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Clássicos: Iron Maiden – “Killers” (1981)

EMI

   

Histórico e atemporal, esta obra de arte, basicamente, deu origem a uma das maiores (se não a maior) bandas de todos os tempos. Quem nunca ouviu os riffs imortais de “2 Minutes To Midnight”, quem nunca bateu cabeça ao som de “Powerslave” ou fez o famoso coro de “ô, ô, ô’s” para “The Trooper”, provavelmente, esteve preso em uma caverna nos últimos 40 anos.

Mas antes da nossa querida Donzela De Ferro liderada por Steve Harris ganhar tanta notoriedade e se consagrar com os vocais potentes de Bruce Dickinson, um outro grande vocalista deixou sua marca na história. Paul Di’Anno é a voz responsável pelos dois primeiros discos da banda, e por sinal, uma das vozes mais emblemáticas do Metal, além de ser um dos fatores determinantes responsáveis por colocar o Maiden em evidência nesta época. Este é, facilmente, um dos discos que mais ouvi em toda minha vida e, sendo assim, foi o escolhido para embalar nosso sabadão,

Crédito: Photo By Denis O’Regan

Killers, de 1981, é um clássico com uma origem totalmente única. é o trabalho que assimilou extremamente bem a sonoridade Punk, mas a uniu ao Heavy Metal de uma forma jamais feita até então. A introdução “The Ides Of March” é literalmente uma marcha para a batalha e possui uma musicalidade intensa, pode-se dizer que trata-se de uma instrumental/introdução de respeito, uma bela forma de se iniciar um disco. “Wrathchild” vem na sequência e inicia com uma base de baixo que se tornou marca registrada. Os vocais marcantes de Paul fazem com que o groove da música seja mais profundo e contagiante, sem contar as linhas da guitarra, que são muito bem formuladas e preenchem toda a extensão da composição; A cozinha de Clive Burr é simples, mas única, somente ele sabia soar desse jeito. “Murders In The Rue Morgue” é uma faixa baseada no clássico literário de mesmo nome do grande escritor de contos de terror, Edgar Allan Poe. E essa música faz jus ao clássico que homenageia. Rápida, agressiva, porém, bastante melódica em contrapartida, suas bases criativas nos apresentam uma sonoridade característica que levaria uma geração inteira a se apaixonar pelo Heavy Metal.

Reprodução / Facebook

Em “Another Life”, temos uma faixa que brinca bastante com bases riffadas e solos mais técnicos, cortesia de Dave Murray. Novamente, os vocais com um pouco de eco de Paul, somados ao baixo de Steve, parecem criar uma espécie de segunda base para a faixa. Geralmente, não sou um apreciador de faixas instrumentais, porém, “Genghis Khan” é uma música que mostra toda a qualidade de cada um dos instrumentistas do Maiden. Composição muito criativa e com linhas de bateria que deixa muitos bateristas dos dias de hoje com dores musculares só de ouvir. Após esta aula na baquetas, temos a ótima “Innocent Exile”, que segue mais ou menos a mesma linha “Another Life”, ou seja, é outra música maravilhosa, com vocais profundos e um ritmo bem contagiante.

Seguindo, tratem de abrir alas, pois o carro chefe do disco pede passagem (preciso dizer que esta é a música que fez muitos baixistas começarem a tocar, inclusive este que vos escreve). É claro que estou me referindo a “Killers”, que inicia com uma cavalgada maravilhosa, intercalando cordas marcação de tempo de bateria e gritos ensandecidos de um Di’Anno possuído pelo cão. Rápida e com um compasso que dá mostras do viria nos próximos discos, mas aqui, com os vocais de Paul dando um diferencial único.

Reprodução / Facebook / Iron Maiden

Para quebrar a “brutalidade” da canção título, temos a bela balada “Prodigal Son”, mais calma e com um toque melódico fantástico. Os vocais de Paul assumem uma forma quase angelical em certas passagens e preparam o terreno para a destruição que vem à seguir. “Purgatory” é um verdadeiro arregaço e uni todas as características do disco em uma só faixa, ela apresenta um Maiden mais rápido e visceral que o de costume e, logo nos primeiros acordes, um arrepio de excitação corre pelas nossas veias e nos faz querer bangear sem parar. “Killers” poderia acabar por aqui, mas Harris e sua trupe não sabiam brincar e ainda nos presentaram com a fantástica “Drifter”; A última faixa do álbum mostra bastante das influências de cada um dos músicos, principalmente do compositor Harris, que é assumidamente um fã de Geddy Lee (Rush) e John Entwistle (The Who).

O segundo trabalho do Iron Maiden é um disco sem defeitos, um clássico absoluto que deu origem ao estilo propriamente dito de uma das mais influentes bandas de Heavy Metal do mundo. Completando, hoje, quase 42 anos de idade, “Killers” ainda é fonte de inspiração para muitos nomes da nova geração. Juntamente ao homônimo disco de estreia, é disparado um dos melhores inícios de carreira de todos os tempos.

Nota: 9,0

Integrantes:

  • Steve Harris (baixo)
  • Clive Burr (RIP) (bateria)
  • Paul Di’Anno (vocal)
  • Dave Murray (guitarra)
  • Adrian Smith (guitarra)

Faixas:

  1. Idles Of March
  2. Wrathchild
  3. Murders in the Rue Morgue
  4. Another Life
  5. Genghis Khan
  6. Innocent Exile
  7. Killers
  8. Prodigal Son
  9. Purgatory
  10. Drifter
   

Redigido por Yurian “Dollynho” Paiva

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Comentários

  1. Lembro que no final dos anos 80 estava eu soltando pipa em um campo de futebol junto com uma molecada, vi de longe um cara com o vinil embaixo dos braços…lembro do Eddie com o machadinho!!!! Naquela época jamais imaginei em ouvir aquele som ou ser fã do Iron Maiden, com o tempo é claro fui conhecendo o som dos Kras e aqui estou eu fazendo esse relato e comentário sobre o Maiden!!!! Bons tempos de Killers, bons tempos de antigamente!!!! Valeu!!!!

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