (vocal)
  •    
  • Gene Hoglan (bateria)

Faixas:

  • 1.Rise Up
  • 2.Native Blood
  • 3.Dark Roots of Earth
  •    
  • 4.True American Hate
  • 5.A Day in the Death
  • 6.Cold Embrace
  • 7.Man Kills Mankind
  • 8.Throne of Thorns
  •    
  • 9.Last Stand for Independence

Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz

   

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