“Covenant” é o terceiro disco de estúdio do Morbid Angel, clássica banda de Death Metal, a qual nasceu na cidade de Tampa na Flórida.
Apesar dos álbuns anteriores, “Altar Of Madness” de 1989 e “Blessed Are The Sick” de 1991, também serem considerados clássicos absolutos, foi só após o lançamento do “Covenant” que o power trio ganhou status de lenda dentro de seu subgênero.
“Rapture”
“Rapture” dá início ao álbum e define o que é perfeição quando o assunto é Death Metal. Através dessa canção é possível compreender o porquê de Pete Sandoval ser a influência da grande parte dos bateristas que tocam Metal extremo. Ele é o mestre das baquetas e dos pedais duplos.
“Pain Divine” parece continuação da faixa anterior, porém com riffs ainda mais complexos e técnicos. David Vincent equilibra perfeitamente a nitidez de seu gutural com uma agressividade natural e ímpar, características as quais o tornam destaque em sua geração de vocalistas.
“World Of Shit (The Promisse Land)”
“World Of Shit (The Promisse Land)” inicia mais cadenciada, com um riff sombrio de Trey Azagthoth, que explora todos os sons infernais que a sua guitarra pode produzir.
“Vengeance Is Mine” resgata a aceleração das duas primeiras faixas. Os solos Azagthoth têm a influências em Slayer explicitadas na grande parte das músicas do álbum.
”The Lions Den”, canção que encerra o lado A, não muda a receita do disco até aqui, mantendo o nível elevado.
LADO B
“Blood On My Hands” dá o pontapé inicial do lado B com uma chuva de variações de riffs e contra tempos alucinantes.
No entanto, a fórmula do álbum sofre a sua primeira alteração em “Angel Of Disease”. O vocal de Vincent altera para um gutural um pouco mais limpo e ele também se destaca com suas linhas de baixo, a canção explora outras sonoridades dentro do universo Death Metal.
Pitadas de Heavy e Thrash apimentam o molho e o sabor fica ainda mais agradável. “Sworn To The Black” retoma a intensidade inicial com mais um show de insanidade dos garotos de Tampa.
“God Of Emptiness”
“Nar Mattaru” é uma pequena faixa de efeitos que serve como introdução para a canção que fecha o terceiro full-lenght, “God Of Emptiness”, que é um capítulo a parte no álbum e na carreira da banda.
Muita gente conheceu Morbid Angel através do vídeo clipe dessa música. Ela também apareceu num episódio da série Beavis and Butt-head na MTV.
Surpreendentemente, Vincent altera os seus vocais tantas vezes e com tanta perfeição que parece que há mais de um cantor na faixa.
Apesar de “God Of Emptiness” ser a música mais cadenciada do “Covenant”, ela é absurdamente pesada, tendo Doom Metal impregnado em sua atmosfera macabra.
Em resumo, foi através desse álbum que eu conheci Morbid Angel, aprendi a gostar e a respeitar a banda como um dos gigantes do subgênero.
A maioria dos seus fãs prefere os dois primeiros discos, que são tão excelentes quanto, porém o “Covenant” tem um significado especial para mim.
Nota 9,5
Integrantes:
- David Vincent (vocal e baixo)
- Trey Azagthoth (guitarra e teclado)
- Pete Sandoval (bateria)
Faixas:
- 1.Rapture
- 2.Pain Divine
- 3.World Of Shit (The Promisse Land)
- 4.Vengeance Is Mine
- 5.Lions Den
- 6.Blood On My Hands
- 7.Angel Of Disease
- 8.Sworn To The Black
- 9.Nar Mattaru
- 10.God Of Emptiness
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz
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