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Clássicos: Anvil – Metal on Metal (1982)

Attic Records

   

Se auto intitulando como os criadores do Speed Metal, Lips e sua turma podem ser um pouco ‘arrogantes’ demais pensando assim. Mas com toda certeza, eles foram um dos maiores influenciadores para a criação do estilo. De qualquer forma, os canadenses são influentes em muito mais coisas que apenas o Speed.

O Anvil possui uma carreira de dar inveja em muita banda das antigas. Apesar de serem um pouco mais underground (em comparação a outros nomes da época), eles possuem uma sólida formação que conta com duas peças essenciais na existência do trio (atualmente). Steve “Lips” Kudlow, o guitarrista e vocalista, e Robb Reiner, o baterista old school que sabe muito bem como tocar com qualidade. A terceira peça desse conjunto, atualmente, é Chris Robertson, o baixista da banda desde 2014, e que combinou muito bem com o estilo que eles têm apresentado.

Desde 2016, a banda vem apresentando uma busca pelas suas raízes, trabalhando com discos que, apesar de conterem elementos mais atuais, trouxeram o velho Anvil de volta à tona. Um som mais Hard n’ Heavy com peso e também velocidade. Para falar da era onde a banda realmente fez barulho, temos que falar do clássico “Metal On Metal”, um disco que trouxe ao mundo o embrião do Speed Metal e apresentou peso, velocidade e aquele gostinho de quero mais a todos.

O compacto apresenta 10 músicas bem distribuídas e com bastante força, como o caso da primeira faixa, que carrega o título do álbum. As bases graves e pesadas são acompanhadas da bateria bem simples e cravada no Hard Rock. Já o vocal ‘diferente’ de Lips é uma peça chave para agradar aos ouvintes. Hora a voz é grave e forte, hora ela se torna mais leve e até mesmo meio aguda. Na sequência temos “Mothra”, a canção que explica o porquê a própria banda acha que criou o Speed Metal. Rápida, com bases ferozes, solos bem presentes, uma bateria mais clássica e direta, além de um vocal que brinca bastante com tons mais agudos. A faixa é contagiante e rápida, com certeza fará muitos de nós banguearmos como loucos.

   

Como 3° música do disco, ouvimos “Stop Me”, a influência Hard Rock do Anvil. Podemos chama-la de power ballad, pois a composição é doce e possui personalidade, dessa vez, o vocalista principal se trata do outro guitarrista da banda, Dave Allison. A combinação de uma faixa suave a um disco pesado serve para preparar os ouvintes para o que em breve será apresentado. E de fato, “March of the Crabs” é um instrumental de respeito. O trabalho nos pratos e conduções da bateria são excepcionais! As bases rápidas acompanhadas de um solo simples, mas pesado, são de cair o queixo, se levarmos em conta que até aqueles anos, basicamente, ninguém havia apresentado uma sonoridade assim! O peso das cordas de Ian Dickson é exatamente o que a bateria precisa para manter seu trabalho sem perder espaço para os outros instrumentos. Uma composição digna de ser relembrada.

Para fechar o lado A, temos a composição rápida e direta chamada de “Jackhammer”. Aqui eles uniram as bases pesadas e fraseadas de composições anteriores e adicionaram mais velocidade e vocais mais agudos. Passagens e pontes onde apenas a bateria e o vocal aparecem são um prato cheio para amantes do clássico Speed. É óbvio que aqui o som não é tão requintado e trabalhado como de bandas como Razor, Exciter ou Raven. Por se tratar do embrião, vemos claramente que o som pode ser mais brutal, mas com o passar do tempo, isso seria trabalhado.

A segunda parte do disco é um pouco mais suave, afinal, tivemos 3 composições rápidas e pesadas. O lado B apresenta logo de cara “Heat Sink”, que apesar de ser um pouco mais ‘hardoza’, não deixa de lado as passagens bem trabalhadas e que marcariam o estilo quase que único da banda. Os vocais de Lips novamente dão um show, afinal, o seu timbre não é nem tão agudo e nem tão grave, por isso as músicas são únicas e fenomenais. Novamente o solo é clássico do começo ao fim.

Na sequência ouvimos 3 composições bem Hard’n’Heavy (curiosamente o primeiro disco do Anvil se chama “Hard n’Heavy”), sendo que “Tag Team” e “Scenery” são mais cadenciadas e bem leves, mas mesmo assim, não deixam de ser ótimas para ouvir tomando aquela cerveja no churrasco com os amigos. Já “Tease Me, Please Me” trata de ser mais agitada e bem agradável, com bases rápidas e bateria clássica, os vocais de Lips são novamente uma atração ótima. O baixo de Ian novamente dá um show à parte, além do suporte aos outros instrumentos, ele aparece bastante e deixa a faixa mais pesada.

Por fim, fecha-se o disco com a ótima “666”. Uma canção com toda a veia Speed Metal e que claramente influenciou diversas bandas ao redor do mundo. Rápida, pesada, e direta, com solos rápidos e bem executados, a faixa é extremamente agradável. Outro detalhe é que pelo timbre de voz de Lips, você pode esperar aqui uma composição bastante empolgante, mas sem ser enjoativa.

   

Não me importa quem tenha sido o criador de tal estilo, uma coisa que eu tenho certeza absoluta, é de que pelo menos o embrião de tudo começou com esses caras. Hoje em dia, a banda segue relevante, lançando bons discos e fazendo o que sabe fazer de melhor.

Metal de qualidade!

Nota: 8,8

Integrantes:

  • Lips (vocais, guitarra)
  • Robb Reiner (bateria)
  •    
  • Ian Dickson (baixo)
  • Dave Allison (guitarra, vocal faixa 3)

Faixas:

  • 1. Metal on Metal
  •    
  • 2. Mothra
  • 3. Stop Me
  • 4. March of the Crabs
  • 5. Jackhammer
  • 6. Heat Sink
  •    
  • 7. Tag Team
  • 8. Scenery
  • 9. Tease Me, Please Me
  • 10. 666
   

Redigido por: Yurian ‘Dollynho’ Paiva

   

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